Capítulo 8

Ricardo

Encarei o copo de vodka a minha frente.

— Não sei como ele é capaz de pensar que sou tão miserável a ponto de cometer abuso. Essa foi a ofensa mais pesada que já ouvi de alguém.

Acabei sorrindo de forma irônica ainda relembrando as falas dele enquanto balançava o copo na minha mão. Só podia estar ficando louco, tenho que me reabilitar.

— Sério Ricardo, melhor colocar as rédeas nele o quanto antes. Ou esse moleque vai te dar dor de cabeça.

Miguel disse com toda a razão.

— Ele já está dando, como se não bastasse a grande merda que aconteceu naquela festa. Da para acreditar?

Ele começou a rir.

— Bom, acho que esse Evans leva muito a fundo as emoções. So toma cuidado, não quero ter que ver você lá no hospício.

— Vai te lascar Miguel, cadê aquela ruiva que deu encima de você mais cedo?

— Foi buscar a amiga dela para fazermos uma orgia, quer participar?

Manuseio a cabeça.

— Passo essa — Olho em volta e vejo uma mulher me encarando — Vou curtir com aquela dali.

— Tu que sabe, fui.

Paguei pelas bebidas e me aproximei da bela mulher de cabelos castanhos.

— Está sozinha?

— Bom, sim. O que deseja?

Um sorriso totalmente safado brota nos lábios da mulher que tenta demonstrar ser difícil.

— Tá afim de uma diversão essa noite?

Ela me analisa de cima a baixo.

— Bom, aonde gostoso?

— Vem comigo.

Curtimos um pouco fora da boate e depois a levei para um motel. Passei a noite quase toda transando, ela era bem resistente e aguentou por bastante tempo. Na manhã seguinte, abri um olho e a vi vestindo as roupas.

— Você realmente cumpre o que promete gostoso, até a próxima.

Observei que ela mal conseguia andar, e ainda sim já me falou de próximo vez. Sempre sou bruto quando se trata de sexo, nunca dei mole em hipótese alguma.

Tomei um banho gelado, por mais que a quantidade de álcool que tomei não me deixasse com ressaca, precisava tirar a melação que ficou. Ela era boa de cama, mas gozou pra cacete.

Consegui me recompor, precisava resolver o problema que uma certa pessoa me causou. Conseguir aliados de confiança nesse submundo era muito mais complicado do que parecia. O quanto antes conquistar a confiança de Gregson Hakuza novamente era uma dor de cabeça a menos. Liguei para Felipe, querendo saber como estava as coisas em casa, e se o esquentado do Evans estava se comportando bem.

Pelas informações que Felipe disse, ele estava se alimentando bem com o café da manhã preparado pela empregada. O que me admirava era Evans não ter tentado fugir enquanto estive fora, porque sei que a qualquer momento ele vai inventar de fazer alguma merda novamente. Alguém como ele se conformar tão rápido era obviamente impossível.

Minha pressa em acabar logo com o problema que Evans me meteu era inevitável. Apenas mandei que um dos meus homens trazessem roupas limpas, pois meu objetivo era ir logo resolver as coisas com Gregson. Pisando meus pés na mansão Hakuza, relembrei sobre a noite de ontem.

Dei de cara primeiro com o filho mais novo, que já foi me abraçando quando sabia que eu odiava abraços.

— Se afasta.

Falo com voz calma, já que a situação ia de mal a pior. Mais algum pequeno problema poderia cair em minha lista.

— Sempre esqueço que você não gosta de abraços.

— Pois trata de lembrar, já falei que odeio.

— Olha quem veio dar as caras.

Já reconheci a voz de longe, Damion em passos lentos vem de encontro a sala acompanhado do pai. Enquanto me olhava de banda eu olhava o desprezível de canto, sentindo vontade tremenda de mostrar o quanto é bom forçar as pessoas a fazerem o que não querem.

— Achei que não viria Ricardo.

O velho Gregson insinua ao se sentar no espaçoso sofá marron, com textura de luxo. Aliás tudo nessa casa tinha luxo, principalmente detalhes de diamante.

— Pensei que me conhecia Gregson, de que minha imagem não me permite fugir de algo.

Ele levou um copo de bebida a boca.

— Ricardo serei direto. Por que você chegou ao ponto de bater em meu filho quando já tinha chegado no quarto a tempo? Tem alguma explicação para isso?

— O que ele ganhou foi merecido pela tamanha falta de respeito. Além do mais, a pessoa que ele deu partida foi justo quem me acompanhou até aqui.

Gregson sorriu, pelo momento em silêncio, presumi que ele estava planejando alguma coisa.

— O que você fez foi muito errado Ricardo, agrediu o meu filho de qualquer forma. Relevarei esse pequeno problema se você me trazer aquele inquilino que causou o incidente para ser escravo do Damion. É pegar ou largar, se a resposta for não, a porta está ali.

Olhei bem para o velho Gregson e um sorriso escapou dos meus lábios. Tanto os filhos como ele não entenderam nada.

— Então eu já vou indo, nunca atreveria dar logo a pessoa que deve meu dinheiro, muito menos para um desprezível como Damion. Jogue tudo no ralo então, esqueça que uma vez fez aliança com Ricardo Gusman.

— Você vai pagar caro por isso — Damion falou com voz grave — Guarde bem as minhas palavras.

Antes que eu saísse por completo, virei a palma da mão para trás levantando o dedo do meio para os três. Poderia eles tentaram de tudo, pois eu não seria derrubado tão facilmente.

Mais um inimigo na minha lista, farei uma viagem bem cedo para a Áustria. Preciso manter os negócios, e quem irá me acompanhar nada mais é que Evans. Farei ele trabalhar pra cacete.

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Comments

Tania Maria Rufino

Tania Maria Rufino

Olha isso, a pessoa faz a gente viciar na obra, e não posta o próximo capítulo. cadê você pessoa?😔

2024-12-06

4

Fujoshiseira_Ayla

Fujoshiseira_Ayla

nossa cara ainda sobra pro coitado kkkkkkk

2025-03-24

1

Tania Maria Rufino

Tania Maria Rufino

Agora o bicho vai pegar 🤣🤣

2024-12-02

2

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