Capítulo 11

Alex: — entrando no quarto e vendo Sophia deitada no berço. — O que você está fazendo, Chloe?

Chloe: — com um sorriso suave. — Estou fazendo uma massagem nela para deixá-la mais calma.

Alex: — sorrindo, admirando o carinho. — Isso é muito bom. Você sabe de muita coisa.

O quarto estava iluminado de forma suave, e a atmosfera era tranquila. Chloe, concentrada na massagem, parecia em perfeita sintonia com Sophia. As mãos dela deslizavam delicadamente pelas costas da menina, que reagia com um sorriso relaxado. Alex observava, sentindo uma sensação de paz que há muito não experimentava.

Chloe: — brincando. — Se quiser, pode tentar massajar também.

Alex: — interessado. — Posso?

Chloe: — pegando um pouco de creme e colocando nas mãos dele. — Aqui, é só espalhar e ser gentil.

Ele começou a massagear as costas de Sophia, sentindo a suavidade da pele dela. Havia algo reconfortante naquele momento, algo que lembrava Alex de tempos mais simples. Enquanto os dedos dele moviam-se lentamente, ele começou a refletir sobre como a presença de Chloe estava mudando a dinâmica de sua casa.

Alex: — começando a relaxar. — Sabe, eu percebi que desde que você chegou, ela não chorou à noite. Antes, a Margaret tinha que levantá-la várias vezes.

Chloe: — olhando para ele com um sorriso. — É simples. Se você não deixar ela dormir durante o dia, ela vai estar cansada o suficiente para dormir a noite toda.

Alex: — como se juntasse as peças. — Uau, agora eu entendo.

Nesse instante, um silêncio confortável pairou no ar. Alex sentia uma nova sensação de admiração por Chloe, não apenas pela forma como cuidava de Sophia, mas também pela leveza que trazia à sua vida. Ele percebeu que, mesmo em sua frieza habitual, havia um espaço se abrindo para algo mais.

Chloe: — finalmente quebrando o silêncio. — É incrível como ela responde a esses pequenos gestos.

Alex: — assentindo, ainda concentrado. — Você realmente trouxe uma nova energia para esta casa.

A atmosfera no quarto era suave, e Alex se permitia relaxar um pouco, observando a conexão entre Chloe e Sophia. Ele sentia que talvez, só talvez, estivesse começando a abrir seu coração novamente.

Os dias passaram rapidamente, e logo chegou o sábado, o tão esperado dia de folga de Chloe. Ela acordou cedo, sentindo-se revigorada, e imediatamente começou a se arrumar. Depois de um banho rápido, escolheu uma roupa confortável e prática, sabendo que passaria o dia com sua tia Clara e sua prima Lucy. Chloe sempre valorizava esses momentos com sua família, já que o trabalho na mansão, apesar de gratificante, exigia muito dela.

Depois de pronta, Chloe foi até o quarto de Sophia. A pequena estava acordada, brincando em seu berço com um sorriso iluminado no rosto, assim que viu Chloe se aproximar.

Chloe: — com ternura. — Bom dia, minha princesa. Vamos nos arrumar para o dia?

Ela pegou Sophia no colo e começou a vesti-la com uma roupinha leve e confortável, enquanto cantava baixinho para ela. O sorriso de Sophia era contagiante, e Chloe sentia uma alegria imensa em estar ao lado da menina. Quando terminou de arrumá-la, deu-lhe um beijo carinhoso na testa e a colocou de volta no berço por um momento, enquanto organizava o quarto.

Chloe saiu do quarto de Sophia e desceu até a cozinha, onde preparou o café da manhã da pequena. Sentada à mesa, alimentou Sophia com paciência e carinho, sempre arrancando risadas suaves da menina a cada colherada. Quando terminou de dar o café da manhã a Sophia, Chloe sentou-se para tomar o seu próprio café, pensando no dia que teria com sua tia e prima.

Pouco tempo depois, Alex apareceu na cozinha, pronto para pegar Sophia para passar o dia com ela. Chloe entregou a menina nos braços dele, mas antes, se abaixou e deu um beijo suave na bochecha de Sophia.

Chloe: — com um sorriso. — Eu volto mais tarde, minha linda. Se comporte com o papai.

Alex observava o carinho entre as duas, e um leve sorriso surgiu em seus lábios, embora ele mantivesse sua postura habitual. Chloe, por sua vez, despediu-se dele com um aceno, e logo em seguida, encontrou Roberto já a esperando para levá-la até a casa de sua tia.

