Miguel Cooper
O homem à minha frente solta uma risada e mantém sua postura habitual.
— Sabe que não costumo vender minhas garotas assim, ainda mais essa, que paguei caro por ser uma virgem.
— Qual o valor que quer pela garota? Pago até a quantia que deu-lhe, dobrando o valor cinco vezes — digo, enquanto ele me encara. — Todo o mundo tem um preço, então diga o seu,porque levarei ela por bem ou por mal.
— Estou vendo que o Don está muito interessado naquela garota, mas meu plano era somente fornecer uma noite com ela por um valor. Porém, sua proposta é tentadora. Se me pagar o valor que dei a ela, dobrado cinco vezes, sairei ganhando — ele dá uma pausa e acena para o rapaz, que logo chega com um papel e o entrega ao homem. — Aqui está o valor que paguei por ela, e só aceito vendê-la se for pelo valor que me propôs.
— Estamos falando de uma quantia altíssima em dinheiro — falo, encarando o monte de zeros no papel à minha frente, sem entender por que essa garota me chamou a atenção. — Mas isso é pouco dinheiro comparado a tudo que tenho. Pode preparar o documento que me dá total responsabilidade sobre a garota, e fechamos negócio — ele dá um sorriso vitorioso.
— Bom negócio. Não vai se arrepender. Terá uma boceta virgem e apertada para foder quando quiser — ele cospe as palavras, me causando repulsa.
Ele faz apenas uma ligação e logo um homem entra na sala. Pela postura, é um advogado,ele tem uma pasta na mão e tira um documento, entregando-o ao seu superior, que o lê e me entrega. Leio tudo e me certifico de que está tudo certo; não quero ser enganado, ainda mais com tanto dinheiro em jogo. Devolvo o documento e ele assina. Eu assino também. Pego meu talão de cheques, que sempre ando comigo, coloco o valor que combinamos e entrego a ele.
— Muito bom fazer negócio com você. Se, depois de foder aquela ninfeta, quiser vir jogar no meu bordel, aceito — ele fala com um sorriso de lado.
— Acho que não me verá por aqui tão cedo. Agora mande pegar o que é meu por direito — falo, sem paciência.
Ele acena para o rapaz, que sai e logo volta com a jovem, que não olha para nenhum de nós à frente. Seguro seu braço com força, fazendo-a encolher seu corpo trêmulo, e a jogo no banco do passageiro. Entro logo em seguida e me sento ao seu lado, escutando seu choro baixinho, que chega a ser irritante.
— Cala a boca, porra — grito, e ela abraça as próprias pernas. — Se não queria estar aqui, o que fazia na droga daquele bordel? — pergunto, sem paciência, e ela nem olha para mim. — Que porra! Aprenda que, quando eu falar com você, me olhe na cara. Sou a porra do homem que te comprou — digo, apertando seu queixo e fazendo-a me olhar nos olhos.
— O que quer de mim? — ela fala, suspirando. — Me deixa ir embora. Você não tem direito de me manter presa.
— Te deixar ir embora? Nunca. Agora você me pertence e farei o que quiser com você — falo, sentindo seu cheiro suave no pescoço. Deslizo minha mão na sua coxa, sentindo sua pele macia, e solto-a, voltando à minha postura rígida assim que vejo que chegamos na minha propriedade.
Desço e a tiro para fora do carro. Ela olha ao redor e solto seu braço para ver até onde ela vai. Ela sai correndo, seguindo o mesmo caminho que percorremos, sem prestar atenção aos tantos homens armados por ser noite. Vou atrás dela, e quando está perto do portão de saída, meus homens fecham sua passagem para que não toque no portão. Seguro firme seus cabelos soltos, que se soltaram devido a serem lisos demais.
— Onde pensou que iria? Acha mesmo que sairia daqui fácil? Ou me obedece então sofrer as consequências.
— Me solta, está machucando, puxando com força meu cabelo — ela fala com a voz embargada, apertando meu braço para tentar se soltar.
— Bora, e quando estiver mais calma, direi o que quero de você aqui — a puxo para dentro da mansão e subo arrastando-a pelos braços.
— Não pode me forçar a nada.
