Capítulo 20

Latte pumpkin Spice para adoçar seu dia. – Senti o cheiro De Christopher me estapeando assim que ele se inclinou em minha mesa para colocar um copo quente do Starbucks nela.

- Quer meu coração? – sorri

- Me ofereça algo que eu ainda não tenha. – Sorriu sentando em minha mesa com os braços cruzados

- Do que está falando? – me inclinei bebendo um gole do café enquanto Christopher me analisava

- Quero sua ajuda em um caso Dulce. Um caso um tanto quanto especial para mim. – gelei.

A ideia de que ele possa descobrir quem eu realmente sou me deixa enjoada.

- Não sei Ucker... – suspirei – Eu estou ajudando Willian no caso da garota enforcada, estamos tão atolados, sem pistas...

- Estou te pedindo. Eu mesmo falo com o Willian e ele transfere você.  – senti meu peito se apertar – Vamos Dul, o que te impede? Tenho certeza que seremos os melhores juntos.

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- Bú. – sussurrou Alfonso em meu ouvido enquanto eu sorria e mexia a sopa de abóbora no fogão – Que cheiro bom...

- Nosso jantar, e de Henrique. – Me ajeitei em seu abraço antes dele me dar um beijo estalado e se afastar - O que eu perdi enquanto estava longe? – perguntei, provando a sopa e acrescentando um pouco mais de sal

- Nada de significante. – suspirou, ouvi quando ele abria o armário da cozinha pegando um copo de dentro – Vai demorar? Quero te mostrar uma coisa.

- Que coisa? – perguntei virando a cabeça para encarar ele

- Termine a sopa.  – piscou para mim, enchendo o copo de leite e bebendo em seguida.- vou perguntar a Maitê se ela cuida de Chloe.

- Ok, - assenti - vou deixar você achando que tem o controle – gritei, e sorri ao ouvir sua gargalhada do corredor

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- Isso é tudo o que tenho sobre Henrique. – Christopher jogou um Dossiê com mais de 100 páginas na mesa e eu encarei – E esse sobre Anahí – ele jogou um novo dossiê sobre o de Henrique.

- Anahí? – pisquei, encarando ele surpresa. Porque ele teria um dossiê de Anahí? Ela não era a ex dele?

- Filha de Henrique. – Acrescentou – Ela trabalhou um tempo conosco, ela não concorda com a merda toda de Henrique, mas o que ela não sabe é que é o calcanhar de Aquiles do maldito. – acrescentou – eu tinha ela, era um trunfo em minhas mãos. Mas é geniosa, não é pra menos.

- E qual é o plano? – questionei sentindo um nó se formar em minha garganta

- Ah, minha doce Dul – Ele se aproximou de mim,  alisando meu queixo enquanto me forçava olhar para ele, seus olhos estavam tão pretos quanto algum olho poderia ser – Você é o plano.

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Eu conseguia ouvir os barulhos dos carros no lado de fora, o rádio com o som baixo tocando um canção antiga de Billy Ray Cyrus e a mão de Alfonso testando meu juízo enquanto alisava minha coxa.

- Preciso mesmo ficar vendada o tempo todo? – resmunguei, e ouvi um riso baixo de Alfonso em resposta

- Porquê? Não gostou? Confesso que amei até por demais a visão, talvez eu guarde essa gravata para uma outra ocasião...

-  De jeito nenhum!!! – eu ri, avaliando em quanto tempo Henrique demoraria para sentir a falta da gravata favorita

- Pare de resmungar, já estamos chegando, e a outra parte da surpresa você pode estar de olho aberto. – respondeu, apertando um pouco a mão em minha coxa, o cheiro do lado de fora da janela lembrava algo como mato e cocô de cavalo.

Carros chiques e anéis de diamante

Eu vi todos os tipos de coisas brilhantes

Eu deveria estar sentindo me como um rei

Mas, Senhor, eu não estou

- Chegamos. – Anunciou, saindo do carro e após uns segundos abrindo a porta do passageiro para que eu também saísse

- O que está aprontando? – perguntei sorrindo enquanto ele me guiava, ouvi latidos de diversos cachorros e travei no lugar – Aí meu Deus!

