Boate Cielo.

Maya

Com tudo que aconteceu hoje fiquei muito irritada, então decidi sair para curtir a bela noite de NY porque eu mereço. Desde que comecei a trabalhar para esse tirano ingrato não sai de casa para nada além de trabalhar.

Passeio por algumas lojas até que encontro o vestido perfeito para essa noite, vou até a vendedora e peço o que está na vitrine de cor vermelho e pergunto se tem ele em outras cores e ela diz que sim, preto e roxo.

Falo para ela as medidas das meninas e as minhas digo para quem é tal cor e ela me traz os três vestidos, fico com o vermelho separo o preto para Hilary e o roxo para Emma.

Já em casa espero as meninas chegarem. E assim que chegam conto o que aconteceu e Hilary fica furiosa. Ela evidentemente não gosta da Amy.

— Aquela piranha, ela sem dúvida me paga, na segunda ela vai receber um presente na sala dela. — Hilary já tem sua vingança planejada.

— Ela dificulta a vida de todas as assistentes que já passaram por lá, elas acreditam que ela é sempre gentil e boa, mas a verdade é que ela quer o Cayden só para ela. — Emma explica.

— Pois então que ela enrole ele com laço de fita e tranque na casa dela. Meninas, topam uma noite na boate Cielo hoje? Me disseram que lá toca House, Deep-House, Tech-House, Trance, Techno & Electro e hoje estou afim de esquecer até meu nome... Vamos? — elas parecem pensar no assunto então jogo a carta que eu tenho — Comprei vestidos novos combinando, quer dizer não na cor. — entrego para cada uma os vestidos.

— Vamos arrasar! — Hilary rodopia animada.

— Vamos beber muitoooooo. — Emma começa a dançar com seu vestido.

Depois de prontas nem acreditei que ficamos maravilhosas nos vestidos. A make que a Emma fez em nós combinando com a cor de cada vestido também ficou perfeito.

No meu cabelo fiz um rabo de cavalo bem no alto da minha cabeça deixando um caimento perfeito em cascata. E partimos para a tal boate Cielo que a vendedora da loja me indicou. Chegando lá já amei de cara o ambiente, a música e as bebidas.

Estamos lá no meio da pista de dança se acabando até que esbarro em um homem, típico de mim passar vergonha. Já viro pedindo desculpas e fico tonta com a beleza do homem que se aproxima do meu ouvido dizendo seu nome:

— Oi, linda, me chamo Nate. Agora você precisa dizer seu nome se quiser que eu aceite o pedido de desculpas. — ele é sensual, sua voz é sexy, seu jeito me faz querer levá-lo para a cama e não é para dormir.

— Pode me chamar de Maya... — olho para as meninas e cada uma já está pendurada em alguém então porque não aproveitar também.

Ficamos ali dançando, bebendo e conversando ao pé do ouvido, a noite está indo muito bem até que Nate me puxa para um beijo que me deixa sem ar.

Ele puxa meu corpo apertando contra o dele e eu acabo sentindo o quanto ele está excitado.

— Não dá preciso de ar... — falo para ele que preciso ir ao banheiro.

Saindo dali correndo entro no corredor que a garçonete me mostrou e sigo, até que alguém me puxa para outro corredor, olho para o homem que está bêbado.

— Cayden? — olho para ele surpresa.

— Quero você amanhã às sete em ponto na empresa! — sua fala sai um pouco arrastada — Então sugiro que vá embora agora.

— Está ficando maluco? Você me suspendeu. Eu não sou obrigada a ir. — ele se aproxima mais de mim, sinto o calor do corpo dele e o seu hálito de whisky.

— Pois estou tirando a sua suspensão agora mesmo. Temos que viajar amanhã para Dubai e voltaremos na segunda.

— Eu não agendei nada para você. — rebato.

— Eu mesmo fiz isso depois que você saiu... Agora volte para sua casa e descanse.

— Você… — que babaca irritante — Ok, não se preocupe, eu estarei lá. Agora preciso ir, tem alguém me esperando.

— O homem na pista de dança que estava quase te comendo viva? Não acho que ele seja alguém que vale a pena. — Cayden fala com tanta frieza que me sinto no Alasca.

— Claro, você super entende disso né? Porque você é alguém que vale a pena.

— Quer provar para saber? — ele morde o próprio lábio enquanto olha para o meu, foi tudo rápido demais.

Não sei se foi o álcool, mas um impulso empurrou Cayden para mim e ele acabou me beijando.

Isso é sério? Meu chefe iceberg está me beijando? Sinto o gosto forte de whisky na boca dele e aí tudo ficou claro, ele está bêbado e nem vai lembrar que me beijou.

Babaca, idiota. Empurro ele e olhando nos olhos dele falo:

— Senhor O'Conner, não cometa esse tipo de deslize novamente. Sou sua funcionária, não passe dos limites. Amanhã estarei lá na empresa às sete. — saio de lá deixando ele sozinho naquele corredor.

— Você demorou, pensei que tinha fugido de mim. — Nate fala coçando a nuca.

— Mas é claro que não. Vou te passar meu número, eu preciso ir embora agora. O idiota do meu chefe me "ordenou" estar na empresa às sete em ponto. Temos uma viagem de negócios para Dubai e só volto na segunda. Podemos marcar algo pela semana que vem, se você quiser é claro.

— Quero muito... — Nate me beijou outra vez e puxou meu corpo para o dele só para que eu soubesse como ele está se sentindo perto de mim.

E no meio do beijo sinto meu celular vibrar em minha mão, não olho e me afasto de Nate.

— Eu realmente preciso ir, pode me ligar e se eu não puder atender me manda mensagem que te respondo assim que eu puder.

Passo meu número para ele e depois arrasto as meninas já explicando tudo e claro não conto sobre o beijo idiota do Cayden. Quando chego em casa depois do banho pego meu celular e vejo mensagem do Nate e duas do Cayden. Abro a do Nate primeiro.

— “Você é inesquecível, garota dos lábios doces e corpo quente.”

Um sorriso bobo brinca em meus lábios... Até que abro a mensagem de Cayden.

— “Eu disse para você ir para casa e não para voltar para esse cara.” — na segunda mensagem estava escrito — “Finalmente... Pensei que teria que ir até você. Não se atrase, senhorita Monteiro.”

Mas que imbecil. Coloco meu despertador para seis horas da manhã e me jogo na cama. Lembrando dos beijos de Nate e Cayden, eu apago e sonho com os dois me fazendo pegar fogo.

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