...(๑˙❥˙๑) Lorenzo Moretti (๑˙❥˙๑)...
Havia algo queimando dentro de mim, algo sombrio, violento, inquietante.
Eu sentia o calor subir pelo meu peito, invadir minha mente e pulsar dentro do meu crânio a cada vez que via o governador perto de Isabella.
Isso não era ciúme. Não podia ser.
Era outra coisa. Algo mais profundo. Mais perigoso.
Era a afronta, a ousadia dela de fazer pouco da minha cara na frente de todos.
Na frente da minha avó, que estava ali, observando cada detalhe, sabendo muito bem quem era Isabella para mim.
E ela sabia disso, sabia exatamente o que estava fazendo.
Quando vi o governador pegar sua mão e a conduzir para dentro da sala privativa, meu sangue ferveu.
Meus dedos se fecharam ao redor do corrimão. Por um instante pensei em agarrar ele pela gola da camisa social, e jogá-lo daqui de cima para baixo.
Mas não, eu não podia perder o controle ali.
Eu já estava atraindo olhares demais, e a última coisa que permitiria era que alguém percebesse que aquilo me afetava.
Respirei fundo, mantendo minha expressão firme, impassível, mas meus olhos não desviaram da porta fechada.
Ela entrou, e não saiu até agora.
Cada segundo que passava aumentava a fúria dentro de mim.
O barulho das conversas ao meu redor se tornou um zumbido irritante, um pano de fundo insignificante para a única coisa que realmente importava.
Ela ainda estava lá dentro, sozinha com ele.
O homem que tinha o poder de dar a Isabella qualquer coisa que ela quisesse, até mesmo uma estrela do céu, caso quisesse colocar uma em seu nome.
O pensamento fez meu maxilar travar. Eu não a queria na minha vida, não queria esse casamento, não queria seu rosto, seu nome, sua presença ao meu redor. Mas isso não significava que eu aceitaria ser feito de idiota, ou um palhaço. Ela estava casada comigo.
Se tivesse um pingo de respeito pelo próprio sobrenome que agora carregava, jamais teria se dado ao luxo de fazer isso.
Mas Isabella não era mais uma mulher comum.
Ela está gostando de me desafiar, de me provocar, de testar os limites da minha paciência.
E hoje, ela conseguiu ultrapassar todos eles.
Minha avó estava sentada do outro lado do salão, sua postura impecável como sempre. Seu olhar cruzou com o meu, e mesmo sem dizer uma palavra, ela sabia.
Ela sabia que eu estava furioso.
Ela sabia que eu estava me segurando para não entrar naquela maldita sala, e arrancar Isabella de lá com minhas próprias mãos, e jogar na cara dela o quanto ela estava se portando como uma leviana, uma qualquer.
Mas tudo o que fez foi erguer sua taça de champanhe e dar um pequeno gole, mantendo o mesmo sorriso sereno no rosto.
A mensagem foi clara.
“O que você vai fazer a respeito?"
Apertei os punhos, porque eu não sabia.
Parte de mim queria abrir aquela porta e acabar com essa palhaçada na frente de todos. Mas a outra parte queria esperar.
Esperar para ver até onde ela iria. Até onde Isabella ousaria ir. Então, permaneci ali.
Esperando, observando, com um fogo queimando dentro de mim, prestes a explodir.
Mas ela não saiu. Os minutos passaram. Aos poucos os convidados foram indo embora.
O som de algo quebrando dentro daquela sala me fez parar imediatamente.
Meu corpo entrou em alerta.
Algo estava errado. Muito errado.
Apertei os punhos e dei um passo à frente, mas dois seguranças do governador bloquearam meu caminho.
— O senhor não pode entrar — um deles disse, a voz firme.
Eu não estava pedindo permissão.
Minha paciência já estava reduzida ao limite naquela noite. Mas agora? Ela simplesmente desapareceu.
Eu sabia que Isabella estava lá dentro. Eu sabia que algo estava acontecendo. E não havia nada que me impedisse de chegar até ela.