— Posso fazer a porra que eu quiser com você. Se quiser, posso te foder aqui e agora, porque você me pertence — falo, a jogando no quarto. — Ficará aqui presa e só sairá com minha ordem. Tem tudo que precisa no closet: roupas e muito mais — falo, olhando para ela, que não esconde seu medo. Tranco a porta e saio, indo para o meu quarto.
Tiro as minhas roupas e entro no banheiro. Ligo a água gelada e deixo o meu corpo relaxar. Termino o meu banho, coloco uma calça de moletom e desço para o meu escritório. Não vou onde o meu filho está e bebo uma dose forte de uísque.
Malu Castellani
Depois que sou levada do pequeno quarto onde estava e entregue a um homem com um olhar sombrio, o medo toma conta de mim. Não sei o que podem querer comigo,choro, tentando fazer o máximo de silêncio. Quando chegamos a uma enorme propriedade, sinto um impulso de fugir de tudo isso que estou vivendo. Num instante de liberdade, tento escapar, mas é em vão,sinto meu couro cabeludo sendo puxado, causando uma dor intensa. Sou arrastada para dentro da mansão e jogada em um quarto. As palavras dele me causam enjoo pela forma como são ditas. Assim que ele me deixa sozinha, choro descontroladamente, pensando em como minha vida mudou com toda a tragédia. O cansaço toma conta de mim, e durmo sem perceber.
Acordo na madrugada com os pesadelos que me atormentam há anos.
Me sento na varanda e observo a lua e a noite estrelada. Abraço minhas próprias pernas e fico vendo o dia amanhecer. Vou até o que parece um compartimento no quarto, abro a pequena porta e vejo que é um closet,nele, há roupas femininas, calçados, vestidos de luxo, acessórios, bolsas e peças íntimas. Pego um short e uma blusa solta e vou tomar banho para melhorar o cansaço. Me olho no espelho e não vejo nem a metade do que eu era antes de toda a tragédia que aconteceu na minha vida.
Coloco a roupa, penteio meus cabelos e os deixo soltos. Me sento na cama, esperando que alguém venha até aqui, ou que o próprio demônio abra a porta.
— Bom dia, senhorita. O senhor Miguel mandou chamar você — uma senhora idosa fala assim que abre a porta. — Pode me acompanhar? Ele está no escritório.
— Bom dia — ofereço um sorriso, mas a senhora é tão azeda quanto limão. — Me chamo Malu — ofereço a mão, e ela me cumprimenta.
— Sou Joana e trabalho há anos na casa. Qualquer coisa que precisar, só me perguntar — a senhora fala gentilmente. — Agora vamos, o senhor Miguel odeia atrasos — ela diz, e saímos do quarto.
Presto atenção em todos os detalhes ao meu redor. Pelo enorme corredor, uma porta chama minha atenção com o nome "Príncipe Ryan". Várias perguntas surgem na minha cabeça. Será que ele é casado? Ryan seria filho dele? Por que me manter presa aqui se ele tem esposa? São perguntas que não tenho resposta. Descemos pela enorme escada e admiro como a casa é linda.
— Siga direto. A última porta do corredor é o escritório do senhor — volto à realidade com a voz da senhora falando comigo.
— Obrigada — agradeço e sigo até onde ela indicou. Sinto minhas mãos suarem e as passo no meu short. Bato na porta e ouço uma voz rouca que me faz estremecer, mandando eu entrar.
Abro a porta e entro, fechando-a. O escritório é sombrio e escuro, fazendo eu sentir calafrios pelo corpo. O homem à minha frente me encara enquanto bebe e fuma seu cigarro.
— Sente-se. Tenho uma proposta para você, mas não terá opção de escolha. Melhor aceitar por bem ou por mal — ele fala, apontando para a cadeira à sua frente. Quero sair correndo daqui, mas não posso. Já entendi que esse homem não é um simples homem; há algo estranho nele.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 86
Comments
Euridice Neta
Ela vai cortar um dobrado com ele até que ele se permita ao menos sentir ao menos respeito.por ela, pois meio a sua dor não consegue ver que a vida segue e que ninguém tem culpa do que aconteceu com a esposa dele...
2025-03-05
1
Cida Lima
sei que ela ta com medo dele mais ela deveria ficar de boa melhor na casa dele doque ta dando pros homens nojentos 😝
2025-02-17
0
Jaildes Damasceno
logo vão se apaixonar. e quando ela conhecer o pequeno Ryan então será amor à primeira vista
2024-12-02
1