Uma semana se passou desde que enterrei minha princesa e meu coração.
-Filho, seu primo está ao telefone, quer falar com você.
-Mãe, estou em luto, não quero falar com ninguém.
-Fala com ele, por favor.
-Tá bom, mãe, mas não sairei de casa por nada.
Fui ao telefone e atendi.
-Alô, Marcos!
-Oi, Edu, eu quero te dar os pêsames, não consegui ir ao seu casamento, minha esposa estava no hospital dando à luz.
-Parabéns, você agora é pai.
-Sou pai de uma linda menininha e quero te chamar para ser padrinho dela.
-Eu não tenho uma parceira, escolhe um casal.
-Por favor, aceita vir com a tia, foi você quem me juntou com minha esposa, queremos que você seja o padrinho de nossa menina.
-Tudo bem, nós vamos, quando será?
-Sábado às sete horas na igreja matriz.
-Estaremos lá.
-Muito obrigada, meu amigo, você superará a morte de sua mulher e também terá filhos lindos.
-Não me casarei, sei que minha mulher arrumará um jeito de voltar para mim, eu esperarei até meu último respiro.
-Você está de luto, isso passará.
Chamei minha mãe e avisei para comprar um presente para a criança, e tenho que continuar cumprindo minhas obrigações, tenho muitas pessoas dependendo de mim.
Sarah chegou toda sorridente, eu não sei porquê, mas depois da morte de Carol, não consigo olhar Sarah nos olhos, ela me dá nojo, até a voz dela me irrita.
-Eduardo, querido, quem será a madrinha da pequena Clara com você? Se você quiser, eu vou!
-Não precisa, minha mãe vai comigo, e por favor, Sarah, não entre em meu escritório sem bater.
-Nós nunca tivemos esse tipo de diferença, sempre fomos amigos.
-Você continuará sendo minha amiga, só que o lugar da Carol ninguém ocupará, não quero que tire nada do lugar, minha casa ficará do mesmo jeito que Carol deixou.
-Tudo bem, eu só acho que essas fotos dela vão te deixar ainda mais triste.
Ergui meu tom de voz e disse:
-Não toque em nenhuma foto da minha mulher, quero tudo do mesmo jeito. Quero sentir ela pela casa, ouvir o sorriso dela cada vez que eu falava uma palavra errada, quero escutar ela treinando piano todo dia, não mexa em nada, entendeu?
-Tudo bem, Edu, não mexerei.
Senti a mão dela em meu braço e me afastei rapidamente.
-Não me toque, sou um homem comprometido.
-Ela morreu, Edu, e você superará e eu estarei aqui te esperando.
-Saia daqui e da minha frente, não quero você trabalhando em casa.
-Você está me mandando embora?
-Não, falarei com minha mãe e ela arrumará outro tipo de serviço para você, só não quero você perto de mim.
-Você vai se arrepender disso e vai me pedir para que eu volte, você vai ver.
-Sai daqui, Sarah.
Sei que a culpa do meu infortúnio não é da Sarah, mas ela fica querendo pegar um lugar na minha vida que já tem dona e sempre terá. Esperarei minha esposa voltar e sei que um dia estaremos juntos de novo. Minha princesa de olhos violeta
Comecei a pensar em Marcos, ele teve uma vida difícil, os pais morreram, viveu num orfanato por vários anos até que a minha tia o adotou, quando ela trouxe ele a primeira vez em casa foi como se tivéssemos uma ligação, nos tornamos amigos até o casamento dele.
Depois disso nos afastamos um pouco porque minha mulher não se dava com a dele, passamos a conviver só na empresa, mas mesmo assim somos como irmãos.
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Atualizado até capítulo 75
Comments
Mara Melo
Acho errado a idade dos personagens ,o Edu e a Carol são duas crianças, sim 18 anos é idade de está começando o ensino médio, e não se casando .
2025-03-16
2
Andreza Regina
Mas não vai ter lógica ele se apaixonar pela afilhada
2025-01-19
1
Iraci Costa Pinheiro Franco
Que linda história, está me lembrando a novela alma gêmea, quando Luna reencarna quase que imediatamente após ser assassinada 👏👏👏👏
2025-01-17
1