O primeiro golpe veio rápido. Um dos seguranças tentou me conter, mas girei o corpo e acertei um soco certeiro em sua mandíbula, fazendo-o cambalear para trás.
O segundo tentou me agarrar, mas o atingi no estômago com força suficiente para fazê-lo dobrar sobre si mesmo.
Não perdi tempo.
Antes que qualquer um deles pudesse reagir, arrombei a porta com um único movimento forte do ombro.
E então, eu a vi. Meu sangue gelou.
Isabella estava nos braços daquele maldito.
Seu vestido estava rasgado ao meio, sua pele exposta em um cenário de absoluta vulnerabilidade.
Seus olhos estavam desfocados, seu corpo mole, e, naquele instante, eu soube.
Ele tinha feito algo com ela.
Minha visão ficou turva de raiva.
O governador me olhou com um sorriso arrogante, segurando Isabella como se ela fosse um prêmio.
Eu explodi.
Avancei contra ele com toda a minha força, empurrando-o com violência. O impacto foi tão forte que ele voou para trás, atingindo uma mesa de madeira, que se quebrou sob seu peso.
Agarrei Isabella antes que ela desmoronasse no chão, ela estava inconsciente. Minha respiração estava pesada. O ódio borbulhava dentro de mim como lava prestes a transbordar.
Segurei Isabella com cuidado e a deitei sobre o sofá ao lado, meu paletó foi tirado imediatamente e colocado sobre seu corpo exposto.
Então, voltei-me para ele.
O governador estava se recompondo, passando a mão no próprio rosto machucado, mas o sorriso cínico ainda estava ali.
— É assim que trata um grande ícone da sociedade, Moretti?
Minha mandíbula travou.
— É assim que você trata as mulheres em seus eventos? Com quantas já fez isso? Acha que só porque é um "Grande ícone da sociedade" tem o direito de pegar mulheres a força?
Ele riu.
— Isabella parecia disposta a se divertir… — ele provocou. Meus músculos enrijeceram. — Eu ia dar a ela uma noite de prazer. Algo que, claramente, não encontrou em você.
Minha paciência acabou.
Dei um único passo à frente antes de socar sua boca com tanta força que o sangue espirrou na parede atrás dele.
Ele cambaleou, levando a mão aos lábios cortados.
Mas eu não terminei.
Peguei-o pela gola do terno e o empurrei contra outra mesa, que se partiu ao meio com o impacto.
— Lave a boca antes de falar dela dessa forma.
Ele tossiu, tentando se recompor, mas eu não estava interessado em mais palavras.
Eu tinha algo mais importante para fazer. Virei-me e caminhei de volta até Isabella.
Ela continuava desacordada, seu rosto sereno, mas sua respiração levemente instável.
Eu a peguei nos braços e saí dali sem olhar para trás. No caminho, liguei para meu segurança, e pedi para que viesse me buscar no evento. O que não custou meia hora, e ele chegou.
Ele abriu a porta do carro assim que me viu sair. Ele notou Isabella nos meus braços, mas não ousou perguntar nada.
Entrei no carro, acomodando-a com cuidado ao meu lado.
O veículo deslizou pela estrada, e meu peito ainda queimava com tudo o que havia acontecido. Se eu não tivesse ficado ali, Isabella poderia ter sido abusada.
— Para onde, senhor? — perguntou depois de um tempo.
Meus olhos pousaram em Isabella.
— Para a minha casa na praia.
— Sim, senhor!
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Dulce Tavares
ele poderia levar ela ao hospital pra comprovarem que ela foi droga e depois fazer a denúncia pós o Lorenzo também é milionário e a avó dele com certeza vai ajudar os dois
2025-03-09
7
Lawliet
essa Isabela nem parece mulher de negócio, se deixa levar por qualquer um, no evento desse com homens machista deu muito bobeira para o acaso ,tomara que aprenda agora,no meio empresarial não existe amigo
2025-03-14
0
Rosilene Narciso Lourenco Lourenco
Lorenzo você sabe que Isabella foi drogada, então o certo era levar ela no hospital para o médico fazer uma limpeza no sangue pra tirar a droga.
2025-03-07
3