Alasca.

Cayden

Na minha última noite sozinho em casa tive um sonho erótico com a Maya. Estávamos no chalé, no Alasca e uma nevasca atingiu o lugar nos deixando presos.

Ela me abraçou com medo de ficarmos presos ali dias demais e quando fui beijar seu rosto para que se acalmasse acabei beijando seus lábios.

Ela me fez sentar no sofá e se sentou no meu colo de frente para mim. Os beijos dela deixavam marcas no meu pescoço que me faziam gemer. Peguei ela no colo e a levei para o quarto.

Dentro dele as roupas foram para o chão rápido demais e eu enfiei meu rosto entre as pernas dela, só sai dali depois de provar o mel dela. Foi uma delícia senti-la na minha língua, ouvir os gemidos dela… Mas infelizmente quando eu estava quase tendo o meu prazer dentro dela meu celular despertou.

Me tirando de onde eu queria estar me levando de volta para uma realidade dolorosa. Maya não é minha e não estamos juntos. Tomo banho, me arrumo e sigo viagem com ela ao meu lado. Difícil olhar para ela e não lembrar do sonho.

Chegamos ontem a noite aqui e ela quase não sai do quarto, eu acho melhor assim. Ficar aqui com ela também não está sendo fácil para mim depois daquele maldito sonho.

Eu me peguei na porta do quarto dela umas três vezes essa noite e quando colocava a mão na maçaneta me lembrava da minha posição na empresa e de tudo que já me aconteceu no passado… Maya não é para mim e eu vou magoá-la.

Já está na hora do nosso encontro com o primeiro cliente, Jackson Mordal, ele quer assinar com a gente já faz um ano e hoje finalmente vamos fechar um contrato valioso com ele.

— Senhor O'Conner, aqui está a pasta com os contratos para o senhor Mordal. Deseja algo mais?

A minha resposta seria: sim, quero você no meu colo quicando e rebolando como da última vez, gemendo meu nome e me fazendo rosnar de tesão. Entretanto me contive e fiquei no que realmente importava no momento, o trabalho.

— Como assim? Você vai comigo para esse almoço. Você sabe disso, não é?

— Pensei que minha presença não seria necessária! Mas já que insiste vou me arrumar.

Ela não está agindo naturalmente, sinto falta do seu sorriso e até do seu jeito atrevido ao me desafiar, eu me sinto trabalhando com um robô.

— Senhor O'Conner, já estou pronta.

Ela está linda usando um conjunto lilás que parece aquecê-la o suficiente.

— Ok... Vamos! — chegando no restaurante, Jackson já está nos esperando.

— Espero que estejam gostando do meu adorável Alasca, senhor O'Conner. Aqui é tudo extraordinário e lindo. — ele fala animado, mas seus olhos vão para Maya.

— Realmente extraordinário, só que um pouco mais frio que NY, mas sim achei tudo lindo por aqui. Essa é a minha não disponível assistente, Maya Monteiro. — ele sorri sem graça e desvia o olhar para a mesa.

O almoço ocorreu bem e assinamos com Jackson. Assim que voltamos para o chalé tento puxar conversa com Maya.

— Maya, tem alguma coisa acontecendo com você?

— Minha não disponível assistente, Maya Monteiro? Sério?

— Eu não menti! Vai responder minha pergunta?

— Não tem nada acontecendo comigo, senhor O'Conner. Mas obrigada por se importar.

— Não precisa ser tão formal comigo, Maya. Não estamos na empresa e só têm nós dois aqui.

— Desculpa, senhor O'Conner, mas da última vez que ficamos mais à vontade eu acabei com o senhor em cima de mim na minha cama. Não quero que isso aconteça novamente. Não estamos na empresa, mas ainda estamos trabalhando, mantenha o respeito e a devida distância, por favor… E, até o jantar.

E mais uma vez eu fico muito irritado com o que ela me disse e meu impulso me leva a segurá-la.

— Você realmente está querendo me dizer que não significou nada o que aconteceu entre nós?

— Acho melhor me soltar agora mesmo. Não tem porque me cobrar nada se você mesmo disse que foi um erro. Agora me solta, senhor O'Conner, ou eu…

— Já sei, você vai gritar, mas se não percebeu só tem nós dois aqui.

Após dizer isso eu beijo ela. Acabo de perceber que senti muita falta disso, de seus lábios e de tudo. De repente ela me acerta um tapa forte o suficiente para me fazer recobrar o juízo, eu solto ela e volto para o meu quarto correndo.

Na hora do jantar tento me desculpar e ela me olha nos olhos e ao falar:

— Cayden, eu contei para o Nate sobre o que aconteceu naquela noite. Ele não sabe que o homem era você, e sabe o que ele fez? Me perdoou e deu mais uma chance para nós. Mesmo eu não merecendo. Então não estrague tudo, por favor, sou apenas sua funcionária e vou continuar sendo se você me respeitar como tal, do contrário terei que me demitir. Estamos entendidos?

Não dá mais, não consigo. Estou louco por essa mulher e não quero perder ela para esse idiota… mesmo ele já tendo uma vantagem, estar namorando com ela.

— Acontece que eu também me apaixonei por você, Maya. E tenho até um pouco de inveja desse Nate porque ele tem você e eu não. E mesmo apaixonado por você eu nunca conseguiria te dar o que ele está te dando. — sinto meu coração se apertar com a verdade — Um relacionamento e por isso o invejo. Estou sem fome, até amanhã, Maya.

Volto para o meu quarto e deixo ela lá sem reação após a minha declaração e rezo para essa viagem acabar o mais rápido possível.

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