14. A Maitê de antes morreu

Alan sorria para mim, me fazia esquecer o que estava acontecendo, mas a voz irritante de Brenda não deixava isso acontecer. Ela tinha o poder de estragar um ambiente com aquela presença.

— Alan? Quanto tempo. O que faz aqui? — Ela perguntou indo abraçar ele, ele esquivou e ela quase caiu e eu ri.

— Vim encontrar minha linda esposa — Ele falou se aproximando e passando a mão na minha cintura

— Esposa? Você só pode está brincando. Com ela ? Você se casou com ela tendo eu como opção? — Ela estava chocada e eu queria parar de rir, mas era impossível. Parecia piada o que saia da sua boca.

— Quando você foi uma opção? A única pessoa que tem essa opção e sempre teve foi ela. Não sei de onde você tirou essa ideia. Eu sempre fui da Maitê — Ele falou me beijando

— Essa vadia deve ter armado para você. Ela é uma bruxa. Deve ter te dado um golpe. — Ela disse, senti apenas a mão dele saindo a minha cintura e já estava agarrada na garganta dela, apertando, ela já estava com dificuldade de respirar.

— Cuidado o que fala com minha esposa. Ela não é qualquer uma que você pode soltar seu veneno. Ela pode até ser boazinha, mas posso fazer você se engasgar com seu veneno sem piscar. — Ele falou soltando ela no chão. Ela caiu toda desconfiada no chão, tentando respirar.

— Gerente, troque esse vestido para o tamanho correto. Caso a cliente insista em não aceitar, pode chamar os seguranças. Obrigada. Estarei no escritório. — expliquei e peguei na mão dele, puxando para minha sala.

— Ah! Não vem. Sempre quis matar elas três, você não deixou. É difícil me controlar. Elas não te encontram tem um ano e a primeira coisa que fazem é querer te bater. Nem vem com sermão — Ele falou antes mesmo de chegar no escritório.

Quando chegamos fechei a porta e sentei ele no sofá. Ele ficou me olhando sem entender nada.

— Preciso da sua ajuda para coleção nova. Irei me trocar e você diz o que acha dela. Teve uma leve inspiração em você. — Falei indo me trocar

— Um dia a gente vai ter que conversar sobre isso. Que te incomoda tanto e você apenas muda de assunto ou atitude. — Ele diz me encarando e eu continuou trocando de roupa, não ia entrar naquele assunto.

— Só preciso me acostumar. Agora morando juntos vou me acostumar. Antes era distante e era uma realidade quebrada — Falei terminando de me vestir

— Será que vai mesmo? — Ele estava olhando para mim quando me virei

— O que achou? — Falei girando para ele

Eu vestia uma lingerie vermelha de renda, sua lateral era com duas fitinhas, que se solltavam facilmente, já que eram presas com laços. E a parte de cima era quase transparente, presa na frente por um laço. Seu detalhes eram dourados.

— Acho ela perfeita. De tantas formas possíveis. — Ele diz olhando hipnotizado para mim

— Se chama devil ela — Falei sorrindo, me aproximando e sentando no seu colo — Fiz inspirada na gente. Estava ansiosa para te mostrar.

— Eu já te disse que vocé é perfeita? — falou me beijando

— Então foi aprovada? — Eu falei rindo

— Tanto que nem quero que ela seja vendida. Queria que fosse só para mim — Ele falou fazendo bico

— Eu imaginei. Por isso, essa aqui fiz para você é um tom diferente de vermelho e tem ouro de verdade nos detalhes. — Falei no seu ouvido

— Eu realmente tenho a melhor esposa de todas. Sem condições. — Ele falou se divertindo soltando a lingerie com apenas uma mão.

Se ele soubesse o custo daquela lingerie, não tinha jogado no chão. Quase choro. Não deu tempo de reclamar. Senti sua língua me beijando lá na intimidade, acabei esquecendo totalmente o valor das coisas e que estava no meu escritório. Eu já estava em cima dele, quando alguém começou a bater na porta.

— Sra Castro, você tem convidado — a minha assistente falou. Eu não tinha marcado com ninguém hoje.

— Diga para esperar. Estou terminando um serviço muito, muito importante e que não pode atrasar. Já chamo. — Falei tentando controlar a voz. Estava ofegante.

— PRIORIDADES — Alan falou rindo

— Cala a boca!— beijei ele e comecei a rebolar em seu colo.

A velocidade dele aumentou. Eu estava quase arrancando um pedaço dele com as minhas unhas. Quando senti ele explodindo em mim, me fazendo chegar no ápice junto com ele e cair nos seus braços sem força.

— Uma das minhas partes preferidas é essa. Você fica tão manhosa depois que chega lá. Parece uma gatinha. — Ele fala acariciando meu cabelo

— Você deixa sempre minhas pernas bambas e sem força. Sem contar que é gostoso deitar no seu peito — Eu disse com os olhos fechados

— Não quero estragar suas alegria, mas você tem visita.— ele falou e eu me levantei. Tinha esquecido.

Mas me desequilibrei e cai. Alan riu, mas me ajudou a me arrumar. Ainda fez um rabo de cavalo no meu cabelo. Enquanto eu estava sentada no seu colo.

— Quero sair daqui não. — Falei

— E precisa ? — Ele perguntou

— Não preciso, né? — Falei rindo — mas não sei quem é. Vou pedir para entrar.

— Posso ficar?

— Sim. Espero que fique sempre. — Falei beijando ele e disse a funcionária para deixar a pessoa entrar

Para a surpresa de todos, era a Maristela entrando. Estava irritada. E já estava vindo se aproximando para bater na minha cara, Alan se levantou rápido para impedir, mas a minha tapa no rosto dela foi mais rápido.

— Sua vadia. Deveria está morta. Como ousa bater no meu rosto, quer morrer agora mesmo? — Ela falou explodindo de ódio

Eu fui atrás da minha mesa com a maior calma do mundo, peguei uma arma do compartilhamento secreto e disse.

— Tem certeza que quer me ameaçar? Você não está mais lidando com a mesma Maitê. E só não te matarei agora, porque quero que passe por um inferno antes — Eu falei, vi Maristela ficando branca como papel e Alan rindo

— Por isso não canso de dizer que minha esposa é perfeita — Ele fala voltando ao sofá. Percebeu que eu só precisava de apoio para meu plano, não de sua interferência. Ele iria apenas assistir

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