O Longo Primeiro Dia de Maya.

Cayden

Bela coincidência, a mulher que quase passou por cima de mim será minha nova assistente. O que está me incomodando é o meu interesse repentino nessa mulher, não sou tão fácil de ser atraído assim. O que está acontecendo comigo?

Não consigo parar de olhá-la e imaginar como seria tê-la em cima da minha mesa a minha mercê, tão desprotegida. Sou tirado do meu devaneio pela voz suave dela.

— Senhor O'Conner, eu lamento pelo ocorrido de mais cedo e digo que não voltará a acontecer. Me desculpe pelo meu infeliz deslize.

— Olha, confesso que precisaria de mais força para me derrubar, na verdade quase não senti nada. — até senti, desejo de emcosta-la na parede e… se controle Cayden.

— Mais que filho da puta. Calma, Maya, esse salário é muito bom. — ela sussurra bem baixo em português pensando que não consigo entender — Mesmo assim, não vai acontecer de novo, senhor.

— Assim espero. — olho para a morena e não resisto em piscar para ela — Ana, obrigado e já pode ir. E você... senhorita Monteiro, eu preciso que organize esses documentos e grampeie de duas em duas folhas na ordem que está. Depois peça um bife com salada ceaser no restaurante que está na discagem nove do telefone que está na sua mesa, ali a esquerda. Para beber apenas depois que eu comer um café com leite e baunilha sem açúcar. Por enquanto é tudo.

— Ok, senhor O'Conner... — Maya pegou os documentos que não são poucos e quando está quase acabando de grampear eu mando ela buscar mais.

É engraçado vê-la respirar fundo e pegar os documentos. Até que Stan entra na minha sala com seu perfume inebriante e sua beleza negra chamando a atenção de Maya. Ela se recompôs ao ver que eu estava olhando e voltou a grampear os documentos.

— Eu até gosto das suas visitas, Stan, mas hoje, irmão, estou atolado por causa da reunião das cinco horas.

— Eu vim para ver se a sua nova assistente está nos requisitos para você. — ele faz uma cara de quem aprontou e sorri.

— Senhorita Monteiro, pode pegar duas xícaras de café? Uma para mim e outra para o meu irmão… por favor? O dele coloque uma colher pequena de açúcar, por favor. — depois que ela sai olho para ele irritado — Por que tenho a sensação que a contratação dela tem a ver com você?

— Você tem razão, sabe que não minto para você. Eu vi vocês dois lá embaixo e o jeito que olhou para ela quando vocês esbarraram um no outro. Então pensei: porque não ajudar uma jovem mulher a conseguir um emprego. Liguei para Ana e disse para contratar a senhorita Monteiro… e de nada.

— E de nada? Você está doido? Então, todas as malucas que esbarrar em mim você vai contratar? — ao perguntar isso não havia percebido que ela já estava de volta com os cafés, normalmente todas demoram muito e ela foi rápida… — Senhorita Monteiro, eu…

Ela não me deixa falar, se aproxima da mesa com sua feição neutra, não consigo ver se está chateada ou com raiva.

— Aqui está o café, e espero que esteja do agrado dos senhores. Agora, se me derem licença preciso ir ao banheiro. — ela vira as costas para nós e sai.

— Pegou um pouco pesado, mano.

— Culpa sua! — falo irritado.

Stan bebe um pouco do seu café e sorri e fala:

— Prova o seu café, Cayden.

Vejo a reação exagerada do meu irmão então provo o meu café. Estou surpreso, se não fosse sua rapidez diria que ela foi até minha cafeteria favorita buscar meu café.

— Como ela conseguiu essa harmonia toda no meu café? Está igual o daquela cafeteria no centro que a gente adora. Maya é a primeira a acertar de primeira o meu café.

— Então a contratação dela valeu a pena?

Stan pergunta e depois termina seu café e se despede de mim, é a primeira vez que uma assistente me deixa surpreso, então Stan fez a coisa certa.

Maya volta do banheiro e ao perceber as xícaras vazias vem até minha mesa para tirá-las… Me sinto péssimo e preciso dizer alguma coisa.

— Senhorita Monteiro, creio que eu tenha sido um pouco rude agora pouco, não foi minha intenção ofendê-lá.

— Senhor O'Conner, seu almoço já está a caminho e assim que chegar irei servi-lo. Posso ir almoçar depois disso? — ela acabou de ignorar o que eu disse? Quer ser profissional? Que seja.

— Sim, claro! Você pode tirar uma hora e meia de almoço.

Ela não me olha nos olhos e se retira com as xícaras vazias. Por que isso está me incomodando?

Em seguida Maya volta e arruma a mesa que fica à direita com minha refeição, é mais um ponto para ela por não me perguntar onde arrumar ou tentar arrumar em minha mesa de trabalho.

— Senhor O'Conner, já está tudo devidamente pronto para o seu almoço. E seu café com leite e baunilha sem açúcar está um pouco mais quente para quando terminar seu almoço esteja na temperatura ideal para beber. Precisa de algo mais? — ela ainda evita meus olhos.

— Para o seu primeiro dia está mais que perfeito! Pode se retirar para almoçar.

Ela sai ainda sem me olhar nos olhos e isso me deixa irritado e desconfortável. A refeição estava arrumada da forma correta, assim como a posição dos talheres e o lugar em que ela colocou minha xícara de café.

Quem é essa mulher? Como ela sabe tanta coisa? Vou pedir a ficha dela quando eu terminar de comer, preciso saber com quem estou lidando aqui.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***