Na manhã seguinte, a alcateia já estava de pé antes do amanhecer, reunida no bar onde Christian preparava todos para a missão que ocorreria à noite. À medida que o dia passava, as atividades se intensificavam, e o ar estava carregado de tensão e expectativa.
À noite, o bar estava cheio de vida, com a alcateia se reunindo para o jantar. Compartilhavam histórias e experiências do dia, criando uma atmosfera temporariamente mais leve. No entanto, a presença de Christian, sentado em seu lugar habitual no centro, com seu olhar calculista, mantinha todos cientes da seriedade da ocasião. Ele se levantou e se juntou a Kiara e Ricky, que estavam sentados em um canto, mantendo-se reservados.
Enquanto jantavam, Christian quebrou o silêncio:
— Sabe, coisinha, há algo em você que realmente me incomoda — disse, dirigindo-se a Kiara com um tom que misturava provocação e desdém.
Kiara, tomando um gole de whisky, respondeu com uma pergunta direta:
— O que exatamente?
Christian inclinou-se para frente, sua voz carregada de condescendência:
— Kiara, você pode ser habilidosa em uma luta, mas ainda tem muito a aprender sobre como as coisas funcionam aqui.
Kiara ergueu uma sobrancelha, encarando-o desafiadoramente.
— E o que, exatamente, tenho a aprender? — perguntou, mantendo a calma apesar da irritação que sentia.
Christian sorriu, sua expressão prepotente clara para todos ao redor.
— Deve aprender a respeitar a hierarquia, eu sou o líder aqui, então deve falar comigo com mais respeito e não me desafiar como tem feito desde que chegou — respondeu, com um tom arrogante.
Kiara soltou uma risada sarcástica.
— Respeito se conquista, Christian, não é algo automaticamente concedido só porque você é o líder — declarou, olhando-o nos olhos — Sua arrogância e prepotência não fazem de você um líder digno de respeito, além disso, eu te avisei, não sou sua subordinada que fará tudo o que pedir sem questionar.
A alcateia assistia em silêncio, alguns membros surpresos com a ousadia de Kiara ao confrontar Christian. Ele, por outro lado, não parecia abalado.
— Kiara, você pode ser uma boa lutadora, mas não sabe nada sobre liderança — respondeu com um sorriso desdenhoso.
— Talvez você também não saiba tanto quanto pensa — retrucou Kiara, sua voz afiada. — Liderança não é apenas sobre poder e controle, é sobre respeito mútuo e compreensão.
A tensão no ar era palpável. Kiara e Christian trocavam olhares desafiadores, ambos conscientes de que a dinâmica na alcateia estava prestes a mudar. O jantar continuou, mas o ambiente estava carregado com a eletricidade da disputa. As sombras que os envolviam pareciam mais densas do que nunca, sugerindo que os desafios não viriam apenas de ameaças externas, mas também das complexas relações internas.
De repente, a porta do bar se abriu com força. Aaron, um membro robusto da alcateia, entrou apressadamente, seus olhos refletindo urgência.
— Christian, precisamos agir rápido, o vilarejo está sendo invadido por uma alcateia de Galkhi — anunciou, sua voz carregada de tensão.
Christian ficou imediatamente alerta, a hostilidade entre ele e Kiara momentaneamente esquecida diante da ameaça iminente.
— Alcateia de Galkhi? — murmurou para si mesmo, com uma expressão sombria.
— Sim, e parece que o líder busca algum tipo de confronto direto — confirmou Aaron, com um aceno sério.
O bar ficou em silêncio enquanto todos esperavam pela reação de Christian, que olhou ao redor com fúria.
— O que estão esperando? Mexam-se! — gritou, e todos se levantaram apressadamente, armando-se para a batalha, Ricky seguiu o exemplo, enquanto Kiara também se preparava, sabendo que precisaria de armas, antes que pudesse se afastar, Christian a segurou pelo pulso.
— Este é o momento de você mostrar toda essa raiva e arrogância, não me decepcione, coisinha — disse, sua voz carregada de desafio.
Kiara não discordou. Saíram do bar, liderados por Aaron, rumo ao vilarejo sob ataque. A noite estava repleta de uivos e rosnados, sinalizando a proximidade da alcateia inimiga.
O confronto que se aproximava seria uma prova para todos, uma chance de demonstrar força e unidade em face da adversidade. Enquanto avançavam para o vilarejo na escuridão, estavam conscientes de que o desafio à frente não seria apenas uma simples batalha. As sombras ao redor pareciam dançar, testemunhas silenciosas da complexidade dos laços que moldavam a alcateia.
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Atualizado até capítulo 141
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