Capítulo 02

...(⁠๑⁠˙⁠❥⁠˙⁠๑⁠) Lorenzo Moretti (⁠๑⁠˙⁠❥⁠˙⁠๑⁠)...

Meu nome é Lorenzo Moretti, CEO do Grupo Moretti, um dos maiores conglomerados empresariais da Itália. Para o mundo, sou um homem de negócios implacável, frio e calculista. Para a imprensa, sou misterioso e inalcançável. Para os meus inimigos, sou um problema impossível de se resolver.

E para Isabella Vasquez, eu sou o homem que a odeia.

Cinco anos atrás, ela foi a única mulher pela qual eu fui capaz de baixar a guarda. A única por quem eu realmente me permiti sentir algo. E foi um erro. Quando eu a vi entrar no carro do meu inimigo Ernandes, no dia em que sumiram meus projetos, eu soube que não era coincidência. Ela estava com ele, as fotos que eu recebi, as provas que recebi, tudo me levou até ela.

Ela me destruiu.

Olhando para trás, ainda me pergunto como fui tão idiota. Eu, Lorenzo Moretti, acreditando no amor. Até parece piada.

O problema é que Isabella era boa nisso. Ela sabia exatamente como fazer um homem se apaixonar. Seu sorriso inocente, sua risada leve, seus olhares furtivos… Tudo nela parecia verdadeiro. Até que um dia, eu descobri sua traição, e isso me destruiu.

A imagem dela entrando no carro daquele canalha, ficou gravada em minha mente como uma maldita tatuagem.

Ela tentou negar. Tentou se justificar. Mas eu não quis ouvir. Não precisava. Eu já tinha visto o suficiente.

E então, eu a deixei ir.

Ela morreu para mim naquela noite.

Desde então, nunca mais confiei em ninguém. Nunca mais me permiti sentir algo além do necessário. Mulheres? Apenas distrações que tenho me esquivado. Relacionamentos? Um risco desnecessário.

Meu foco era um só: meus negócios.

Construí um império inabalável, expandi meus investimentos, aumentei minha fortuna. E agora, anos depois, não havia nada que eu não pudesse ter.

Nada além de paz.

O barulho do gelo tilintando contra o copo me trouxe de volta ao presente.

Segurei o copo de uísque com firmeza, girando o líquido âmbar dentro do vidro. A bebida desceu quente pela minha garganta enquanto me encostava na mesa do escritório, observando a cidade através da enorme parede de vidro.

As luzes de Milão brilhavam ao longe, mas tudo parecia monótono. Como sempre.

Eu estava prestes a me servir de outro gole quando ouvi a porta do escritório se abrir.

— Você não deveria beber tanto, Lorenzo.

A voz suave, porém firme, de Dona Eleonora Moretti preencheu o ambiente. Suspirei e me virei lentamente, encarando minha avó.

Ela era uma mulher de presença. Mesmo com a idade avançada, ainda exalava elegância e autoridade. Seu coque impecável e o brilho astuto nos olhos deixavam claro que ela não tinha vindo aqui por acaso.

— A que devo a honra da visita, nonna? — perguntei, erguendo o copo em um brinde sarcástico.

Ela entrou no escritório sem se importar com minha ironia e sentou-se na poltrona à minha frente, cruzando as pernas com calma.

— Quero falar sobre algo muito importante.

Bufei e tomei mais um gole.

— Desde quando a senhora faz visitas inesperadas para "falar sobre algo importante"? Eu estou surpreso agora.

Ela me olhou sem demonstrar emoções.

— Desde que sua reputação está em jogo, e você parece não se importar.

Aqui vamos nós.

— Minha reputação? — dei um meio sorriso. — Meu império está crescendo. Meus investimentos dobraram no último trimestre. Meu nome continua intacto. O que mais importa?

Ela me lançou um olhar afiado.

— A sua imagem.

Permaneci em silêncio. Eu sabia exatamente do que ela estava falando.

Nos últimos meses, rumores começaram a circular na imprensa. Especulações sobre minha sexualidade. Primeiro, foi uma piada de mau gosto em um tabloide qualquer. Depois, uma matéria insinuando que eu nunca era visto com mulheres. Em seguida, os comentários nas redes sociais questionando minha orientação sexual.

E agora segundo minha avó, isso estava afetando meus negócios.

Revistas de luxo já estavam começando a dizer que eu era "misterioso demais", que minha falta de escândalos amorosos era "suspeita", e que "talvez Lorenzo Moretti não estivesse interessado em mulheres." Ou seja, para muitos eu sou Gay.

No mundo dos negócios, a percepção é tudo.

Minha mandíbula travou, mas me mantive calmo.

