Lyn
Primeiro foi o emprego. Agora a casa. Eu não seu se fiz bem em aceitar, mas pelo Jamie eu faço qualquer coisa. E uma coisa chamada esperança e fé está se instalando aos poucos no meu coração. Não sei se por conta desse homem, cheio de gentilezas, sem esperar nada em troca.
A Kate acha que ele está apaixonado por mim, a sra Jones também e o Ricky diz que ele está de quatro. Mas quando estamos sozinhos ele mal abre a boca.
Não sei porque isso me deixa com raiva. Eu espero que ele pule sobre mim a qualquer hora, não porque eu quero, mas, porque assim eu saberei que ele é igual aos outros. E isso não aconteceu até hoje, e essa dúvida de saber se ele é igual ou não, me enlouquece. Eu não sei o que esperar dele.
Assim que aceitei a mudança, tudo aconteceu na velocidade da luz. A assistente social aceitou que o Jamie fosse viver comigo na casa do Cárter. Parece que ela estava só esperando a pergunta, acredito que aí tenha o dedo do Sr.Todo Poderoso Cárter, pois nunca vi um juiz assinar um pedido tão rápido.
O meu irmão está nas nuvens. Não vê a hora da mudança. Acredito que se pudesse falar estaria falando pelos cotovelos. As suas mãos estão tão agitadas, que as vezes nem consigo acompanhar o que ele diz.
Lyn _ Calma assim não consigo entender o que está dizendo. Você está feliz, não vê a hora do Cárter vir te buscar e quer muito conhecer o Otto? É isso?
Ele responde com os olhos brilhando de felicidade, que é isso.
Lyn _ E eu boba achando que essa felicidade toda é porque iríamos morar juntos depois de tanto tempo! Hum perdi até para o cachorro.
Eu viro de costas para ele, só para implicar. O meu celular toca com uma mensagem e é dele.
Jamie " Eu te amo! E claro que estou feliz por morarmos juntos novamente. Só estou empolgado com a novidade "
Eu dou risada. Agora que tem o celular dá um jeito de falar. O telefone apita novamente.
Jamie " Mas, numa coisa tenho que concordar com você! Você é boba mesmo "
Lyn _ Ah seu pestinha! Eu sou boba então?
Vou até ele e faço cócegas embaixo do seu braço. Ele ri e pede tempo.
Lyn _ Agora você quer tempo?
Sento-me na cama e ele se ajeita para ficar com a cabeça no meu colo. Eu passo a mão nos seus cabelos. Ele fecha os olhos para aproveitar mais o carinho. Eu olho para ele. Eu e a mamãe somos morenas enquanto ele é loiro, o desgraçado era loiro também. Eu não puxei as características dele. Acho que por isso ele tem tanto medo de puxar para o lado violento dele.
Sinto as pontas dos meus dedos molhadas, olho e ele está chorando. O meu peito imediatamente se aperta.
Lyn _ O que foi? Estava tão feliz agora mesmo!
Ele abre os olhos e mexe os lábios tentando falar.
Lyn _ Vamos meu amor. Você consegue!
Mas não sai nada.
Lyn _ Não fica assim! Um dia você vai conseguir. E eu vou ter que mandar você calar a boca. Agora me conta porque chorou?
Lyn_ Eu estava me lembrando da mamãe. Eu sinto a falta dela.
Ele diz com as mãos e coloca as mãos nos olhos. Eu o abraço apertado.
Lyn _ Eu também sinto! Amanhã nos mudamos para a casa do Cárter e domingo eu vou visitá-la. Assim que você sarar eu prometo que vou convencê-la a deixar você ir até lá. Ela não quer que você se assuste em vê-la naquele lugar. Mas eu acho que deveria ir. Apesar do lugar você pode matar as saudades dela. Ela também não gosta que eu vá. Mas sei que fica feliz quando eu vou. Você pode escrever uma carta para ela, que eu entrego. Ela me fez prometer levar uma foto sua. Vamos ter que tirar só do rosto. Ela iria ficar muito triste se soubesse do seu acidente.
Lyn _ Eu sei amor, que não foi culpa sua. Mas ela iria se culpar por não estar aqui para nós.
Faz um pose que vou tirar a foto.
James Lancaster 10 anos.
Lyn _ Ficou linda. Ela vai adorar. Agora vamos dormir que amanhã será a nossa mudança.
Lyn _ Espere. Não entendi o que disse. Ah Se a casa do Cárter é bonita? Acho que é! Não reparei direito. Só lembro do Otto. kkkk nele eu reparei. Ele é lindo!
Lyn _ Como sabe que ele é lindo?
Entendi o Cárter te mandou uma foto. Você gosta dele mesmo?
