Capítulo 12

Leon

Entro no meu quarto com a minha mente, meu coração e corpo enlouquecidos. Não tinha perdido meu controle assim com uma mulher antes, não entendo porque perdi com Annandy. Ela me seduziu de um jeito que me faz lembrar a noite em que transamos... Ela é tão sensual, sexy, atraente, mas não me pertence.

Preciso de um banho frio, vou sair, acho que socar uns sacos de areia na academia vai me deixar mais tranquilo. Não dá para ficar tão perto dela nesse momento, estou me vendo abrindo a porta do quarto dela e terminando o que começamos.

Quando passo na frente da porta do quarto dela paro e sinto seu perfume, me sinto aqueles desenhos animados que flutuam e seguem o cheiro que os atraem. Volto para a realidade e saio do apartamento para respirar.

Chegando na academia falo com alguns conhecidos rapidamente seguindo para a área da academia que me deixa concentrado, sacos de areia. Coloco o equipamento e meu headfone, a música alta me faz entrar em meu mundo então começo a socar tentando não pensar em nada. Até que alguém segura o saco de areia.

— Leon? — mais uma para tirar minha paz.

— Eu esqueci que você vem esse horário, Camille. Pode voltar a fazer o que estava fazendo e me deixar sozinho? — falo para ela olhando de volta para o saco de areia.

— Não deveria ser tão rude comigo, salvei sua vida! — ela me empurra para longe do saco de areia.

— Salvou minha vida? Hilário, você contratou uma ganguezinha de merda para me dar uma sussurra. Só não contava com algumas habilidades que me foram ensinadas na adolescência, não é mesmo?

— Mas eu te avisei o que iria acontecer.

— Quando eu estava no meio deles dando a surra que eu iria levar. Camille, para não encontrar com você novamente vou mudar de academia. Sai com você uma vez para tomar uma bebida e você já estava escolhendo os nomes até de nossos netos.

— Sou louca por você, Leon. Me dá só uma chance para ser a mulher da sua vida. — acabo dando gargalhada.

— Preciso te contar que irei me casar em breve, tenho certeza que se a minha diaba te ouvisse agora você estaria nesse chão... Ela é super brava. — me lembro de Annandy batendo a cabeça de Bruna na parede.

— Isso não é justo, Leon! Eu queria me casar com você... Quem é essa vadia? — seguro no pescoço de Camille por alguns segundos não gostei de ouvi-la ofender Annandy... Mas o que está acontecendo comigo?

Solto o pescoço de Camille e me afasto, vou ter que procurar paz em outro lugar. Olho para e franzindo as sobrancelhas para que entenda o mais claro possível.

— Não chame a minha mulher de vadia de novo, não bato em mulheres, entretanto, posso chamar uma para dar um corretivo em você.

Pego minha mochila e me afasto, acho que vou fazer uma visita para o meu irmão, ele deve estar no escritório, posso contar para ele que vou me casar e convidá-lo para ser o padrinho. Mesmo que seja um relacionamento falso ele seria o único que pode ocupar esse lugar ao meu lado.

— Lucca? — chamo por ele ao bater em sua porta depois de sua assistente permitir a minha entrada.

— Leon? Conseguiu um tempinho para me ver? A essa hora você está sendo babá da autora mimada normalmente. — meu irmão está curioso.

— Vim te falar que vou me casar, quero que seja meu padrinho. — falo sorrindo e ele se mostra preocupado.

— Tem certeza disso? Sabe o que o casamento vai trazer para você, papai está ansioso para entregar para você o que recusou esse tempo todo.

— Eu sei... Acho que é algo que não dá para fugir. Terei que encarar de frente, mas ser autor não desisto nunca. — meu irmão acaba rindo — Qual é a graça?

— Vai ser a primeira vez que vejo um autor, um mafioso e um Ceo em um só homem. — ele continua rindo.

— Esqueci que ainda tem a editora... Mas dei minha palavra que iria me casar. Não posso recuar agora.

— Por que está falando como se tivesse sido obrigado a isso?

— Porque nunca foi minha intenção assumir nenhum dos dois negócios do nosso pai. Sabe que queria construir o meu caminho com minhas mãos e agora me vejo diante de algo que fugi esse tempo todo para acabar me afogando no mesmo porque vou me casar.

— Então vou te fazer uma pergunta sincera... Você quer mesmo se casar com essa mulher misteriosa? — fecho meus olhos e lembro de Annandy em cima de mim me beijando, em seguida lembro de nós dois no outro apartamento e abro meus olhos.

— Quero! Ela ainda não me ama, mas quero que ame.

— Leon, como vai se casar com alguém que não te ama?

— Ela também quer se casar... Vou te explicar.

Conto tudo para o meu irmão, não exatamente tudo, mas o necessário... Apenas o que ele precisa saber e sua cara ao me ouvir dizer que irei me casar com Annandy merecia uma foto de tão hilária.

— Não pode se casar com uma mulher casada, Leon!

— Ouviu a parte do divórcio na segunda?

— Divórcio de pessoas que tem bens para compartilhar é demorado, meu irmão!

— Vou esperar o tempo que for, ela vale muito o esforço.

Termino de falar com meu irmão até que percebo a noite cair lá fora. Preciso voltar para casa e levar o jantar para Annandy. Passo em um restaurante chinês compro o nosso jantar, passo em uma sorveteria e levo o sabor preferido de Annandy, chocolate suíço com mini cookies.

Quando entro pelo elevador da garagem deixo a comida e a sobremesa em cima da pia, caminho para a sala e vejo Annandy sentada no chão, grudada na janela olhando para a cidade.

— Annandy? — ela me olha como se eu fosse algo precioso e corre até mim me abraçando forte ao se aproximar.

Ela coloca a cabeça no meu peito e parece estar chorando.

— Me perdoa, Leon. Não passarei dos limites de novo, eu prometo... Só não me deixa sozinha por tanto tempo de novo, quase enlouqueci e não sabia o que pensar quando não te vi no seu quarto. — abraço ela de volta.

— Eu deveria ter avisado que iria sair, me desculpa. E sobre o que aconteceu mais cedo pode ficar tranquila, eu fui rude e não deveria ter avançado o sinal com você.

Ficamos ali um tempo até eu ouvir o estômago dela roncar, a levo até a cozinha e pela primeira vez arrumamos a mesa juntos. A conversa entre nós fluiu como se fossemos um casal de verdade... Quero ser o único no coração de Annandy.

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