Um dia uma vizinha me pediu para tomar conta do seu bebê e eu aceitei, era um trabalho fixo e quando eu ia fazer faxina o levava junto com o meu filho enquanto a Lyn estava na escola.
Ele chegou em casa mais cedo e eu estava dando banho no bebê. Foi uma confusão dos infernos. Ele me acusou de estar traindo ele com o bebê! Nunca ouvi tanta sandice. Jurou que se encontrasse o bebê em casa de novo ele morreria. Devolvi a criança para mãe e disse que não poderia ficar com ele. Mas toda a vizinhança tinha ouvido os seus gritos. No dia seguinte ele chegou com uma arma. E perguntou onde estava o meu amante. Eu lhe respondi que não tinha amante. Mostrou a arma que comprou para matar o bebê. Fiquei apavorada.
Se a minha vida já era uma merda, ficou pior com aquela arma dentro de casa. Um dia ele chegou e eu já estava na cama dormindo e acordei com a arma sendo engatilhada na minha cabeça. Quando ele queria sexo eu não podia me negar. Mas ele passou a usar a arma para conseguir o que queria. Se eu não fosse boazinha ele iria colocar uma bala na minha cabeça e depois teria tudo o que queria da minha filha. Várias vezes colocava a arma na minha intimidade e perguntava rindo se ele disparasse a bala sairia pela minha cabeça.
Foi horrível tudo o que passei com aquele homem doente. Eu estava sempre assustada esperando o dia da minha morte. Arquitetei a nossa fuga. Uma vizinha se mudou para uma cidade na Pensilvânia e me escreveu de lá oferecendo a casa dela, quando eu contei o que estava acontecendo. Peguei todo o dinheiro economizado e comprei as nossas passagens.
Íamos embarcar no dia seguinte, mas o meu filho não estava bem e fui levá-lo ao médico. Deixei um bilhete para a Lyn que já estava com quase quinze anos, que ajudasse fazendo o jantar, enquanto eu não chegasse. Queria paz na última noite que passaríamos naquele inferno.
Quando cheguei do hospital, senti o cheiro de comida queimando, a minha filha sempre ajudou na cozinha e eu senti que tinha algo de errado. Ouvi uns gritos abafados saindo do meu quarto. Corri até lá e a cena com a qual me deparei, até hoje não sai da minha cabeça. O ódio me cegou! Abri a gaveta onde ele guardava a arma, com a qual me ameaçava dia após dia. Peguei sem pensar em nada. Mirei nas costas dele e descarreguei a arma, sem ao menos me dar conta que os tiros poderiam atravessá-lo e matar a minha filha, ou que o meu filho de apenas cinco anos estava assistindo a tudo aquilo.
E nem as consequências daquilo tudo. Eu presa e os meus filhos em um orfanato.
Algumas pessoas me dizem que eu fiz o que uma mãe deveria ter feito. Mas eu não sinto assim. Se eu tivesse chamado a polícia, ele estaria preso e eu livre e com os meus filhos. Deixei o ódio por ele me cegar. Choro todas as vezes que penso se o tiro tivesse acertado a minha menina. Quando ela fez dezoito anos e saiu do orfanato veio me ver. Eu vi o horror em seus olhos, quando me viu. Já não sou nem a sombra da mulher linda que eu era. Com quarenta anos e já estou acabada.
Pedi que ela não viesse mais. Não quero que me veja assim. Ela me escreve toda semana e vem me ver mesmo eu não querendo, uma vez por mês. Está estudando direito para me tirar daqui. Minha menina preciosa.
Sei que passa os seus apertos, mas não reclama. Está tentando a guarda do irmão mas o juiz não se pronunciou até agora. O meu caso também está se arrastando na Justiça. Já se passaram cinco anos e eu só fui ao tribunal duas vezes. Não tenho como pagar um advogado, e o que a lei ofereceu-me, não parece muito empenhado em defender o meu caso.
Quisera ter feito diferente, mas agora não há o que fazer. Ele está morto e eu presa. Sem os meus filhos que são a razão da minha vida!
Eu me olho no espelho e vejo como estou horrorosa. Vou pedir alguma maquiagem para as guardas. Elas gostam de mim. No começo algumas presas pegavam no meu pé. Mas as guardas espalharam que eu matei o meu marido e porquê. Desde então a maioria das mulheres daqui me reverenciam. Elas me chamam de mãe. Dizem que eu fiz o que qualquer mãe deveria fazer quando encontram essa situação.
Detenta_ O que foi mãe? Porque está com essa cara?
Serena _ Amanhã é dia da minha filha vir visitar-me e eu estou horrorosa. Preciso de alguma coisa para dar um jeito nisso. Não quero que ela se assuste.
Detenta_ Deixa comigo! Se eu falar que a mãe precisa de ajuda, todas irão ajudar.
Serena _ Terão trabalho para dar um jeito nisso!
Serena Lancaster 40 anos.
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Atualizado até capítulo 114
Comments
efss
eu acredito que esse motorista estava envolvido com a mãe do carter deve ter entrado lá pra colocar as jóias lá
2025-04-02
0
엘리 케이로스
ELE NAO PARECE COM A LYN
2025-01-10
2
Marilia Carvalho Lima
😢😢
2025-02-16
1