Oh, oh, oh

Todo esse tempo eu estava perseguindo sonhos

Estava bem na minha frente

Eu estava perdido sem ela

- Não estrague a surpresa, vêm. – criticou Alfonso enquanto me puxava para voltar a caminhar

- Boa tarde! - Comprimentou uma voz doce de uma senhora provavelmente

- Boa tarde! – respondeu Alfonso – Tire a venda Annie.

Removi a venda dando de cara comum filhote de cachorro no colo da senhora em minha frente, ele era totalmente preto e me olhava com olhos assustados.

Eu deveria estar parecendo uma boba, eu sorria com uma felicidade inexplicável olhando para o filhote.

- Poncho...?  - Sussurrei esticando os braços para pegar o filhote que se embalou em meu colo

- Annie esse é o ..... bom ele não tem um nome ainda, mas é seu.

- Mais onde ele vai ficar? Poncho você sabe que... “Em casa” não dá.

- Não acabou ainda as surpresas Minha querida.  – ele piscou para mim, conversando algo com a senhora que não prestei tanta atenção ao sentir o filhotinho Morder meu cabelo

Para o sul, é tão doce

E encontrar meu caminho de volta até você e eu

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O filhote dormia em meu colo enquanto Alfonso dirigia de volta para cede, sorri para ele algumas vezes acariciando o pelo negro do filhotinho em meu colo com o polegar.

- Comprei um apartamento.

- Você comprou o quê?

- Um apartamento. Para mim, para você e para Chloe. E para o filhotinho. -respondeu me analisando de canto de olho

- E para o Toim. – completei , anestesiada demais para qualquer outra reação.

- Ah, como eu poderia esquecer do peixe? – ironizou – e para o Toim.

Ri, sentindo meus olhos marejarem e fechei eles segurando as lágrimas traidoras que ainda assim caíram.

- Por que disso? O filhote e o apartamento? Por que Alfonso?

- Porque você me disse que queria paz. Que queria um recomeço. Porque você merece uma vida melhor, longe de toda essa merda. – respondeu me encarando enquanto estacionava no farol – Porque eu te amo. E porque sim.

- Mais e o Henrique? Você é chefe e....

- Irei falar com ele. Vou abdicar de tudo. Você é a vida dele Annie, ele tem me dado indiretas o suficiente para eu saber que é exatamente o que ele quer. Você longe de tudo isso. – respondeu e senti meu peito apertar de tanta felicidade – seremos felizes, uma família. E você pode recomeçar, quantas vezes você quiser, quantas vezes você precisar. Eu vou estar lá com você para te apoiar. Iremos recomeçar juntos.

Alfonso parou o carro de frente para um condomínio lindo com sete prédios,  e entramos no terceiro. Ele me guiou até o elevador, apertando o segundo andar e subimos em silêncio. O filhotinho dormia agora no colo dele, e eu estava tremendo demais para tentar toca-lo.

Quando o elevador abriu Alfonso foi o primeiro a sair, se dirigindo ao apartamento número vinte e um e abrindo a porta me convidando a entrar.

E eu entrei , ainda trêmula, ainda desacreditada, explorei cada espaço daquele apartamento com os olhos, era grande na medida correta, a sala e a cozinha eram ligadas por um balcão americano, havia também um corredor com 5 portas onde acreditei ser os quartos e banheiro. O carpete cinza e sem móveis ainda me deixaram emocionada. Eu não sabia quanta felicidade poderia caber em um peito, mas eu sei que o meu estava prestes a explodir.

- Amor... Isso é... – me virei para encara-lo e congelei, completamente ao ver Alfonso de joelhos com um anel de ouro em mãos

- Eu sei. Clichê. – ele riu – e está tão cedo, então talvez eu não devesse ter pedir em casamento e não vou. Não até que você demonstre que está pronta para isso, mas você me transforma a cada dia minha Annie... – ele sorria - Você é a faísca que acende meu coração. Então, eu não vou te pedir em casamento, mas quero que pegue essa aliança e aceite ela como algo nosso, como o símbolo de nosso compromisso seja como for que você desejar chamar.

- Sim. Seja lá qual seja seu pedido, sim. Contanto que eu esteja com você. – me ajoelhei junto com Alfonso – contanto que seja você.

Alfonso colocou o anel em meu dedo, e eu sorri analisando ele.

- Bem caro. Gostei. – provoquei

- Gostou é? – ele se inclinou me beijando – E o que mais você gosta? – sussurou, lambendo minha orelha seguido por uma mordida , tendo como resposta um suspiro – o que acha de estrear nosso Apartamento meu amor?