— São apenas boatos.

Minha avó sorriu.

— E você sabe que boatos podem se tornar verdades se forem repetidos muitas vezes.

Cruzei os braços.

— Onde quer chegar com isso, nonna?

Ela se inclinou para frente, com o olhar astuto.

— Quero que você se case.

Pisquei lentamente, absorvendo o que ela acabara de dizer. Então, soltei uma risada seca.

— Você está brincando.

— Não estou.

Meu sorriso desapareceu.

— Nonna, eu não vou me casar por causa de fofocas. Isso é ridículo. Se meu avô estivesse vivo, a senhora nem ousaria mencionar sobre esse assunto.

Ela se manteve impassível.

— Ele não está aqui para protegê-lo, por isso você não amadurece. Deixe seu avô descansar em paz — repreendeu-me — Eu não estou sugerindo um casamento de verdade. Apenas um contrato. Uma esposa temporária para calar a boca da imprensa. Não precisará viver com ela.

Fechei os olhos por um segundo.

— Eu não preciso disso.

— Precisa, sim. Ou quer que seus investidores comecem a hesitar em fechar negócios com você porque sua imagem está desgastada, e levar a empresa da nossa família à falência?

Mordi a parte interna da bochecha. Maldita seja, ela sabia como me atingir.

Ela percebeu que havia me abalado e continuou:

— Não será um casamento de verdade, Lorenzo. Somente no civil, sem cerimônia. Apenas algumas entrevistas básicas para a imprensa, e depois, cada um segue sua vida.

Minha mente girava. Um contrato. Apenas um contrato.

Seria um incômodo, mas… seria uma solução eficaz.

— E quem será a "esposa" sortuda? — perguntei, debochado.

— Não se preocupe com isso. Eu já escolhi alguém apropriado. Só se preocupe em aparecer no dia do casamento civil para assinar.

Arqueei uma sobrancelha.

— E essa mulher concordou com isso?

Dona Eleonora sorriu.

— Ela precisa do dinheiro. Você precisa da reputação intacta. Parece um ótimo acordo, não acha?

Suspirei, girando o uísque no copo.

Isso era um jogo que eu não queria jogar. Mas eu sabia que, no mundo dos negócios, o que importa não é o que queremos, e sim o que precisamos fazer. E no momento, eu precisava acabar com esses boatos.

— Apenas no civil. Sem envolvimento. Sem contato?

Ela assentiu.

— Exatamente.

Cerrei os olhos. Que tipo de mulher aceitaria isso?

Mas, no fim das contas, não importava. Eu não fazia questão de saber seu nome. Era um acordo vantajoso. Se eu não precisasse interagir com essa mulher, tudo ficaria mais simples.

Mas eu ainda tinha condições a impor.

— Se eu aceitar isso, haverá algumas regras — falei, encarando minha avó.

Ela arqueou as sobrancelhas, esperando.

— O casamento será apenas no civil. Sem festa, sem cerimônia, sem convidados. Isso tudo é necessário para validar o documento. Essa foi sua regra número um! — indaguei tentando entender.

— Isso já estava em planos — ela confirmou.

— Então a regra de número 2, é nada de fotos juntos, sem nenhum aspecto. A única coisa que sairá nos jornais será um anúncio formal informando que me casei. Andarei com uma aliança no dedo, é o suficiente.

Ela estreitou os olhos.

— Os jornais vão querer mais, você sabe disso.

— Que se fodam os jornais. Não quero minha vida pessoal exposta.

Dona Eleonora suspirou.

— Certo. Nada de fotos. Mas você precisará estar presente no cartório para assinar os papéis. E os fotógrafos estarão lá para tirar as fotos, e claro, alguns repórteres com perguntas básicas sobre vocês dois. E depois disso, você será o responsável de atrair todos eles para longe de lá, para que não saibam quem é sua noiva.

— Óbvio. Nem eu quero vê-la!

Ela inclinou a cabeça, um sorriso tranquilo brincando em seus lábios.

— Fechado. — Ela se levantou e ajeitou o casaco. — Em uma semana, será o casamento.

Acenei com a cabeça e virei minha cadeira para a vista da cidade, e ela foi embora.

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Comments

Cristina Leal

Cristina Leal

vai mesmo! eu acredito que ele não vai querer casar quando ver Isabela /Facepalm/

2025-04-22

2

Elis Alves

Elis Alves

Se não vão conviver ou aparecer em eventos juntos, como que vão acreditar que é verdadeira a história?

2025-04-27

0

Arilene Vicente

Arilene Vicente

Só quero ver quando ele descobriu que foi tudo armação, vai ficar igual um cachorro atrás dela afff

2025-04-26

0

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