Brandcity – A Vida de Liana
Liana Jackson, agora com 26 anos, vivia uma vida aparentemente perfeita em Brandcity. Com 1,70m de altura, cabelos castanhos longos e ondulados que caíam sobre seus ombros, e olhos verdes intensos que refletiam uma mistura de determinação e melancolia, ela era a imagem viva de sua irmã gêmea, Camille. Liana trabalhava em uma fundação beneficente que ajudava crianças carentes, um projeto que herdara dos pais adotivos, Diana e Orlando Jackson, ambos ricos e influentes na cidade. Diana, uma mulher elegante de 55 anos, com cabelos grisalhos sempre impecáveis, e Orlando, um homem alto e de aparência serena, de 60 anos, eram o porto seguro de Liana.
Naquele dia, Liana estava em seu escritório na fundação, cercada por fotos de suas viagens ao redor do mundo. As paredes eram adornadas com imagens de crianças sorridentes em países distantes, mas seu olhar sempre se fixava em uma foto antiga, desbotada pelo tempo, onde ela e Camille, ainda pequenas, sorriam abraçadas no orfanato. Era a única lembrança física que ela tinha da irmã. Naquela época os Jackson perceberam o erro que cometeram e sempre apoiaram Liana na tentativa de encontrar Camille.
— Liana, você precisa parar de se cobrar tanto — disse Rodolfo, seu amigo de infância, entrando no escritório sem bater. Ele era um homem de 28 anos, com cabelos curtos e escuros, olhos castanhos quentes e um sorriso fácil que sempre acalmava Liana. Usava um terno impecável, mas seu jeito descontraído denunciava que ele não levava a vida tão a sério quanto parecia.
— Rodolfo, você sabe que não posso parar — respondeu Liana, fechando o laptop com um suspiro. — Ainda há tantas crianças que precisam de ajuda... e eu ainda não encontrei Camille, eu fiz uma promessa para ela, e hoje particularmente penso nela.
Rodolfo se aproximou, colocando uma mão no ombro dela. — Seus pais me ofereceram a gerência do hospital deles em Caldwell. Vou me mudar para lá na próxima semana. — Ele fez uma pausa, olhando para ela com preocupação. — Mas antes de ir, preciso que você prometa que vai cuidar de si mesma. Você acabou de voltar daquela viagem exaustiva para o Sudeste Asiático. Não pode continuar assim.
Liana sorriu, mas seu olhar estava distante. — Eu prometo, Rodolfo. Não se preocupe comigo.
— Eu me preocupo sim — ele respondeu, com um tom mais sério. — E se eu descobrir que você está se sobrecarregando de novo, vou voltar só para te dar uma bronca.
Nesse momento, Scott, primo de Liana, entrou no escritório. Com 30 anos, Scott era alto, de cabelos loiros e olhos azuis claros que contrastavam com seu jeito despojado. Ele usava uma camisa social aberta no colarinho e calças jeans, e carregava uma pasta cheia de documentos.
— Rodolfo, deixa de ser mãezona — disse Scott, com um sorriso irônico. — Eu cuido dela. Sempre cuidei.
Rodolfo revirou os olhos, mas não discutiu. Sabia que Scott, apesar de brincalhão, era tão protetor com Liana quanto ele.
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Caldwell – A Vida de Camille e Artur
Enquanto isso, em Caldwell, Camille Sherman, agora com 26 anos, vivia uma vida que parecia saída de um conto de fadas sombrio. Casada com Artur Sherman, um homem de 32 anos, alto, de cabelos castanhos escuros e olhos cinzentos que pareciam esconder segredos profundos, Camille estava presa em um casamento que nunca desejou. Artur era rico, poderoso e influente, mas sua frieza e distância emocional faziam Camille se sentir cada vez mais isolada.
Naquela tarde, Camille estava na sala de estar da mansão dos Sherman, servindo chá, enquanto Mirna Sherman, a tia de Artur, a observava com um olhar de desdém. Mirna, uma mulher de 60 anos, com cabelos prateados presos em um coque rígido e olhos azuis gelados, era a personificação da elegância cruel.
Sem querer Camille derrama o chá em Mirna, que se levanta gritando.
