Capítulo 12

Não. – Alfonso rebateu de imediato me fazendo revirar os olhos

- Acredito que isso é decisão dela. Ela é uma mulher inteligente, pode muito bem avaliar a situação por si mesma. – rebati encarando a parede atrás de um dos homens a minha frente

- Anahí, eu não acredito que você acha mesmo que ela é a pessoa mais adequada para esse trabalho. É um rancor entre vocês que está sendo colocado em jogo, admita.  Porque tem de ser Dulce? Porque não Maitê?

- Porque Maitê é necessária aqui, Alfonso. – Rebati novamente sentindo a raiva subir minha cabeça – E porque ela poderia ser facilmente identificada se por um deslize tivesse um penetra aqui. Agora Dulce não, ela não é da cede. Ela é desconhecida, uma ótima opção.

- Muito bem avaliado. – elogiou meu pai que tinha suas mãos cruzadas e um sorriso divertido nos lábios

- Henrique ela só tem 19 anos. A Dulce não é uma opção. Ela é descuidada, imatura e inocente. Não aguentaria a porra toda.... – demitiu Alfonso, e pude sentir seus olhos em mim, mas continuei a encarar a parede.

- Então eu vou. – finalizei

- Não.  – Rebateu Alfonso de imediato, encarei ele pela primeira vez

- Isso não está em discussão, se não for Dulce, então vou eu.

- Inferno, Anahí! – levantou Alfonso batendo suas mãos na mesa – eles nem ao menos confiam em você. Não tem que ser assim, porra.

- Sim, tem Sim. – me levantei sentindo o olhar de todos em cima da gente – Eu não sei de mais nada Henrique, então com licença porque vou me retirar.

- Anahí – ouvi Alfonso chamar mas ignorei e bati a porta.

Que porra foi essa? Acabamos de ter uma DR na frente da sala toda, e nem ao menos um casal somos.

Mas o pior é ele defendendo a droga daquela ruiva.

Continuei subindo as escadas e quando dei por mim estava na frente da porta do laboratório, respirei fundo e entrei sem bater

- Maria, precisamos conversar. – ouvi a voz de Anahí me chamar e apertei o frasco em minhas mãos. 

Como se já não fosse o suficiente Minha conversa com Alfonso está manhã, onde ele me deixou muito claro que me enxerga agora como uma irmã e nada a mais que isso.

Como se não fosse suficiente eu estar nesse inferno de lugar. Por ele. E agora nem isso eu tenho mais.

- Anahí, eu realmente não quero falar com você agora. Pode sair por favor?

Ouvi uma risada dela e me mantive de costas apertando ainda mais o frasco em minhas mãos o fazendo quebrar e derrubar seu conteúdo por toda minha roupa e mesa.

- Sair? Querida, esse lugar me pertence. Não eu não posso sair. Mas talvez você possa.

Que se foda tudo! Anahí, Alfonso, a porra da cede inteira.  Larguei os cacos de vidro que mantinha ainda em minhas mãos no chão e me virei para encarar a mulher que eu tanto odeio nessa vida.

Porque ela tinha que voltar?

Porque ele tinha que buscar ela?

- Ok, Anahí.  Eu saio.

Passei por ela que segurou o meu braço e juntei cada pedaço da minha paciência para não descer a mão nela

- Me solta! – a empurrei

- Eu só quero falar com você, Ok? Não pense que estou feliz por isso também.  – Rebateu e eu revirei os olhos cruzando os braços em sua frente.

Ela é bem mais alta que eu, o que não é de se surpreender já que eu não passei dos 1,58. E por Deus, ela é linda. O que me faz odiar ela ainda mais. A raiz de seus cabelos é louro, e uma leve cor chocolate acobertar ela, fazendo cachos até sua cintura magra.  O corpo é bem definido, seios fartos e uma bunda ligeiramente arrebitada.  Ela é a perdição de qualquer homem que pense um pouco com a outra cabeça, ela é o demônio deles, o demônio dele. E eu a odeio por o tirar de mim.

- Fala logo.

-  Tem uma missão, e eu acho que você é perfeita para ela. Não é nada muito difícil, você só teria que se infiltrar no FBI e passar informação. Se aproximar de pessoas, ganhar a confiança do chefe... Você seria nossa ‘menina de ouro’ lá dentro. – ironizou – O que me diz sobre isso? Você aceitaria ?

Encarei ela levantando minha sobrancelha, onde ela de fato quer chegar? E porque Eu? Ah, já sei: para me afastar de Alfonso. 

Mas não seria melhor assim? Digamos, Alfonso não me quer por perto mais. Eu não tenho nada que me prenda aqui. Absolutamente nada.  Talvez isso fosse bom para todos. Para mim. Um novo recomeço. Eu seria alguém que eles respeitam.  Serei importante. E quando tudo isso acabar talvez Alfonso perceba o quão errado foi me deixar. Me trocar. Por ela.

E antes que pudesse pensar,  me ouvir  dizer:

- Tudo bem... O que é que eu tenho que fazer?

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