Miguel Cooper
Passei mais uma noite em claro trabalhando no meu escritório. Olhei o contrato que me dá o direito sobre aquela ninfeta linda. Descobri que ela se chama Malu Castellani, tem 18 anos e seus dados pessoais estão todos ali. Encaro aquele pedaço de papel e não sei o que me levou a comprar essa garota por um valor tão alto. Talvez agora ela possa ser uma figura materna para Ryan, que tanto sente falta. Mando um e-mail para meu advogado redigir um contrato para ela assinar caso aceite minha proposta,quando chegar ao término desse maldito contrato, ela estará livre, mesmo algo dentro de mim falando para não deixá-la ir. Mas, se ela cumprir tudo, não terei motivos para mantê-la aqui. Mando meu soldado pegar o que pedi ao meu advogado, aproveito e fecho meu notebook, confirmando minha presença em um evento importante na máfia, onde terei que ir junto com Ryan. Será uma oportunidade para nos conhecermos melhor no nosso meio e firmar uma suposta aliança com nossos herdeiros.
Subo para meu quarto e jogo uma água fria no rosto para espantar o sono. Me arrumo, pego meus pertences, saio do quarto e vou até o quarto do meu filho. Entro e ele está brincando com as mãos. Me aproximo do seu pequeno berço e o pego nos braços.
— Se sua mãe estivesse com a gente, tudo seria mais fácil — faço uma pausa encarando ele. — Talvez fôssemos mais felizes e você não se sentisse tão sozinho. Mas prometo que vou resolver a ausência de carinho materno que você sente — sinto suas pequenas mãozinhas passando pela minha barba, o que faz ele sorrir. Beijo sua bochecha.
Joana entra no quarto e eu entrego Ryan para ela, que tira a roupa dele e o deixa no berço para preparar o banho. Fico pensando nos próximos passos a tomar.
— Joana, quando terminar com o Ryan e alimentá-lo, vá até o quarto ao lado, abra e peça para a senhorita que está lá te acompanhar até o meu escritório. E quando eu te interfonar, leve Ryan até lá também — falo saindo do quarto e ela concorda com a cabeça.
Me sento à mesa e sirvo um pouco de café, tomando um gole apenas do café preto. Dou ordem para o meu pessoal se prepararem, que sairemos em meia hora. Joana desce e dá a primeira papinha ao Ryan. Quando ela termina, deixa Lais de olho nele e vai chamar Malu. Vou para o meu escritório, sirvo uma dose de uísque e acendo um cigarro,converso um pouco com minha irmã antes de ouvir alguém bater na porta. Autorizo a entrada e vejo Malu, que entra me olhando assustada, parecendo um animal indefeso. Aponto para a cadeira à frente enquanto tomo minha bebida em um único gole, sentindo minha garganta queimar por causa do líquido âmbar. Ela se senta e espera eu falar.
— Como falei, tenho uma proposta para você — pego o contrato e coloco na sua frente,ela pega o documento e logo o devolve ao mesmo lugar.
— Não quero nada que venha de você — ela diz me encarando, e por um momento me perco na imensidão dos seus olhos castanhos claros, que têm uma tristeza profunda. Me pergunto o que ela pode ter vivido para ser uma menina linda com um olhar tão triste.
— Como falei antes, você não tem escolha, porque sou o seu dono. Então, é melhor não questionar minhas decisões — falo sem paciência. — Agora, leia esse contrato! — grito com ela, encarando seus olhos marejados e um soluço escapa de seus lábios. — Aqui está um contrato que, quando assinado, fará de você uma figura materna na vida do meu filho. Se cumprir tudo que está nele, dentro de cinco anos, terá sua liberdade e poderá ir embora sem me dever um centavo do que gastei para te trazer para cá — falo de uma vez, vendo-a arregalar os olhos. — Além disso, terá que nos acompanhar em alguns eventos que preciso levar meu filho. Mas qualquer coisa que acontecer com ele será sua responsabilidade, e terá que lidar com as consequências. Não aceito erros com ele — ela abre a boca para falar, mas não sai nada.
— C… como assim filho? — ela pergunta surpresa. — E por que a mãe dele não cuida dele? — questiona atropelando as palavras.
— Não estou aqui para falar da minha vida pessoal, mas minha esposa foi morta pelos meus inimigos — ela arregala os olhos e se levanta, se afastando de mim. Se antes tinha medo nos seus olhos, agora há pavor. Ela dá um passo para trás e eu me levanto, caminhando em sua direção. Ela bate as costas na porta, seguro firme seus braços, encarando seus lábios entreabertos. Não sei o que me deu, mas toco meus lábios nos dela, beijando-a sem delicadeza, forçando-a a abrir a boca. Ela não corresponde ao beijo, e eu aperto seus cabelos com força, fazendo-a abrir mais a boca. Minha língua explora o interior da sua boca quente como o inferno que vivo. Castigo seus lábios sem dó, sentindo uma lágrima quente escorrer pelo meu rosto. Ela se debate nos meus braços e paro o beijo. Ela me encara com o olhar carregado de ódio e raiva.
— Eu te odeio, você não tem o direito de me beijar! — ela grita com raiva, batendo no meu peito. Seguro firme seus pulsos.
— Tenho direito a tudo com você. Poderia te jogar agora mesmo em cima dessa mesa e te foder até não aguentar mais — faço uma pausa. — Agora, é melhor se acalmar e pensar na minha proposta, se não quiser ir para o pior bordel e ser fodida por qualquer tipo de homem. Mas antes, será minha. — Ela limpa suas lágrimas.
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Atualizado até capítulo 86
Comments
Clau_silva❤️
Vou surtarrrr, Vontade de bater na sua cara Miguel. vai ficar rendido igual um cachorrinho não digo nd mais haverá sinais 🫣🫣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-07-31
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Euridice Neta
Aí Miguel cadê seu coração foi enterrado junto com sua esposa? Lembra que ela te pediu pra seguir em frente quem sabe a Malu não seja essa pessoa, só deixa essa dor ir junto com toda essa arrogância...
2025-03-05
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Isa Abreu
Miguel cuida dela! ela não tem família, ela é sozinha mo mundo.
2025-01-06
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