Por Consciência Limpa.

Maya

Depois do que aconteceu no acampamento fui junto com Cayden para o hospital. Chegando lá o médico disse que entrou um bom pedaço da faca e que ele precisaria levar alguns pontos, mas que até cicatrizar e alguns músculos se alinharem ele não poderia fazer nada com seu braço direito por pelo menos quinze dias.

— Doutor, eu não posso ficar tanto tempo afastado do trabalho, comando uma multinacional de produtos para mulheres e lá não para um dia. — Cayden reclama.

— Paramos sim! Finais de semana e feriados. — Renato e Cayden me surpreende.

— Funcionários de desenvolvimento param, Maya, mas os da diretoria não.

Mas eu não desisto, se o médico falou que ele precisa descansar é isso que ele vai fazer. A culpa é minha por ele estar ferido, preciso fazer alguma coisa.

— Você ouviu o médico, nada de esforço por quinze dias e assim será. — olho para ele do meu jeito mais sério para que entenda que não vou desistir.

— E quem vai cuidar de mim? Você?

— Sou a principal culpada por você estar assim, então é evidente que vou cuidar de você, senhor O'Conner.

Parece que me ouvir chamá-lo assim depois do que fez por mim o deixou irritado.

— Não precisa, Maya. Eu me viro.

— Qual é o seu problema? Você vai morrer se aceitar a minha ajuda? Então por que me salvou daquele imbecil?

— Salvei porque tenho sentimentos por você e sabe disso. Eu não me arrependo. E se for para ter você na minha casa me chamando pelo meu sobrenome o tempo todo eu prefiro ficar sozinho, Maya.

Droga, as coisas só se complicam mais, porém quero ajudá-lo. Me sinto péssima por vê-lo machucado.

— Ok! Vou chamar você pelo nome, mas é só enquanto se recupera.

Ele concorda e depois de tudo terminar por aqui passamos na delegacia para dar o nosso depoimento e quando chegamos lá logo vejo quinze mulheres da empresa que aquele filho da puta abusou estão aqui e algumas já tinham dado o depoimento delas e eu obviamente já dou o meu e Cayden o dele.

— Maya, eu já fiz tudo o que tinha que fazer por aqui e meu advogado está à disposição para responder por todos que foram vítima desse canalha, agora preciso ir para casa, o meu ombro está começando a latejar.

— Tudo bem e obrigada por fazer isso por todas aqui, e eu gostaria de agradecer mais, você tem sido incrível. — entramos no carro e ele faz um sinal para o motorista esperar do lado de fora — O que foi?

— Você disse que queria me agradecer por tudo o que fiz hoje e eu pensei em um jeito. Me beija, Maya. Eu só quero apenas um beijo. — eu lhe dou um beijo no rosto — Não, Maya, eu quero um beijo nos lábios e não no rosto.

— Seu pervertido, está se aproveitando de mim e da situação só para…

— Não estou me aproveitando de nada, Maya, eu só... Eu sou... Eu realmente estou apaixonado, Maya. E se esse é o único jeito de ter um pouco de você, eu... — eu o beijo, não demora muito, mas posso sentir sua língua na minha rapidamente e aquilo é tão bom, pena que acaba.

— Faça essa chantagem comigo de novo e ganhará ovos mexidos, se é que você me entende.

Olho para ele que abaixa a cabeça. O motorista entra e eu entrego para ele a receita médica e Cayden dá o dinheiro, ele passa na farmácia enquanto estávamos indo para a casa de Cayden e depois vamos direto para lá.

Os dias seguintes passam da forma mais difícil para mim, tive que ajudá-lo a se vestir e para minha sorte sua peça íntima ele colocava sozinho, mas o resto era comigo.

Aquilo foi uma tortura principalmente porque nós já fomos para a cama juntos então eu sei como é estar em seus braços, me obrigo a tomar foco, o que é difícil olhando para seu corpo perfeito de 1,95 de altura.

Os dias finalmente passam e mesmo seu ombro ainda um pouco sensível voltamos para o escritório e já no primeiro dia aquela vaca da Amy já apronta para cima de mim, eu realmente não aguento mais essa mulher.

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