Capítulo

Na noite na boate, Ágata usava roupas sensuais e estava no vestuário enquanto fumava um cigarro. As lágrimas desciam no seu rosto, fazendo borrar sua maquiagem. Antonela se aproxima e diz:

— Você já virou uma chaminé de tanto fumar isso.

Antonela diz, com um sorriso, em espanhol:

— Deja del fumar, chica.

Ágata, com um olhar vazio, responde:

— Eu quero que você avise a minha mãe sobre meu funeral e que todos brindem com uma caipirinha.

Antonela, impaciente, diz:

— Para de drama.

— Eu desisto desse homem. Não vai sair dinheiro dali.

Ela dá uma pausa e continua, mais focada:

— Presta atenção. Outro plano pra você.

Antonela, já prevendo o que viria, responde:

— Lá vem você com seus planos malucos. Olha isso.

Ágata, com a mão, mostra o curativo na testa.

— Amiga, veja bem. Agora a coisa vai melhorar. Eu estive conversando com o Alexis e disse que você está interessada no Louis. Ele disse que Louis é um homem fechado porque já passou por coisas muito difíceis... Esses dramas de milionários. Nunca vi gente com dinheiro ser infeliz.

Ágata, já impaciente, diz:

— Vai logo ao ponto, você enrola demais...

Antonela, com um sorriso malicioso, diz:

— Seja mais sexy e atraente. No que pesquisei, ele é do signo de Escorpião... Eles gostam de mulheres decididas.

Ágata, chocada com a ideia, diz:

— Que ideia maluca é essa?

— Simples. Seja objetiva e prática com ele. Tente seduzi-lo.

— Esse cara não sai de casa pra lugar nenhum. Onde vou achar ele?

Antonela, com um olhar estratégico, diz:

— Pelo o que Alexis me contou, hoje à noite vai ter um jantar de negócios. Eu sei o lugar. Você finge naturalidade e como se não soubesse que ele estava lá.

— E então, aí que eu seduzo ele?

— Sim. Tente ser a mulher mais sexy possível. Batom vermelho, decote e uma voz muito sexy.

— Ele vai achar que sou uma prostituta e não uma modelo internacional.

— Mas é claro que não. Dessa vez esse boy vai cair no seu papo. — Antonela, com um sorriso confiante, tentando animar a amiga.

Ágata puxa o cigarro e, com um suspiro profundo, olha para Antonela.

— Sinto que estou fazendo errado. Porque o Heitor fica aonde nessa história? — Diz Ágata, com a expressão cansada e o olhar preocupado.

Antonela cruza os braços, dando uma risada sarcástica.

— Fica na parte que você pode morrer por culpa dele. — Diz Antonela, com um tom de desdém, querendo fazer Ágata relaxar.

Ágata se deita em uma das cadeiras, cansada, e olha para o teto.

— Seria mais fácil se eu roubasse um carro. —Diz Ágata, com tom de ironia, sem esconder a frustração.

Antonela se aproxima, dando um passo decidido.

— Amiga, estamos quase lá. —Diz Antonela, com confiança, querendo mostrar que o plano delas está perto de dar certo.

Ágata se senta na cadeira novamente, mais agitada, e passa a mão pela testa.

— Se eu transar com esse cara, só vai ser isso. Ele não vai me dar presentes. — Diz Ágata, com desânimo, temendo o pior.

Antonela sorri, como se tivesse a resposta para tudo.

— Mas ele vai te dar sim. Milionários assim, quando se apaixonam, adoram dar presentes. — Diz Antonela, com um olhar penetrante, acreditando firmemente no que está dizendo.

Ágata se levanta da cadeira, começando a andar de um lado para o outro, nervosa.

— Lá vem você com outro plano maluco. Agora temos trinta dias para esse homem se apaixonar por mim. — Diz Ágata, rindo de nervoso, começando a perceber o quão grande e louco o plano realmente é.

As duas começam a rir, a tensão do momento se transformando em algo mais leve. Ágata se apoia na parede, ainda rindo nervosamente.

— Eu estou rindo de nervoso. — Ágata, com a voz embargada, tentando disfarçar o medo e a ansiedade.

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