O caminho fui rabiscando em um papel. O Alan atentou olhar várias vezes e eu não deixei. Que curioso esse meu marido é. Não tinha como não rir do seu desespero, ele claramente estava com medo do que eu faria ele tatuar, mas o melhor, ele aceitou mesmo não tendo ideia do que sairia da minha mente maluca.
— Cadê a confiança na esposa? — perguntei
— Não poderei ver antes de tatuar? Que esposa má. Pensei que eu era a parte má do nosso casamento — Ele perguntou rindo
— Não. Posso apenas dizer que não será nossos nomes. É perigoso carregar seu nome estampando no meu corpo. Não quero meu marido em perigo e nem eu mesma— Ele respirou aliviado e eu ri — É super brega também. Parece até que não me conhece. Não faria isso comigo. Bem, talvez com você. Pensando bem é até uma boa ideia.
— Ah para! Eu sei, mas bateu um pânico. — Ele falou
Quando chegamos a van do tatuador já estaca na casa. Ele nos cumprimentou e perguntou ao Alan o que ele estava imaginando para tatuar. Allan já tinha várias tatuagens, era óbvio que o tatuador iria achar que era para ele.
— Minha esposa decidiu que queria uma tatuagem e que eu iria junto no bolo. Acho que ela desenhou algo. Ela não me deixou ver. Me ajuda, cara.— ele falou fazendo careta, quem vê nem sonha que é mafioso.
— Boa noite. Você consegue fazer isso — Falei me aproximando e entregando os papéis que desenhei a ele.
— Você fez isso? Caramba! Você manda bem. Eu pensei que era algo como o nome de vocês ou algo sem graça, mas você tem uma esposa e tanto, Lúcifer — O tatuador falou abrindo a van — quem vem primeiro?
— Ele! — Falei empurrando
— Porque eu? — Alan perguntou confuso
— Porque você vai ficar feliz, então ficarei animada, talvez diminua a minha dor e aumente minha coragem — Eu falei e ele riu indo para cadeira. Tenho um marido muito bonzinho mesmo.
— Preta? Ou outra cor? — O tatuador perguntou
— A dele quero vermelha. Para lembrar um pôr-do-sol. — Eu falei sorrindo para o Allan
— Ela fez algo bem fofo, que vai ser piada para o resto da minha vida? Ela ama fofuras. Eu sempre soube que ela ia fazer de brinquedo na sua mão . — Alan perguntou a ponto de explodir de ansiedade. Modo drama estava ativado.
— A sua gata saca das coisas. Mô da hora a arte. — O tatuador falou e Alan me olhava como se quisesse ver na minha cara o desenho.
Um tempo depois estava pronta. Era hora de olhar. Como ele já tinha várias não fez a metade do drama que eu vou fazer. Estava ansiosa para a reação dele. Que até ignorei a parte que eu iria fazer a minha primeira e que deve doer.
— Wow! Você é maravilhosa. Como não pensei nisso. Ela está perfeita. Já é minha preferida. — Ele falou admirando a nova tatuagem, com sorriso de um lado a outro.
— Fico feliz que gostou. Tinha até gravar os votos para nunca esquecer — Falei e ele me puxou roubando um beijo.
— Não quero quebrar o clima, mas agora é a hora da mocinha — O tatuador falou e eu tremi, arrependida da ideia naquele instante da minha ideia. Porque sou tão impulsiva?
— Senta no meu colo e segura minha mão. Vai ser rápido e eu estou aqui. Elas são iguais? — Allan perguntou me puxando para sentar no seu colo na cadeira do tatuador
— Não, a minha pode fazer preta? Se destacará menos. E quero metade do tamanho da dele. Assim posso esconder com maquiagem em situações necessária . — Falei focada em fazer tudo certo
— Pode fazer em um lugar mais escondido se quiser. — Alan falou me acariciando
— Não, quero em um lugar onde possa ver sempre e todos também. — Falei beijando ele enquanto meu pulso começava a ser riscado e minhas lágrimas descerem.
Quase quebrei a mão do Alan, mas conseguimos terminar. Prometo que essa será a primeira e última. A dor é terrível. Que ideia a minha.
— Você realmente é boa com designer. Fez cada uma com a personalidade nossa e ao mesmo tempo sem sair do tema. E em menos de 10 minutos. — Ele falou elogiando as tatuagens, ele realmente gostou delas.
— Conhecer bem nos dois facilitou. Assim não tinha muito erro. Fico feliz que gostou. Essa é minha primeira e última tatuagem. Dói muito. Como tu fez tantas? — perguntei fazendo careta
— Com o tempo acostuma a dor. — Ele diz enquanto me ajudando a descer da van.
Agradecemos ao tatuador, a sua paciência e colaboração. Certeza que ele está um pouco surdo dos meus gritos. Entramos, vamos tomar um banho para jantar.
— Pode ir primeiro. — Ele disse mexendo no celular
— Então irei. — Falei indo ao banheiro
Tomei um banho demorado, a água estava tão boa que acabei me empolgando e demorando mais do que eu planejava. Quando saí do banheiro ele não estava lá, só um girassol e um bilhete.
" Te espero na sala de jantar "
Coloquei um vestido de renda rodado branco de alcinha. Uns saltos vermelhos. Coloquei uma maquiagem bem básica e um batom vermelho. Então desci as escadas. Ele estava com um buquê de girassóis e me deu.
— Vamos jantar? — falou me oferecendo a mão
— Nunca rejeito comida — Falei e beijei seu rosto.
— Que romântica — Ele falou rindo
A mesa estava repleta das minha comidas favoritas. Quem ver Alan fazendo isso, super romântico, não deve imaginar que ele é da máfia. Ele parece tudo, menos um mafioso. Será que eu também nego essa realidade? Esquece. Tarde demais para pensar nisso. Oh, tem pudim.
— Quer vinho? — Alan oferece
— Sim — entreguei a taça a ele, que colocou o vinho nela e brincamos.
O vinho do jantar acabou se estendendo para varada do nosso quarto. Ouvindo música, vendo a lua e desfrutando de ainda mais vinho. A Grécia era perfeita. Eu ficaria aqui para sempre.
— Vamos dançar? — Ele me chamou quando começou a tocar uma música lenta que ele gostava. Ele sempre gostou de músicas lentas, chorosas e dramáticas. Aquelas que você ouve quando sofre de amor. Sim, as preferidas dele.
— Você odeia dançar — Falei rindo
— Com as outras, com você eu gosto de fazer tudo. E minha esposa é uma bela dançarina — Ele falou estendendo a mão e eu a peguei. Como não aceitar depois de uma declaração dessa.
Começamos a dançar coladinho, senti uma energia correndo dentro de mim, não demorou muito, ele já estaca reivindicando minha boca, enquanto passava a mão no meu corpo. Eu sem nem perceber, soltei um gemido.
— Assim você me quebra, Maitê. — Ele falou me pegando pelo colo e indo em direção da cama — Ficarei devendo a dança, vou pagar outra coisa que fiquei devendo.
Eu sabia que ele estava falando algo, mas meu cérebro desligou e quem assumiu foi meu desejo.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 99
Comments
Dara Uchiha
pensarmos igual, quem na vida ia rejeita comida!?
2024-02-24
7
Joselia Freitas
Os dois são maravilhosos juntos parabéns 👏👏👏💋❤️🌹💕💗
2024-01-11
2
Ana Luiza Guilherme
aleatoriedade total kkkkkkkkkkk
2023-10-20
2