Lyn _ Não. Estou falando do Cárter e não do Otto. Que bom que gosta dele. Tá maluco? De onde tirou isso? Que o seu cunhado o quê? Não, nem coloque essas coisas na cabeça. Preste atenção, o Cárter está na nossa vida de passagem. E nem se acostume com a vida boa.
Ele me olha triste.
Lyn _ Eu não quero te deixar triste. Só quero te avisar que a nossa vida não será para sempre naquela casa. Eu vou conseguir me formar e tirar a mamãe de lá. E nós seremos felizes, mas não com luxo me entende?
Deita aqui no meu colo de novo que vou fazer você dormir. Eu sei que não é um bebê, mas hoje sou eu que preciso fazer um carinho.
Ele se deita e me dá um beijo de boa noite. Eu me sinto a bruxa má de ficar cortando os seus sonhos assim, mas a nossa realidade é bem diferente dessa que iremos viver a partir de amanhã.
Eu estou apreensiva com essa mudança. Aceitei pois não quero ficar longe do Jamie, e também porque ele convidou a Kate. Me sentirei mais segura dessa maneira. Mas não pretendo baixar a guarda, se bem que é desgastante ficar preocupada com um ataque que não vem.
E também tem a questão do irmão dele. O Ricky me disse que é um rapaz mimado. O irmão trabalha feito louco e ele gasta feito louco.
Só espero que ele não cisme com a nossa mudança para a casa dele. Sei que ele não mora lá. Mas deve ter parte da herança do pai.
Lyn _ Deus por favor que a nossa estadia lá seja de paz.
No dia seguinte acordo cedo e quando o café da manhã do hospital é servido o Cárter entra lindo, me acostumei a vê-lo de terno e gravata e hoje ele está absolutamente fabuloso em uma camiseta branca e um jeans claro, despretensioso e maravilhoso.
Cárter _ Bom dia! Foi daqui que chamaram um caminhão de mudança?
Lyn _ Não, Jamie. Ele está brincando. Nem temos nada para levar em um caminhão. Só as nossas roupas.
Cárter _ Não é um caminhão, mas eu trouxe um carro adaptado e uma outra coisa que você irá precisar. Soem os tambores.
Ele mesmo faz barulho de tambores e abre a porta. O Ricky entra empurrando uma cadeira de rodas toda chique.
Lyn _ Tem certeza que isso é uma cadeira de rodas? Parece uma moto.
Ricky _ Bom dia deusa! Esse é o seu irmão? Eu sou o Ricky e trabalho com os dois.
Lyn_ Ele disse muito prazer
Ricky _ Eu entendi. Eu sei linguagem de sinais, só estou um pouco enferrujado, eu tinha um amigo no Brasil que era deficiente auditivo, então aprendi. Mas agora vou poder treinar.
Lyn _ Ele está dizendo que adorou a moto Cárter.
Cárter _ Se não gostar da cor eu mando trocar.
Ricky _ Ele disse que adorou!
Cárter _ Deixem o café da manhã aí. Vocês vão tomar café em casa comigo. A minha governanta já fez tudo. Só temos que pegar a Kate.
Em poucos minutos já estávamos prontos para sair. O meu irmão na cadeira e o Cárter explicando o funcionamento da cadeira elétrica para ele.
Cárter _ Tem esse acessório aqui para colocar na sua perna machucada. Mas logo, logo você não precisará mais dele.
Lyn _ Ele está agradecendo. Diz que adorou a cadeira. Não precisava comprar algo tão chique!
Cárter _ Ele é só um garoto! Deixe que divirta-se com o seu brinquedo novo. Assim ele não ficará triste pensando que está em uma cadeira de rodas.
E ele vai pilotando sozinho pelos corredores do hospital. Com um sorriso de orelha a orelha.
Cárter _ Viu? Ele está feliz! Deixa ele aproveitar. Eu estou feliz com a alegria dele e você?
Lyn _ Eu também estou feliz! Só tenho medo por ele.
Ele toca a ponta do meu nariz.
Cárter _ Não se preocupe com nada!
De novo essa sensação de amolecer as pernas! Preciso perguntar a Kate o que isso significa.
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Atualizado até capítulo 114
Comments
Ana Lucia Silva
Ela precisa de psicologia também...e desde aquela época.
Mas vai entender que nem todos os homens são como o pai, ou o safado e cafajeste nogento, 🐀de esgoto como o imbecil que a atacou...
2025-02-09
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Leila Cabral
tá bom dela parar com esse orgulho bobo, já provou que não é abusador, sei que tem um trauma
2024-12-11
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Valcinete Barbosa
aí ela é chata, fica o tempo todo com esse mi mi mi, pobre metido a besta, 😛 afff me perdoe mas é o que penso dela
2024-12-01
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