Capítulo 14: Entre Jogos e Confissões

Capítulo 14: Entre Jogos e Confissões

No sábado, a mansão despertou em um clima de expectativa. Gabriel estava animado para o seu jogo de futebol, e toda a família estava envolvida nos preparativos. Mateus, fiel ao que prometera, ajustou sua agenda para estar presente, o que deixou o menino ainda mais animado.

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No Campo

O campo estava cheio de pais, crianças e treinadores. Gabriel, usando seu uniforme, parecia radiante enquanto corria para se juntar ao time. Alice, com uma bandeira improvisada, agitava-a com entusiasmo, enquanto Malu mantinha sua postura tranquila, mas com um sorriso discreto.

Anny estava ao lado de Mateus, segurando a mochila de Gabriel com os lanches e a garrafa de água.

— Ele parece tão feliz — comentou ela, olhando para o menino no campo.

— É bom vê-lo assim — respondeu Mateus, ajustando o relógio no pulso.

Enquanto o jogo começava, Anny notou como Mateus estava atento, torcendo por Gabriel e até discutindo com outros pais sobre as jogadas. Era uma faceta dele que ela nunca tinha visto.

Quando Gabriel marcou um gol, Alice pulou de alegria, e Mateus levantou-se, aplaudindo. Anny, contagiada pela empolgação, não conteve o sorriso.

— Quem diria, senhor Cavalcanti, que você seria tão competitivo em um jogo infantil.

— Mateus. Já disse para me chamar de Mateus — corrigiu ele, com um tom descontraído.

Anny riu e assentiu.

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Uma Vitória e uma Celebração

Com o time de Gabriel vencendo, o menino estava exultante ao voltar para junto da família.

— Você viu, papai? Eu marquei!

— Vi, campeão. Você jogou muito bem — disse Mateus, bagunçando os cabelos do filho.

— Anny, você viu? — perguntou Gabriel, com os olhos brilhando.

— Claro que vi! Foi um golaço! — respondeu ela, abaixando-se para dar um abraço no menino.

Depois do jogo, Mateus sugeriu que fossem todos a uma sorveteria próxima para comemorar. As crianças ficaram empolgadas com a ideia, e Anny não conseguiu esconder a felicidade ao ver a família tão unida.

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Um Momento a Dois

Enquanto as crianças se deliciavam com os sorvetes, Mateus e Anny ficaram sentados em uma mesa próxima, observando-as.

— Foi um bom dia — disse ele, quebrando o silêncio.

— Foi, sim. Acho que as crianças vão se lembrar disso por muito tempo.

Mateus olhou para ela por um momento, como se quisesse dizer algo importante.

— Anny, tenho pensado muito ultimamente. Sobre você... e sobre tudo o que você trouxe para nossas vidas.

Anny sentiu o coração acelerar, mas tentou manter a calma.

— Eu só tento fazer o meu trabalho.

— Não, Anny. Você faz muito mais do que isso. Você trouxe alegria, leveza... Algo que eu nem sabia que estava faltando.

Ela desviou o olhar, sem saber como responder.

— Mateus, eu...

Antes que pudesse continuar, Gabriel correu até eles, interrompendo o momento.

— Papai, posso pegar mais sorvete?

Mateus riu e assentiu, mas não voltou a tocar no assunto depois disso.

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Um Conflito Interno

De volta à mansão, as crianças estavam exaustas e foram direto para a cama. Anny, no entanto, sentia-se inquieta. As palavras de Mateus ainda ecoavam em sua mente, deixando-a confusa sobre como deveria agir.

Enquanto organizava a cozinha, Malu apareceu, encostando-se à porta.

— Você parece preocupada, Anny.

— Só estou pensando em algumas coisas, Malu. Nada com que você precise se preocupar.

— É sobre meu pai, não é?

Anny parou o que estava fazendo e olhou para a menina, surpresa pela pergunta direta.

— Por que diz isso?

— Porque eu vejo como vocês olham um para o outro.

Anny suspirou, sentindo-se incapaz de esconder a verdade.

— Malu, eu me preocupo muito com vocês. E com o seu pai. Mas... algumas coisas são complicadas.

— Complicadas não significa impossíveis — disse Malu, com uma maturidade surpreendente.

Anny sorriu, mas sabia que os sentimentos que estavam crescendo entre ela e Mateus eram muito mais complexos do que pareciam.

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Uma Noite de Reflexões

Mais tarde, Anny estava em seu quarto, encarando a escuridão enquanto tentava organizar seus pensamentos. Ela sabia que algo estava mudando entre ela e Mateus, mas também sabia que havia barreiras que precisavam ser respeitadas.

Ao mesmo tempo, ela não podia negar o quanto ele e as crianças haviam se tornado importantes para ela.

Do outro lado da mansão, Mateus estava sentado em seu escritório, olhando para uma foto da esposa falecida. Ele sabia que estava começando a sentir algo por Anny, mas o medo de seguir em frente e o peso de suas responsabilidades ainda o seguravam.

Naquela noite, ambos adormeceram com o mesmo pensamento: seria possível ultrapassar as barreiras e construir algo novo?

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