Outro mafioso

Elena acordou aos poucos, o corpo ainda sentindo os efeitos do cansaço, mas sua mente estava mais clara. Ela se sentia mais descansada, mas as memórias do que havia acontecido nas últimas horas ainda pesavam em sua mente. A fuga, os tiros, e, agora, Lorenzo. Ela pensava em como sair dessa situação, em como escapar, mas uma sensação de incerteza ainda a envolvia.

Quando ela estava imersa em seus pensamentos, uma batida suave na porta interrompeu o silêncio. Elena levantou a cabeça, desconfiada. Antes que pudesse responder, a porta se abriu, e Lorenzo entrou. Ele estava calmo, como sempre, seu olhar seguro e um sorriso no rosto. Ele parecia completamente à vontade, sem pressa ou tensão, como se soubesse exatamente o que fazer.

Lorenzo: Bom dia, Elena -disse ele, com sua voz suave e penetrante. Ele não esperou permissão para entrar, caminhando diretamente até a beirada da cama e se sentando ali, muito perto dela.

Elena sentiu uma onda de desconfiança subir, mas tentou se manter o mais tranquila possível. O que ele queria agora?

Elena:O que você quer, Lorenzo? — perguntou, sua voz tensa, tentando esconder o medo que começava a se formar em seu peito.

Lorenzo observou-a atentamente, como se estivesse estudando cada reação sua. Ele não respondeu de imediato, mas deixou o silêncio se arrastar por um momento, o que fez Elena se sentir ainda mais desconfortável.

Lorenzo:Eu sou um mafioso, como Rafael — ele começou, a voz tranquila, mas com um tom que fazia suas palavras soarem ainda mais ameaçadoras. — E assim como ele, eu também tenho interesses em você. Eu sei que você está tentando entender tudo isso, mas é simples. Ele está desesperado para ter você, Elena. Ele quer te controlar, te fazer sua prisioneira.

Elena o encarou, tentando se manter firme. Ela não sabia se acreditava no que ele dizia, mas algo no jeito que ele falava a fazia hesitar.

Lorenzo se aproximou um pouco mais dela, e ela sentiu a presença dele pesar. A distância entre os dois estava diminuindo, e Elena se sentiu desconfortável, mas não se moveu. Ela sabia que qualquer movimento brusco poderia ser interpretado de outra forma.

Lorenzo:Eu não sou como Rafael — disse Lorenzo, sua voz agora mais baixa, como um sussurro que só ela poderia ouvir. Ele olhou profundamente nos olhos dela, sua expressão agora mais intensa. — Eu quero algo diferente. Eu quero você, Elena. E não apenas como uma prisioneira. Eu quero que você seja minha esposa.

Elena deu um passo atrás, seu corpo tenso, o medo começando a tomar conta de seu interior. Ela sabia que Lorenzo era perigoso, mas aquilo parecia mais um jogo para ele. Ele estava tentando se aproximar ainda mais, como se quisesse que ela cedesse à sua vontade.

Elena:Você não vai me forçar a fazer nada — ela disse, tentando se firmar, sua voz um pouco mais firme, mas sua mente estava acelerada. Ela não queria ceder a ele, mas a proximidade de Lorenzo e sua insistência estavam a deixando nervosa.

Lorenzo sorriu de forma enigmática, se inclinando mais um pouco, o cheiro de seu perfume e o calor de sua presença fazendo Elena se sentir cada vez mais vulnerável.

Lorenzo:Eu não vou te forçar — ele disse, quase em um tom de brincadeira, como se isso fosse uma piada. Ele agora estava tão perto que ela podia sentir a pressão de seu corpo contra o dela. — Mas eu posso te oferecer algo que Rafael nunca poderá. Liberdade. E, se você quiser, mais do que isso. Eu posso te dar o que você precisa, Elena. O que ele nunca poderá te dar.

A mão de Lorenzo alcançou suavemente o braço dela, e Elena sentiu um arrepio correr pela espinha. Ela tentou se afastar, mas ele foi rápido, segurando-a com mais firmeza. Ela sentiu sua perna, ainda dolorida, doer mais um pouco, e a sensação de estar presa se intensificou.

Elena:Você não pode fazer isso — Elena disse, respirando com dificuldade, seu corpo agora tenso com a proximidade de Lorenzo. Ela tentou se desvencilhar, mas ele não a soltou. O pânico crescia dentro dela.

Lorenzo, vendo a resistência dela, inclinou-se ainda mais perto, seu rosto agora tão próximo do dela que ela podia sentir a sua respiração quente.

Lorenzo:Eu posso fazer o que eu quiser, Elena. E você vai perceber isso mais cedo ou mais tarde. Agora, você tem uma escolha. Você pode ser minha, ou… bem, podemos fazer há força!

Ele pressionou suavemente o corpo dela contra a cama, seus olhos fixos nos dela. Elena sentiu uma pressão crescente sobre si, a dor na perna tornando-se mais aguda com a tensão da situação.

Elena:Não! — Ela gritou, empurrando-o com força, mas o gesto não foi suficiente para afastá-lo. Lorenzo sorriu, parecendo se divertir com a reação dela, mas não foi agressivo.

Lorenzo:Não se preocupe, Elena — ele disse calmamente, antes de se afastar um pouco, ainda olhando-a com aquele sorriso enigmático. — Eu vou te dar espaço para pensar. Mas lembre-se, eu sempre estou por aqui.

Com isso, ele se levantou e saiu do quarto, deixando Elena sozinha, com o coração batendo acelerado e a sensação de estar mais aprisionada do que nunca. Ela sabia que precisava sair dali, mas agora, com Lorenzo tão perto, as opções pareciam ainda mais limitadas.

A luta pela sua liberdade estava longe de terminar, e ela sabia que teria que ser mais esperta do que nunca para escapar.

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