Lidando com os desafios

É uma tarde chuvosa quando chegamos para outro dia de treinamento na Escola de Culinária Le Blanc. As gotas de chuva batem suavemente nas janelas grandes, criando uma atmosfera tranquila, mas nossa missão hoje é qualquer coisa menos serena. Sidney nos disse que a aula de hoje seria diferente, focando em algo que todos nós, eventualmente, enfrentamos no restaurante.

Ao entrarmos na sala de aula, que era uma sala comum, com lousa e carteiras, somos recebidos por um homem de meia-idade com uma expressão acolhedora e confiante. Ele está vestido de maneira casual, mas seu porte e presença são impressionantes.

- Bom dia, a todos. ele saúda com um sorriso.

- Sou Thomas Laurent, e hoje vamos conversar sobre controle emocional e técnicas para lidar com situações difíceis no ambiente de trabalho.

Thomas começa a aula falando sobre a importância de manter a calma em momentos de tensão.

- No setor de hospitalidade, lidar com pessoas faz parte do dia a dia. E nem sempre essas interações são positivas, como clientes alterados e assediadores. Ele começa.

- Manter a compostura não só melhora a experiência do cliente, mas também protege sua saúde mental.

Ele nos guia por uma série de exercícios de respiração e mindfulness, projetados para ajudar a manter a calma em momentos de estresse. Sentados em cadeiras, todos fechamos os olhos e seguimos suas instruções para respirar profundamente, inspirando e expirando devagar.

- Agora, quero que visualizem uma situação difícil que já enfrentaram no trabalho.Diz Thomas.

- Pode ser um cliente reclamando, uma situação de alta pressão ou um confronto direto. Como vocês se sentiram? E como reagiram?

Lembro-me do dia em que o cliente estava alterado, me derrubou e por pouco não me feriu com uma taça de vinho. Sento meu coração acelerar, minhas mãos tremerem, mas consegui manter a calma externamente. Quando abrimos os olhos, Thomas pede que compartilhemos nossas experiências.

David é o primeiro a falar. “Teve uma vez que um cliente começou a gritar comigo, alegando que sua conta estava errada.

Todos nós falamos sobre algo que vivenciamos.

Em seguida, passamos para simulações práticas. Thomas divide a equipe em duplas e nos dá cenários para atuar. Minha dupla é com Fred, o chefe de cozinha. Em nosso cenário, ele faz o papel de um cliente insatisfeito que reclama ruidosamente do serviço.

- Seu serviço é horrível! Estou esperando há uma hora e ninguém me atende! Ele grita, encenando o papel com convicção.

Sinto a pressão, mas tento lembrar das técnicas de respiração.

- Sinto muito pela demora, senhor. Vou verificar seu pedido imediatamente e garantir que seja atendido o mais rápido possível. Obrigado por sua paciência. Respondo com a voz mais calma que consigo.

Thomas observa e depois nos dá feedback.

- Muito bem, Olivia. Manter a calma e reconhecer o problema é crucial. Agora, vamos falar sobre algo mais delicado: lidar com assédios.

A sala fica silenciosa. É um tema pesado, mas essencial. Thomas explica a importância de reconhecer os sinais de assédio e como responder de forma segura e profissional.

- Se um cliente fizer um comentário inadequado ou tocar você de maneira desconfortável, é importante estabelecer limites imediatamente. Ele explica.

- Usem uma linguagem clara e direta. Algo como,

- Esse comentário é inapropriado e me faz sentir desconfortável. Por favor, pare. Ele diz demonstrando.

Fazemos mais simulações, praticando como responder a comentários inapropriados e como buscar ajuda se a situação escalar.

Quando a aula termina, sinto-me exausta, mas também mais preparada. Aprender a lidar com situações emocionalmente difíceis é tão importante quanto qualquer outra coisa na culinária.

Eu retorno para casa, tomo um banho e começo a preparar o jantar.

- Mamãe chega com os meninos. Tinham ido na pracinha do bairro para os meninos btincarem.

- Oli. Chegamos. Mamãe grita.

- Mamãe, pode vir aqui um minuto. Eu grito.

- Estou indo. Ela diz.

- Huumm! Que cheiro maravilhoso. Ela diz ao entrar na cozinha.

- Nossa! Porque tanta comida. Teremos visita? Ela pergunta.

- Eu queria falar sobre isso. Eu digo.

- Você chamou suas amigas da faculdade? Ela pergunta parecendo detetive.

- Na verdade, eu chamei meu...namorado. Eu digo sem jeito.

- Uai! Eu...eu não sabia. É...você está namorando e parece sério. Faz tempo? Ela pergunta.

- Não muito. Eu digo.

- Me perdoe filha. Fiquei tanto tempo presa a minha dor e me esqueci que o que eu tenho de mais valioso é você e seus irmãos. Ela diz e me abraça com os olhos cheios de lágrimas.

- Tudo bem Mamãe. Isso ficou no passado. O importante é que a Sra está bem. Eu digo e beijo sua testa enxugando suas lágrimas.

- Te amo filha. Ela diz.

- Também te amo Mamãe.

- Me fala qual o nome dele? Ela pergunta animada.

- Theo!! Diz Gael ao entrar na cozinha.

- Para de ser intrometido Gael. O nome dele é Theodore. Eu digo.

- Os meninos já conhecem ele? Ela pergunta.

- Sim! Eu respondo.

- Ele é muito legal. Diz Gugu.

- Isso é ótimo. Ela diz

- Agora estou ansiosa para conhece - lo. Ela diz e pisca para mim.

Eu termino o jantar e coloco a mesa. Logo ouvimos o ronco do motor do carro de Theo.

- Ele chegou! Ele chegou! Grita Gael mais animado do que eu.

Eu retiro o avental e vou até o portão recebe - lo. Ele desce com algumas sacolas e um vaso com uma linda orquidea.

- Oi querida. Ele diz e me beija com vontade.

- Venha. Vamos entrar. Eu digo e ele me segue.

- Bem não repare a casa é simples. Eu digo.

- Não se preocupe Baby. O importante é ter amor. O restante é detalhe. Ele diz e coloca a mão na minha cintura.

- Nós entramos. Eu fecho a porta.

- Theo! Grita Gael ao correr para abraça -lo.

- Oi garotão. Você é o Gugu? Ele pergunta.

- Theo! Ele é o Theo. Eu digo rindo.

- Com o tempo você aprende. Eu digo

- Oi Gugu. Ele diz para Gustavo que estava no sofá assistindo.

Logo minha mãe se aproxima.

- Theo essa é a Sra Rosa. Minha mãe. Eu digo.

- Mãe esse o Theo. Meu namorado. Eu concluo.

Minha mãe estende a mão para cumprimenta - lo. Theo retribui o gesto.

- Prazer em conhece - la Sra Rosa. Oli fala muito bem da Sra. Ele diz sorrindo.

- É um prazer conhece - lo. Ela diz.

- Bem vamos sentar a mesa eu digo.

- Sim. Com licença. Theo diz e se aproxima da mesa. Puxa uma cadeira para mim, eu me sento e depois ele se senta...

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