Chloe: — entrando no carro. — Obrigada, Roberto. Vai ser bom passar um tempinho com minha família.

Roberto: — sorrindo enquanto dava partida no carro. — Com certeza, Chloe. Aproveite seu dia.

Enquanto dirigiam em direção à casa de sua tia, Chloe olhava pela janela, perdida em pensamentos. Ela refletia sobre como sua vida havia mudado desde que começou a trabalhar na mansão de Alex. Sophia se tornara como uma filha para ela, e a dinâmica com Alex, embora inicialmente fria e distante, começava a mudar aos poucos. Havia uma suavidade nos gestos dele ultimamente, algo que Chloe não havia visto no começo.

Ao chegar à casa da tia Clara, Chloe sentiu-se imediatamente acolhida pelo calor familiar. Sua tia a recebeu com um abraço apertado, enquanto sua prima Lucy correu para cumprimentá-la com um sorriso largo no rosto. O resto do dia seria dedicado a risadas, conversas e momentos tranquilos que Chloe tanto precisava. Ela sabia que, por mais que amasse seu trabalho, momentos como aquele eram essenciais para manter seu equilíbrio.

Chloe, Lucy e Clara caminhavam pelo comércio movimentado da cidade, aproveitando a manhã para resolver algumas pendências e comprar mantimentos que estavam faltando na casa. Chloe, que já havia recebido seu pagamento, decidiu ajudar sua tia e prima com as compras, sentindo-se contente por poder retribuir um pouco do apoio que sempre recebeu delas. As ruas estavam cheias de vida, com pessoas indo e vindo, e as lojas exibiam suas vitrines chamativas.

Chloe: — segurando a sacola de compras. — Acho que cheguei na hora certa, hein? Tava faltando bastante coisa.

Clara: — sorrindo. — Você sempre chega na hora certa, Chloe. Obrigada por ajudar com isso.

Lucy, que andava um pouco à frente, virou-se para olhar as duas, observando a interação com seu habitual sorriso travesso. Ela sempre admirou a força e determinação de Chloe, especialmente agora, com um emprego que parecia mudar sua vida.

Enquanto caminhavam de loja em loja, Chloe começou a contar para sua tia e prima como estava sendo sua rotina na mansão de Alex. Ela falava com entusiasmo sobre Sophia, descrevendo a menina como doce e cheia de energia. No entanto, não deixou de mencionar os desafios que enfrentava.

Chloe: — pensativa. — Sabe, morar lá é tranquilo na maior parte do tempo, mas às vezes é um pouco solitário. É uma casa enorme, e apesar de ter o Roberto, Sophia, Amélia, a Margaret e o Alex, às vezes me sinto meio isolada.

Clara: — com um olhar preocupado. — E como você lida com isso? Você já pensou em pedir demissão se não estiver se sentindo bem, Chloe? Não adianta continuar num lugar onde você não está feliz.

Chloe olhou para sua tia e sorriu, balançando a cabeça suavemente. Ela entendia a preocupação de Clara, mas havia algo na conexão que ela havia formado com Sophia que a fazia querer continuar lá, independentemente das dificuldades.

Chloe: — sorrindo. — Não quero sair, tia. Sophia me faz feliz. Eu sinto que faço diferença na vida dela, e ela faz na minha também. E, para ser honesta, Alex, mesmo sendo um pouco reservado e frio, está mudando. Ele tem seus momentos.

Clara: — suspirando. — Só quero que você esteja bem, Chloe. Se em algum momento as coisas ficarem difíceis demais, você sabe que sempre pode voltar para casa. Não precisa carregar esse fardo sozinha.

Lucy: — animada. — E você está guardando dinheiro, né? Sempre bom ter um plano B, caso precise.

Chloe: — sorrindo. — Sim, estou sendo cuidadosa. Mas não se preocupem, estou feliz lá. Claro, há dias mais difíceis, mas faz parte. E Sophia realmente faz valer a pena. Ela é tão especial.

Enquanto conversavam, Chloe se sentia grata por ter sua tia e prima ao seu lado, sempre prontas para apoiá-la, independentemente de qualquer coisa. Terminaram de fazer as compras e continuaram caminhando pelas ruas ensolaradas, aproveitando o tempo juntas. Para Chloe, esses momentos eram preciosos, e, mesmo com as responsabilidades de seu trabalho, ela sabia que o amor de sua família seria sempre seu alicerce.

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