— Você não faz nada direito, Camille — disse Mirna, com um tom cortante. — Nem mesmo para servir o chá você presta.
Camille baixou os olhos, segurando as mãos no para esconder o tremor. Ela estava acostumada às críticas de Mirna, mas aquela tarde parecia especialmente difícil.
Artur entrou na sala, vestindo um terno escuro que destacava sua postura imponente. Ele olhou para Camille, mas seu rosto não expressou nenhuma emoção.
— O que aconteceu agora? — perguntou Artur, dirigindo-se a Mirna.
— Sua esposa, ela... Ela me queimou de forma prepositada enquanto servia o chá — respondeu Mirna, se fazendo de vítima.
Artur suspirou, olhando para Camille. — Se não querias servir a minha tia, bastava teres orientado que outra pessoa a servisse. Eu já disse antes que não toleraria esse tipo de coisas novamente.
Camille sentiu uma onda de raiva e dor subir em seu peito. Ela se levantou, olhando diretamente para Artur.
— Como se eu tivesse alguma escolha... — Camille falou debochando de si mesma e com lágrimas nos olhos — Em toda a minha vida, nunca fui amada — disse ela, sua voz trêmula, mas cheia de convicção. — Todos fazem promessas que não cumprem. Você prometeu que cuidaria de mim, Artur, mas foi tão falso quanto os outros. Desde que cheguei nesta casa, minha vida só tem sido mais amarga do que quando vivia com os Montgomery, essa mulher que você chama de tia, o filho dela me maltratam e desdenham de mim a todo momento, eu não tenho voz na casa que devia ser minha. Mas agora... Eu escolho ser livre pela primeira vez.
Artur ficou em silêncio, surpreso com a explosão de Camille. Antes que ele pudesse responder, Camille pegou as chaves do carro de Artur, um Aston Martin DB11 preto, e saiu da mansão sem olhar para trás.
Artur, perplexo, pegou as chaves de seu outro carro, um Porsche 911 Carrera branco, e seguiu Camille. Ele não sabia para onde ela estava indo, mas sabia que não podia deixá-la ir sozinha, ele lembrou em sua mente que ela contou que seus pais só amavam Helena e nesses 2 anos de casados ele não se esforçou por ela em nenhum momento.
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O Acidente
Camille dirigia pela estrada escura, suas mãos tremendo no volante. A noite estava fria, e a névoa começava a se formar, reduzindo a visibilidade. Ela não sabia para onde estava indo, só queria fugir daquela vida que a sufocava, enquanto na sua mente vinham flashes de sua vida e de tudo que viveu até aquele momento.
De repente, os freios do carro falharam. Camille pisou no pedal repetidamente, mas o carro não diminuía a velocidade. Seus olhos se arregalaram de terror quando viu uma curva fechada à frente.
— Não, não, não! — ela gritou, tentando controlar o veículo.
O carro derrapou, batendo no guard-rail com um estrondo ensurdecedor. O vidro estilhaçou, e Camille foi arremessada para frente, sua cabeça batendo no volante. Tudo ficou escuro.
Artur chegou ao local minutos depois, seu coração batendo acelerado. Ele viu o carro destruído, a porta aberta, e Camille inconsciente no banco do motorista. Ele correu até ela, chamando seu nome, mas ela não respondia.
— Camille! — ele gritou, segurando sua mão gelada. — Por favor, acorde!
Uma ambulância chegou rapidamente, e os paramédicos colocaram Camille em uma maca. Artur seguiu o veículo até o hospital, seu rosto pálido e cheio de culpa.
No hospital, um médico de 50 anos, com cabelos grisalhos e óculos de aro fino, se aproximou de Artur.
— Sr. Sherman, sua esposa está em estado de coma — disse o médico, com um tom grave. — Não sabemos quando ou se ela vai acordar.
Artur sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Ele olhou para Camille, deitada na cama do hospital, conectada a máquinas que mantinham sua vida. Promessas quebradas e segredos enterrados agora pesavam sobre ele, enquanto a vida de Camille pendia por um fio.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Erika Kinha
Se o Arthur quis casar com ela ao invés de Helena, por que a tratava friamente?🤔
2025-04-07
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