Louis se preparava para um encontro importante com empresários em um sofisticado restaurante de Paris. A mesa onde estava sentado era o centro das atenções, rodeada pelos olhares de multimilionários que haviam reservado o espaço para discutir alianças estratégicas. Era uma reunião de poderosos, não para revelações secretas, mas para garantir que o mundo dos negócios continuasse girando com suas manobras calculadas e discretas.
Vestido impecavelmente em um terno escuro, Louis falava com confiança sobre o mercado automobilístico e sobre a famosa marca de carros Beaumont, conhecida mundialmente. Sua voz ressoava pelo ambiente elegante enquanto ele explicava as oportunidades e desafios do setor, os empresários ouvindo atentamente, com interesse nos lucros que poderiam colher de suas decisões.
De repente, a porta do restaurante se abre e Ágata entra, deslizando com graciosidade pelo ambiente. Ela estava deslumbrante, com um vestido sofisticado e óculos escuros, como se estivesse ali não só para se divertir, mas para cumprir uma missão própria. Com um olhar atento e calculado, ela se senta em uma mesa isolada, à distância de Louis, mas suficientemente próxima para observá-lo com intensidade. A luz suave do restaurante refletia em sua pele, e ela, com um olhar distante, focava sua atenção exclusivamente nele, seus olhos discretos atrás dos óculos escuros, mas a mente agitada com pensamentos diversos.
Louis, alheio à sua presença, continuava sua conversa com os empresários, sem notar que alguém o observava tão de perto, mas Ágata, com precisão e paciência, não conseguia desviar os olhos dele, como se aquele momento fosse mais do que simples coincidência.
Depois de algumas horas, o almoço estava chegando ao fim, assim como os acordos que foram discutidos entre Louis e os empresários. Após as despedidas, ele cumprimentava um velho empresário da área de marketing, mas, no meio da conversa, percebeu uma figura familiar, uma mulher sentada sozinha, usando óculos escuros e com cabelos vermelhos vibrantes. Ele a observava por um momento, desconfiado, pensando: Essa mulher só pode estar me perseguindo.
Enquanto todos os outros empresários iam embora, Louis, como sempre, era o último a sair. Quando ele se levantava da mesa e caminhava em direção à porta, viu Ágata se aproximando apressada, correndo atrás dele.
— Senhor Beaumont — ela exclamou, interrompendo seus passos.
Louis se virou rapidamente, e ao redor dele estavam outros homens importantes, com olhares curiosos.
— Ah, sim, Ágata, a modelo internacional — Louis respondeu, com um leve sorriso, reconhecendo-a.
Ágata respirou fundo, ajeitando o cabelo, e falou, tentando manter a calma.
— Que coincidência, nos encontramos no mesmo lugar.
Os homens à sua volta se entreolharam, desconfortáveis, e logo começaram a se afastar.
— Eu também achei — Louis disse, com um tom sarcástico, enquanto observava os homens se retirarem. — Mas, pelo visto, modelos internacionais estão nos mesmos lugares que a elite francesa.
Ágata sorriu levemente.
— Sim, este restaurante eu frequento muito — ela disse com um sorriso charmoso. — O que acha da gente conversar um pouco?
Louis olhou para o relógio, demonstrando certa impaciência.
— Desculpe, eu tenho muita coisa para fazer hoje.
Ágata, sem se dar por vencida, insistiu:
— A gente pode se ver à noite?
Louis balançou a cabeça negativamente.
— Eu não costumo sair à noite.
Ágata, tentando novamente, disse:
— Que tal umas seis horas?
Louis a olhou com curiosidade, mas sem interesse.
— Você quer me dizer algo?
Ela deu um sorriso de canto de boca, tentando parecer casual.
— Eu queria apenas que você me indicasse alguns bons lugares aqui na França, porque tem pouco tempo que estou aqui.
Louis, sem demonstrar muita empolgação, respondeu com certa indiferença.
— Talvez a internet ajudaria nisso. Mas eu posso ajudar sim. Até mais.
À medida que ele se afastava, Ágata suspirou profundamente, sentindo um misto de frustração e fascinação.
— Que homem difícil — ela pensou, observando Louis sair sem olhar para trás.
Ágata chega no apartamento e vê Heitor concentrado em um dos seus quadros, pincel em mãos. Ela suspira, joga a bolsa no sofá e logo se joga na cama, sentindo o peso do dia.
Heitor, sem tirar os olhos da tela, pergunta:
— Aonde esteve?
Ágata vira para ele, visivelmente cansada, e responde com um tom de desdém:
— Tentando resolver esse problema. Enquanto você está aí pintando quadros...
Heitor se levanta do banquinho, com um sorriso confiante, e retruca:
— Não são apenas quadros, são arte. Olha só esse aqui...
Ele aponta para o quadro, um trabalho abstrato com cores vivas e formas envolventes. Ágata, com um olhar curioso, observa e diz:
— Você me pintou...
Heitor sorri, ainda com orgulho de seu trabalho.
— Sim, esse corpo perfeito me serve de inspiração.
Ágata sorri, tocada pela sua afirmação, mas tentando manter a compostura, ela fixa os olhos na obra.
Heitor, animado, continua:
— Eu vou levar esses quadros para um leilão e posso arrecadar alguma grana.
Ágata, com um sorriso irônico, responde:
— Você acha que esses velhos milionários vão dar um milhão por esses quadros?
Heitor, com determinação, diz:
— Pode dar até mais... Eu preciso acreditar em mim e no meu potencial. Agora me diz, onde esteve?
Ágata gagueja por um instante, mas logo tenta disfarçar, inventando uma desculpa.
— Eu fui tomar um café com Antonela.
Heitor, levantando uma sobrancelha, olha para ela com desconfiança.
— E você não está lá na lanchonete?
Ágata tenta manter a calma, mas a mentira parece pesando.
— Meu dia de folga hoje.
Heitor a observa atentamente, uma expressão desconfiada no rosto. Ele sabe que algo não está completamente certo, mas decide não pressionar mais naquele momento.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 23
Comments
Paulinha Silva
autora vc poderia ter colocado diferente....nao ela correndo atras dele.
2025-04-17
0