Isadora
Eu estava deitada na cama, tentando descansar, mas o cansaço e a fraqueza eram demais. A sensação de estar perdida no meu próprio corpo me fazia me sentir ainda mais impotente. De repente, uma necessidade urgente de ir ao banheiro me tomou, e eu sabia que não poderia esperar mais.
Eu tentei me levantar, mas minhas pernas estavam tão fracas, quase como se não tivessem força alguma. A sensação de vertigem me fez perder o equilíbrio, e antes que eu pudesse fazer algo, meu corpo despencou contra o chão com um barulho seco.
Foi então que ouvi o som da porta se abrindo rapidamente, e logo Enrico estava ali, correndo até mim, com uma expressão de preocupação no rosto.
— Isadora! Você está bem? — A voz dele, normalmente tão calma, estava carregada de urgência.
Eu olhei para ele, tentando manter a vergonha sob controle, mas a situação era difícil demais. Eu estava no chão, fraca, e ele estava ali, de pé, me olhando, preocupado. Eu sabia que não queria que ele me visse assim, mas não podia fazer nada.
— Eu... eu queria ir ao banheiro — falei baixinho, quase sem fôlego, tentando disfarçar minha timidez. Eu sabia que ele não deveria me ver dessa forma, mas a necessidade era maior.
Enrico hesitou por um segundo, e eu pude ver o conflito em seu olhar. Eu sabia que ele estava tentando decidir o que fazer. Eu estava com vergonha, mas não tinha forças para ir sozinha.
E então, ele fez o que eu não esperava. Ele estendeu a mão para me ajudar a levantar, e, com um suspiro, disse:
— Não tem problema. Vou te ajudar.
Eu não sabia o que pensar. Ele me ajudou a me levantar com muito cuidado, mas a vergonha ainda me dominava. Eu estava completamente vulnerável, e a sensação de que ele estava me ajudando me fazia me sentir ainda mais fraca. Ele percebeu a minha timidez e tentou disfarçar, mas a situação ainda era estranha para ambos.
Quando chegamos perto do banheiro, ele parou, claramente hesitante. Eu sabia o que ele estava pensando, mas não podia fazer nada. Ele não queria me ver em uma situação tão íntima, e eu não queria que ele me visse também. Mas, mesmo assim, ele entrou comigo.
— Eu... vou ficar de costas, não se preocupe — ele disse, tentando manter a distância emocional. Ele estava visivelmente desconfortável, mas ainda assim, ficou lá, me ajudando com a porta do banheiro e a encorajando a entrar.
Eu me senti ainda mais envergonhada, mas não tinha escolha. Ele estava ali, e eu precisava dele. Enrico virou-se para o outro lado, tentando bloquear qualquer visão minha enquanto eu me ajustava. Ele sabia o que estava acontecendo, mas a vergonha ainda pairava no ar.
Era estranho, mas eu não sabia como reagir. Ele estava fazendo isso porque não podia me deixar sozinha, mas a situação era desconfortável para os dois. O silêncio entre nós foi pesado, mas ele manteve a calma, como sempre.
Enquanto eu terminava, eu sentia a tensão no ar. Ele não queria olhar para mim, mas ao mesmo tempo estava lá para me ajudar. A gentileza dele, embora um pouco desconcertante, era algo que eu nunca havia experimentado. Mas, ao mesmo tempo, a vergonha me consumia.
-fim do capítulo 14
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Atualizado até capítulo 30
Comments
Joelma Oliveira
as coisas q as pessoas precisam passar por falta de humanidade de quem deveria cuidar deles...
2025-01-14
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Carla Santos
Só espero que ela seja forte supere toda essa dor e peça ajuda a ele
2025-01-14
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