Capítulo

Ao chegarem à imponente mansão Beaumont, Ágata ficou deslumbrada com a grandiosidade do lugar. O luxo estava em cada detalhe — dos lustres de cristal às obras de arte espalhadas pelos corredores. Ela respirou fundo, absorvendo aquele ambiente que poderia muito bem ser seu novo lar, caso seus planos dessem certo.

Louis caminhou à frente, mantendo sua postura impecável. Ao notar que ela hesitava na entrada, fez um gesto sutil com a mão.

— Pode entrar, senhorita — disse, com um tom neutro.

Ágata deu um passo à frente, contendo um sorriso. Dentro de sua mente, comemorava. Finalmente esse homem cedeu para mim. Minha vida agora não corre perigo.

Louis seguiu em direção à escada de mármore, sem rodeios.

— Vamos subir. Vou te levar para um dos meus quartos.

Ágata aproximou-se dele, passando a ponta dos dedos pela gola da camisa dele e sussurrando com um sorriso provocador:

— Faço tudo que você quiser.

Ao entrarem no imenso quarto, Ágata sentiu-se pequena diante do luxo e da grandiosidade do ambiente. O teto alto, os móveis sofisticados e a enorme cama de dossel faziam o lugar parecer digno da realeza. Ela girou devagar, admirando cada detalhe, e soltou um comentário quase sem pensar.

— Que quarto enorme.

Louis, já acostumado com aquele luxo, soltou um leve sorriso enquanto caminhava até o bar no canto do quarto.

— Eu tenho certeza de que o seu é maior. Aliás, maior do que meu closet.

Ágata manteve o sorriso, mas sua mente trabalhava rápido. Eu nem sei direito o que é um closet... Mesmo assim, sustentou a farsa com naturalidade.

— Sim — respondeu, sem entrar em detalhes.

Antes que ele fizesse outra pergunta, ela cruzou os braços e sorriu com malícia.

— Agora vamos para a parte que interessa.

Louis ergueu uma sobrancelha, divertido.

— Não me diga que você já quer me jogar nessa cama?

Ágata se aproximou, tocando o peito dele por cima da camisa.

— Quero fazer tudo com você e muito mais.

Louis não respondeu de imediato. Apenas abriu um sorriso, olhando-a nos olhos enquanto lentamente desabotoava os primeiros botões da camisa. Ágata deslizou as mãos pelos ombros dele, puxando-o para um beijo intenso.

Os dois, tomados pelo calor do momento, caíram sobre a cama, sem se importar com mais nada.

Aquela noite, depois de longos meses sem permitir que ninguém cruzasse a intimidade de sua cama, Louis, sempre tão fechado e discreto, finalmente cedeu ao charme irresistível de Ágata.

O quarto, iluminado apenas pela luz suave dos abajures, tornou-se o cenário de uma noite intensa e quente. Entre lençóis luxuosos e suspiros entrecortados, os dois se entregaram a um jogo de desejo e sedução.

Para Ágata, cada movimento tinha um propósito. Para Louis, era apenas um momento de prazer inesperado. Mas, no fundo, aquela noite mudaria muito mais do que ambos poderiam imaginar.

Pela manhã, Ágata despertou com um sorriso satisfeito, como se tivesse vivido a melhor noite de sua vida. Espreguiçou-se preguiçosamente entre os lençóis macios, mas seu momento de tranquilidade foi interrompido ao pegar o celular e ver várias chamadas e mensagens de Heitor.

Sentou-se na cama, o coração acelerado. Respirou fundo antes de responder, digitando rapidamente:

"Acabei bebendo muito e dormi na Antonela."

Suspirou, largando o aparelho sobre o colchão. Sentia um aperto no peito.

— Não sei se o que estou fazendo é certo... — murmurou para si mesma, mordendo os lábios ao lembrar da noite intensa que teve com Louis.

Virou-se para o lado, esperando vê-lo ainda adormecido, mas a cama estava vazia. Franziu o cenho.

— Onde ele deve estar?

Levantou-se, vestiu sua roupa e desceu as escadas. Assim que pisou no enorme salão da mansão, o mordomo, sempre impecável, percebeu sua presença e a cumprimentou com um leve aceno.

— Bom dia, senhora.

Ágata retribuiu educadamente.

— Bom dia. Onde está Louis?

— Saiu cedo para um compromisso.

Ela arqueou a sobrancelha.

— E nem me avisou?

O mordomo esboçou um leve sorriso e inclinou-se levemente para frente, como se quisesse lhe dar um conselho valioso.

— Quer um conselho, senhorita?

Ágata cruzou os braços.

— Sim.

— Desista.

Ela piscou algumas vezes, sem entender.

— Desistir de quê?

O mordomo manteve o olhar fixo nela, sem vacilar.

— Do senhor Louis. Sabe quantas mulheres ele traz para essa mansão? — Ele fez uma pausa breve antes de continuar. — Acho que, nos últimos meses, ele não trouxe ninguém porque estava um pouco solitário, mas... antes disso, sempre trazia garotas como a senhorita. E no outro dia? Nem se lembrava do nome delas.

Aquilo atingiu Ágata como um golpe certeiro no estômago. Seus dedos apertaram a alça da bolsa.

Engoliu em seco, respirou fundo e, sem dizer uma palavra, virou-se e subiu as escadas apressadamente. Pegou suas coisas e saiu da mansão, tentando manter a postura firme, mesmo com o orgulho ferido.

O mordomo, observando-a deixar o local, abriu um leve sorriso.

Ágata caminhou apressada até a saída da mansão, sentindo o sangue ferver. Cada palavra do mordomo ecoava em sua mente como um alerta, mas ela se recusava a aceitar.

Ao cruzar os portões, respirou fundo e ergueu o queixo. Não era uma qualquer. Não era apenas mais uma na longa lista de Louis Beaumont.

Enquanto caminhava pela calçada elegante, pegou o celular e digitou uma mensagem para Antonela.

"Precisamos conversar. Agora."

Guardou o telefone e seguiu para um café próximo. Se Louis pensava que seria só mais uma, ele estava enganado.

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Comments

Paulinha Silva

Paulinha Silva

aqui nao teve nada de charme irresistível e sim forçado

2025-04-17

0

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