Pouco tempo depois, os soldados chegaram a cavalo, surpresos com a cena de terror que se desenrolava diante deles: corpos e sangue espalhados pela estrada, e uma carruagem parada fora dela. Rapidamente, eles se apressaram em Recolher os corpos e a carruagem, levando-os para o centro de Plumas.
Enquanto isso, o avião sobrevoa as terras degradadas das Américas, que era outrora um continente próspero e vibrante, foi devastada pelo furor da natureza. Tempestades catastróficas, terremotos, incêndios florestais e inundações deixaram marcas indeléveis em sua paisagem. Cidades foram reduzidas a escombros, florestas desmatadas e rios poluídos. No entanto, a natureza, com sua força restauradora, começou a reescrever a história dessa terra. Chuvas revitalizantes irrigaram solo árido, permitindo o renascimento de florestas. Árvores brotaram das cinzas, como símbolos de resiliência. Rios, outrora poluídos, agora correm cristalinos, abrigando vida aquática diversificada. Aves retornaram aos céus, e animais selvagens reocuparam seus habitats. A devastação cedeu lugar à renovação, demonstrando a capacidade da natureza de destruir e criar. Ao voar, os ventos dançavam nos cabelos de Kainna, afastando suavemente as sombras das más lembranças e pressentimentos que a assombravam. Mas, quando a paisagem mudou e uma imensidão de água se estendeu abaixo, sua serenidade se dissipou, substituída por uma inquietação profunda. O reflexo do céu na superfície calma da água criava um contraste perturbador, como se o próprio destino a estivesse observando.
---O continente americano era mesmo somente um? --- Kainna pergunta curiosa enquanto atravessam a imensidão azul.
---Antigamente sim, minha jovem. Porém atualmente ele está divido em dois, parte da América do Sul e da Central ficaram submersos pelo oceano, agora você o atravessa por cima ou pelas águas do mar.--- Diz o velho piloto.
Kainna fica surpresa com a informação, parece que tudo mudou a tempos atrás, mas ela não lembra de nada, nem um vislumbre. Até que sua mente a leva aos seus companheiros deixados para trás e ela se pergunta se estão bem, quando eles finalmente sobrevoam a enorme ponte de água que agora liga as Américas, a noite cai e o caminho aéreo fica cada vez mais difícil.
---Senhor, não seria bom pararmos? Como o senhor pode enchergar algo nesse breu?--- Pergunta Kainna preocupada.
---Nao se preocupe, tem um centro costeiro aqui por perto, eu irei pousar nele.--- Diz confiante. Até que finalmente é vista uma luz próxima a praia, ele começa a descer o avião e desce por uma pequena pista de pouso. Os dois descem e vão de encontro com algumas pessoas que lá estavam.
---Bruce! Finalmente você veio! Então ela é a Kainna?--- Diz um homem enquanto abraça o piloto. A jovem fica surpresa por ele saber seu nome.
---As cartas de Karon vinheram até aqui?--- Pergunta curiosa, olhando para o homem de meia idade.
---Ah, não! Não foram seus superiores que me contaram. Venham, vocês precisam descansar para prosseguir viajem.--- Os dois o seguem e entram em uma pequena casa, ele mostra os quartos nos quais poderão dormir, lhes dá algo para comer e depois vai embora, A jovem e o piloto logo vão para seus quartos descansar. Kainna fica inquieta na cama sem conseguir dormir direito, pensando no que ocorrera nos dias anteriores e se seus companheiros de Neutron estão bem. Como não consegue dormir ela levanta e retira o mapa de sua mochila, ela pega uma caneta e começa a rabiscar o mapa.
---Certo, eu vou marcar todos os lugares que já fui até agora, assim saberei o que posso ou não encontrar quando eu retornar.--- Diz enquanto marca os lugares por onde passara, desde a saída da base Beta até o pequeno centro beira mar.
Na manhã seguinte os dois são servidos e seguem seu caminho aéreo pelo que sobrou da América do Sul, destroços e escombros de cidades e máquinas antigas devastadas pela revolução e pelo tempo são sobrevoadas, a natureza engolia tudo como se tivesse com uma fome insaciável, após algumas horas sobrevoando, eles finalmente se aproximam de alguma civilização antiga que possuía uma enorme pista de pouso fora de seus muros, Bruce começa a descer pela pista, parando o avião, os dois descem e caminham em direção aos portões principais, onde um jovem rapaz estava esperando com mais outros dois jovens. Ao se aproximar deles, Kainna sente uma pontada forte no seu ferimento da cabeça e no estômago, dor que não sentia a pouco tempo atrás por causa da ansiedade e adrenalina dos dias anteriores, ela prossegue firme, mesmo com sua visão turva. Um jovem aguardava sua chegada com ansiedade, ele sorri para ela a medida que se aproxima.
---Merak... Não há dúvidas... É você mesmo...--- Ele se aproxima abrindo um sorriso para recepcioná-la. De repente Kainna sente uma onda elétrica de dor pelo corpo todo e acaba caindo de joelhos no chão. Todos a olham preocupados e se apressam para ajudá-la.
---Quem?... --- Ela sussurra enquanto cai de bruchos no chão adormecida.
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Atualizado até capítulo 41
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