O sol poente tingia o céu com tons de laranja e vermelho, enquanto seus últimos raios penetravam a densa floresta nebulosa, criando um jogo de luz e sombra entre as árvores, Sean vaga pelas densas trilhas sinuosas de arbustos. A névoa espessa envolvia o ambiente, tornando cada passo do homem em uma jornada silenciosa e quase mística. Ele caminhava com cuidado, atento aos sons da floresta noturna, quando uma luz alaranjada, brilhando intensamente através da névoa, chamou sua atenção.
Intrigado e cauteloso, ele seguiu a luz, que parecia pulsar com uma energia própria. Ao se aproximar, o som de gritos e rugidos começou a preencher o ar, aumentando a tensão a cada passo. Finalmente, ele chegou a uma clareira iluminada por uma grande fogueira. A cena que se desenrolava diante de seus olhos era de pura selvageria: homens e bestas travavam um combate feroz, suas silhuetas dançando freneticamente contra o brilho das chamas.
A fogueira lançava sombras grotescas nas árvores ao redor, enquanto o homem observava, fascinado e horrorizado, o confronto brutal que se desenrolava na clareira. A luz alaranjada da fogueira refletia nos olhos dos combatentes, dando-lhes uma aparência quase demoníaca, enquanto a batalha continuava, implacável, sob o olhar atento da floresta.
Na pequena clareira batalhavam dois homens e um rapaz contra duas bestas monstruosas, um homem tem sua cabeça esmagada com apenas uma mordida da besta, os outros dois homens conseguem derrubar uma delas, o jovem acaba finalizando-a com um golpe de sua espada em seu peito, porém a restante era uma uma criatura monstruosa semi-bípede, em um movimento rápido ela crava suas garras no tórax do outro homem, o levantando o mais alto que podia, enquanto suas garras atravessam seu corpo e o sangue escorria pelas suas mãos monstruosas, agora, somente um jovem e uma besta, a aparência do rapaz é jovem e assustada, sua espada cai sobre o chão enquanto seus joelhos tremem, sua respiração era pesada e seus olhos esboçava seu horror pelo monstro, ao ver seu semblante jovem e horrorizado, Sean recorda de um rosto de uma criança espantada e decide interromper o massacre. Ele pula entre o jovem e a besta a encarando com semblante sereno.
---Hoje não é seu dia de sorte, criatura...--- Surge um homem com olhar profundo olhando friamente para o ser na sua frente.
A besta joga o homem das suas garras para longe e observa Sean cautelosamente virando a sua cabeça para um lado e para o outro fazendo ruídos assombrosos e profundos com a sua garganta a cada movimentar, ela ataca-o ferozmente, Sean desvia dos seus ataques com destreza, dando um chute no abdómen da criatura com o dobro do seu tamanho, fazendo-a recuar, a criatura o encara com fúria enquanto ele se posiciona para atacar, desembaiando a sua katana carmesim, ele suspira e a olha sereno, a criatura solta um rugido e parte para cima novamente, o homem faz um movimento rápido e sutil, cortando um dos braços da besta verticalmente. A besta grunhe de dor e corre rapidamente para a floresta deixando uma trilha sangrenta, o jovem assustado cai sentado no chão, horrorizado com o que acabara de ver, os seus companheiros caídos enquanto o seu sangue escorre e a besta já sem vida na sua frente. Sean o observa de soslaio, em seguida vira as costas para ele sacudindo a sua lâmina.
Morrer logo...--- Diz friamente enquanto passa uma mão pelo sangue espeço da criatura na sua katana.
O jovem o olha assustado e ofegante ---E... eu?---
Sean o olha com um sorriso de canto. ---Não, a besta seu idiota. Mas se continuar nesse ritmo vai morrer também.--- Ele embaia a sua katana na sua bainha carmesim. ---Você não é forte o suficiente, sequer consegue manusear a sua espada corretamente.---
O jovem começa a chorar de desespero, tentando secar suas lágrimas com seus braços ensanguentados pelo sangue de seus companheiros e bestas. ---Eu... Eu sou mesmo um idiota! E... Eu... Pensei... Que podíamos... conseguir...--- Ele tenta falar, entre seus soluços de choro, tentando desesperadamente limpar seu rosto, mas o deixa cada vez mais sujo de sangue e lama da floresta. ---Eu sou fraco! Não consigo proteger meus companheiros! --- Ele se reprime puxando seus cabelos. ---Ahhhhh! Ahhh!--- Grita frustrado.
Sean o observa de frente, vendo a cena patética de uma criança mimada chorona. --- Escuta aqui seu idiota! --- Ele pega na gola de sua camisa e o levanta facilmente. O rapaz fica surpreso com tamanha brutalidade e permanece calado, soluçando. O homem caolho recorda de uma mulher chorosa.
---Tsh! Patético...--- Sean o solta com brutalidade, o fazendo cambalear. O jovem se matem em pé com dificuldades, e o observa virar as costas para ele.
---Es... Espera! Eu não tenho mais ninguém!--- Ele implora estendendo sua mão para alcançá-lo.
Sean para e observa de soslaio o garoto de cabelos escuros, visivelmente abatido, em seguida vira seu rosto. ---Esquece garoto. Eu não vou ser babá de um fracassado.---
---Eu não quero que seja minha babá! Eu quero que me treine! Ahhh! --- O jovem corre cambaleante em sua direção, mas vai ao chão antes de alcançá-lo.
Sean vira para observar o jovem caído na lama encharcada de sangue. ---Não posso treinar quem sequer consegue me acompanhar.---
O jovem se levanta novamente com as pernas trêmulas, completamente imundo, ele o encara com os dentes serrados e lágrimas escorrendo, porém sua expressão não era de medo ou raiva, mas de determinação. ---Escuta aqui seu velho... Você vai me treinar, quer queira ou não!---
Sean observa seu olhar valente e levanta sua cabeça para o céu noturno, ele para por um momento, em seguida começa a gargalhar. ---Garoto... Haha! Gostei da sua força de vontade, vamos, temos que enterrar seus companheiros, se conseguir cavar seus túmulos e enterrá-los, eu irei pensar em seu caso. --- O jovem o observa confiante e acente com a cabeça com o olhar sereno, um pouco confuso pela mudança repentina de opinião.
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Atualizado até capítulo 41
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