A S L A N
Me olho no espelho, apreciando o terno perfeitamente alinhado em meu corpo. Estava muito ansioso para ver Selina de perto.
Thomás me ligou hoje mais cedo, confirmando um almoço.
Mal me lembro do caminho que fiz até o restaurante, até vê-la jogando o cabelo para trás, enquanto conversava com o pai.
Comprimento todos antes de sentar, logo Thomás fica sério, mas a sua esposa continua com um sorriso de orelha a orelha.
– Olá querido, me chamo Leila – Em estica a mão, se levantando, faço o mesmo e aperto sua delicada mão, desvio o olhar para Selina que está com os olhos arregalados para mim.
– Sou Aslan, e você deve ser Selina – Ela aperta minha mão.
– Prazer em conhecê-lo, Senhor – Engole em seco, não tenho dúvidas de que ela se lembre de mim, a alguns meses atrás eu a presenteei com um vídeo meu em frente ao espelho, enquanto me tocava para ela. Ela olha para meu pescoço, com certeza reconhecendo as tatuagens.
Falamos um pouco sobre negócios no decorrer o almoço, mas eu não conseguia desviar o olhar da preciosidade em minha frente. Tão deliciosa nesse vestidinho curto, suspiro pesado quase sentindo minha boca salivar com desejo de sentir seu sabor.
– Vou ao toilet – Ela avisa, levantando-se e pegando sua pequena bolsa.
Espero alguns segundos para deixar a mesa e segui-la.
Entro no banheiro e tranco a porta, ao mesmo tempo em que ela sai de uma das cabines, ainda sem notar minha presença, ela se inclina, lavando as mãos e se olhando ao espelho. Não espero mais para me aproximar e tocar suas costas nuas. Que delícia de mulher.
– Meu Deus! – Se afasta assim que sente meu toque. – O que está fazendo aqui?! – Ela pega a bolsa nervosa e tenta passar por mim. Mesmo não sendo tão baixa, ela vinha altura do meu peito, me possibilitando a me inclinar e empurra-la até a parede mais próxima.
– Seu pai já lhe contou a novidade? – Pergunto em tom provocativo, pela expressão do homem assim que cheguei, era óbvio que ele não contou nada.
– Do está falando? – Ignoro seu questionamento e puxo o ar com força, sentindo seu perfume doce me deixar completamente a mercê dela.
– Não vou estragar a surpresa – Ela tenta se soltar, mas eu não resisto em agarra-la pela cintura e a fazer sentir meu volume potente, seus olhos se arregalam ainda mais.
– Me solta, por favor – Pede, sorrio antes de soltá-la. Seguro seu braço antes que ela corra e faço um sinal com o dedo indicador na minha boca, tendo certeza que ela entendeu que não é para contar ao querido pai o que acabou de acontecer.
Ela corre até a porta, destrancando e saindo.
S E L I N A
Nunca estive tão assustada. Passo reto da mesa dos meus pais, saindo o lugar às pressas. Não acredito que esse homem está aqui. Bato a mão no volante, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto. Droga, droga e droga!
Chego em casa correndo para dentro e sento-me no sofá, sem saber o que fazer.
Alguns minutos depois a porta se abre, o idiota do meu pai passa por ela, sendo seguido pela minha mãe.
– O que aconteceu, filha?! – Ele senta ao meu lado no sofá, tirando minhas mãos do meu rosto.
Suspiro antes de começar a falar.
– É ele! Mãe! É ele! – Digo, assim que ela senta do meu outro lado.
– Ele quem? – Questiona também assustada, eu acho bem que ela esteja mesmo, porque eles precisam me explicar o que esse homem estava fazendo lá.
Fico em silêncio até ela se tocar.
– É ele? – Pergunta, balanço a cabeça que sim.
– Ele quem?! De quem você estão falando? – Meu pai se levanta, estressado.
– O homem que vem me perseguindo a um tempo – Resolvo contar logo.
– O que?!
Expliquei novamente para meu pai que ele é o homem que está me perseguindo.
– Ela não pode se casar com esse homem! – Minha mãe diz, eu me viro para ela, que merda ela está falando?
– O que? É desta novidade que ele me falou? – Pergunto, eles não podem fazer isso comigo. Eles ficam em silêncio.
– Eu não vou casar com esse homem! – Grito.
– Estamos falidos, Selina. – Meu pai começa. – É preciso que você faça isso.
– Não! – Agora é minha mãe que grita. – Porque não fazemos aquilo que pensamos? – Pergunta ao meu pai, fico confusa sobre o que eles estão falando.
– Não sabemos se ela aceitaria – Meu pai diz.
– Ela não tem escolhas! Thomás! Esse homem não pode casar com a nossa filha! – Argumenta, meu pai assente.
– Mas do quê vocês estão falando?! – Pergunto fungando.
– Seu pai teve a ideia de mandarmos sua irmã no seu lugar. – Levanto-me exasperada.
– O que? Tudo o que é meu será dela?! – Reclamo, deveria ter outra solução. E meus seguidores? Minha vida? Meus carros?
– O que você prefere? Casar com esse homem ou ficar sem essas coisas supérfluas? Ou você esqueceu que perde mil seguidores a cada dia? – Minha mãe joga na minha cara. – Já se esqueceu que está sendo cancelada? Você não disse que queria recomeçar do zero? bom, agora tem a chance.
Concordo com a cabeça ainda em choque.
– Mas e se ela não aceitar? – Meu pai pergunta.
– Você fará ela aceitar! – Aponto para ele que engole em seco.
– Além disso, ela conseguiu uma bolsa para o Canadá, se eu fingir ser ela, consigo ir para lá e refazer minha vida e me tornar novamente influencer! – Exclamo animada.
– Negativo, se esse homem é mesmo obcecado por você, ele pode descobrir, seja como a sua irmã, discreta, e reze para ela ter sido realmente discreta ao ponto dele não saber que você tem uma irmã gêmea, e a agradeça por estar salvando sua pele! – Meu pai cospe, irritado. Reviro os olhos, fingindo concordar. Espero que esse homem mate ela na primeira oportunidade e assim posso ser livre.
S E L E N
Conforto Victor, tia Nancy teve que vir ao hospital com pressa graças a um mal súbito.
– Eu não sei mais o que fazer, aqui não tem o tratamento adequado e não temos dinheiro para nos mudar – Chora. Sinto meu coração ficar apertado pela sua situação queria ajudá-lo de alguma forma, mas eu nada podia dar além da minha preocupação é presença.
– Se seus pais não fossem tão mesquinhos, poderiam até me emprestar algum dinheiro, mas eles não dão nem para você. – Ele diz fazendo piada enquanto enxuga as lágrimas, forço um sorriso.
– Eles estão falindo, escutei uma conversa deles no último sábado. – Digo e ele finge que não me escuta.
– Ou se eu tivesse um pai rico, talvez – Rir, tentando fugir do assunto. Ele nunca conheceu o pai e sua mãe nunca quis contar. Embora tivesse realmente precisando de dinheiro agora. Mas eu não a julgava, sabe Deus o que ela passou para decidir não falar nada sobre isso.
– Vai ficar tudo bem. – Ele se inclina no meu ombro, voltando a chorar.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 58
Comments
Eloi Silva
gapasque o cara não vai ver na hora que não e a Selina
2024-10-14
0
Cida Pereira
Será que esse povo vai obrigar ela casar com ele.
2024-09-29
1