- Alfonso... – tentei falar, mas fui impedida pela boca de Alfonso.

A verdade é que eu não conseguia resistir as provocação de Alfonso. E era inútil tentar, Alfonso explorava a minha boca, juntamente com suas mãos que já não perdiam tempo e foram deslizando as alças do meu vestido.

Empurrei ele para baixo, assumindo o controle quando sua boca já estava em minha clavícula.

- Minha vez de te dar presente. – provoquei beijando sua boca em um beijo estalado e descendo sua calça enquanto analisava meus próprios movimentos. Beijei seu peito e desci beijo por beijo até chegar sua intimidade.

Parei lá beijos e continuei o caminho lentamente com a mão, até chegar à parte sensível de sua intimida e alisar ela com as pontas dos dedos, fazendo Alfonso respirar aceleradamente.

- Annie ... –pediu, e sorrindo coloquei sua intimidade em minha boca, provando e provocando com a língua – Puta merda, Anahí!!

Mantive um ritmo lento  enquanto chupava e lambia sua intimidade roçando ela levemente até o fundo de minha garganta.

Alfonso me puxou segundos depois, para cima, me fazendo montar em cima dele

- Ainda não. – pediu – temos tempo.

Sorri me sentando em seu colo e Alfonso abriu o zíper do vestido, deixando que lentamente ele deslizasse pelo meu corpo.

- Gostosa. – xingou quando constatou que não havia sutiã o impedindo da visão de meus seios, seu olhar era de pura luxúria me fazendo corar de desejo

Provocando rebolei ainda em cima dele, fazendo-o gemer de aprovação.

- Você está louca de vontade , não é ? – Murmurou em minha orelha quando me inclinei para beija-lo, a mão arranhando minha coxa, me fazendo colocor a mão em cima da dele, inconscientemente .

- Tirou essa conclusão porque? – Perguntei, dando corda. Adoro o modo como ele murmurava em minha orelha.

- Sei que está . Olhe só você . - Murmurou – Está com tanta vontade que eu me pergunto se não seria capaz de ter um orgasmo só com a minha voz . -  Alfinetou , sorrindo me fazendo rir.

- Não sou eu que passo as noites perambulando pela sua casa, parado na porta do seu quarto . – provoquei deliciada .

- Como você sabe disso ? – Perguntou , passando o nariz em minha nuca - Está apagada toda vez que eu passo pelo seu quarto.  Tão molinha , tão submissa ... - Disse  subindo pela minha barriga, o dedão roçado meu mamilo me fazendo gemer, em seguida me virando, fazendo com que eu ficasse deitada de costas para ele que estava em cima de mim

- Eu estou apagada, mas tenho informantes . - Repliquei – Oh, e olhe só você . - Disse me empinando,  meu traseiro encontrando a ereção recém formada dele . - Você está louco de vontade não é ? - Citei, deliciada

- Tirou essa conclusão só porque eu te espio dormir ? - Citou de volta, apertando minha cintura .

Nos sentimos por um instante em silêncio, até que algo começou a vibrar na calça de Alfonso esquecida ao nosso lado. Resmunguei quando ele se inclinou para pegar o celular.

- É seu pai. Ele pediu para voltarmos, urgentemente.

_________________________

Chegamos na cede meia hora depois, deixei o filhotinho no laboratório com Chloe que surtou ao vê-lo. E segui para o refeitório com Alfonso para encontramos meu pai, a cede estava em completo silêncio e meu peito em uma total agonia.

Algo me dizia que algo de muito ruim tinha acontecido, algo me pedia para sair dali, agora, já.

Mantive as mãos dadas a Alfonso até a entrada do refeitório onde travei, meu estômago me deu uma pontada dolorosa ao entender o que tinha acontecido.

Estavam todos reunidos ali, meu pai tinha os braços cruzados e atrás deles estavam todos seus homens devidamente armados, mas não era nem de longe isso que me fazia querer gritar, querer parar Alfonso que soltou minha mão para atravessar o refeitório em direção a ela: Minha agonia.

Meu aviso de que tudo de lindo e mágico que eu estava vivendo até ali tinha um prazo de validade.

- Dulce Maria. - foi o grito de Alfonso, chamando-a que me lembro antes de perder a consciência.

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