Capítulo 12

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Não era possível evitar se apaixonar por ele. Um sorriso, um olhar, ou apenas um simples toque, era o suficiente para fazer corações dispararem.

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No final da tarde, Igor recebeu do médico, que veio acompanhando da senhor Melinha, e de um casal, que ele ainda não conhecia. Depois de ser novamente examinado, Igor esperava a resposta do médico em relação ao que lhe causou o mal estar.

Doutor Harold: Sua intoxicação foi bem severa. Ela foi causada por uma erva pouco conhecida, que nasce em alguns lugares por aqui. Ela se chama, Jansena, e normalmente é usada apenas externamente, para tratar feridas, e lesões. Se ingerida, seus efeitos são bem negativos. Alucinações,Tontura, vômito, perda de memória. Ela ainda tem efeitos afrodisíacos... E até pose causar cegueira. Em grande quantidade, é um veneno fatal.

Melinha: Céus! Que situação perigosa! Com tantas coisas saudáveis aí para comer, como se atentar à uma coisa que nasceu para fazer mal?

Igor: É. Tem razão senhora Melinha. Mas, eu mesmo nem sei senhora. O importante é que agora estou melhor. Muito obrigado Doutor.

Igor olhou para o casal.

Melinha: Ah, que cabeça a minha. Esses são Francisco e Valdete; eles são como se fossem o presidente e a primeira dama daqui da nossa cidade. Eles vierem fazer um convite para você.

Igor apertou a mão do casal, sorrindo amavelmente. O Homem de cabelos grisalhos, sorriu.

Igor: É um prazer conhecer vocês.

Francisco: Igor, primeiro eu gostaria de lhe dizer que eu gostava muito do seu avô. Ele era um homem muito gentil, amigável e sonhador. Mas é óbvio que já está cansado de ouvir essas coisas, não é? Ficamos honrados de termos um pouco dele ainda aqui com a gente.

Igor: Obrigada.

Valdete: Também queremos convidar você para participar do nosso festival da batata, no sábado. Todos os anos comemoramos, e acreditamos que o solo vai melhorando para a podermos voltar a cultivar mais batatas como antigamente.

Igor: Então realmente existe uma dificuldade para cultivar as batatas?

Valdete: Sim. Nosso solo não é muito atrativo para elas.

Igor: Entendi. Eu agradeço o convite, e dou a minha confirmação de presença.

Francisco: Trouxemos alguns morangos da nossa plantação.

Igor: Olha isso! Eles são enormes. Muito obrigado. Bem, eu posso oferecer um café?

Francisco: Não se preocupe com s gente. Já vamos embora para aproveitar a carona do Doutor.

Melinha: Eu também. Você tem que descansar. Se cuida menino Igor.

Igor: Pode deixar.

A visita breve recebida por Igor, serviu para ele conhecer pessoas novas, o que o deixou animado. Porém quando ele se deitou novamente, ficou refletindo sobre o resultado entregue pelo Doutor.

Igor: Jansena!? Uma erva tão perigosa, não deve ser facilmente comparada com um matinho. E eu não comi nada que pudesse ter essa coisa no meio. Como eu ingeri isso?

Após pensar muito, Igor pegou no sono.

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Os porcos se aproximaram da cerca, quando Igor trouxe o alimento para eles. Ele apoiou um de seus pés na cerca e secou o suor de sua testa.

Igor: Agora é só regar as plantas.

Yuta: Então pode deixar que eu faço isso.

Igor virou para trás, e viu Yuta se aproximando.

Yuta: A julgar pelo seu suor...

Os olhos de Yuta, encararam Igor de cima a baixo m

Yuta: Você já se esforçou muito hoje. Se eu soubesse, tentaria ter vindo mais cedo.

Igor: Que bom que veio.

Yuta: Você estava me esperando?

Igor: Sim. Eu estava.

O sorriso de Igor, arrepiou o corpo de Yuta, o deixando vermelho no mesmo instante.

Yuta: Eu... Vou regar as plantas então... Depois eu entro para te ajudar com mais alguma coisa.

Igor viu Yuta indo, pegou uma cadeira e se sentou na varanda para o observar.

Igor: Você vai ficar vermelho como os meus cabelos, se não se apressar. O sol tende a ficar mais quente.

Yuta: Tem razão. Eu percebi isso hoje quando vinha para cá. O dia está tão limpo, bonito e ensolarado, que com certeza vai fazer calor.

Igor: Vai sim.

Yuta: O Dourado Harold veio ver você?

Igor: Sim...

Igor inclinou a cabeça para não perder Yuta de vista.

Igor: Disse que foi intoxicado por uma planta chamada Jansena. Ela é perigosa, e se eu tivesse ingerido um pouco mais dela, poderia ter morrido.

Yuta: Mas onde foi que você acabou ingerindo isso?

Igor: Eu também não sei. Estava pensando nisso. Tentando refazer os meus passos, mas não cheguei a nenhuma conclusão ainda e...

Igor viu a mangueira escapar das mãos de Yuta e ele se afastar devagar.

Igor: O que houve?

Yuta: A... A...

O pé esquerdo, pisou em falso, e ele caiu sentado no chão.

Igor: Yuta!

Igor saiu de sua varanda, e caminhou alguns passos a mais para frente, entrando na horta. Bem em frente a Yuta, uma aranha grande, caminhava sobre as folhas verdes recém nascidas.

Igor: Aranha. Entendi.

Igor assustou a aranha pisando firme perto dela, até ver ela correr, e sumir nas folhagens.

Igor: Ponto. Você já pode respirar, está tudo bem agora?

Yuta: Ma...mas, ela vai voltar. Você deixou ela ir embora.

Igor ajudou Yuta a se levantar.

Igor: Não poderia matar algo que não nos fez mal. É... Embora ela tenha te assustado.

Yuta: Mas ela vai voltar.

Igor: Pode até ser...

Igor passou a mão no rosto de Yuta, levando uma mecha de seu cabelo para trás.

Igor: Se ela voltar, você não vai mais precisar fazer isso. Não se preocupe.

Yuta esqueceu o assunto sobre a aranha, pois o rosto de Igor, estava bem próximo ao dele. Sua respiração acelerou.

Igor olhava dentro dos olhos de Yuta, com um leve sorriso de lado.

Yuta, subiu uma de suas mãos, e segurou a mão de Igor, que se recolhia lentamente, apoia arrumar a mecha de cabelo.

Igor: Você vai falar sobre os meus olhos de novo? Daquela forma tão bonita?

Yuta: Não. Eu não vou fazer isso, mas...

Por um impulso, Yuta puxou Igor para perto, e colocou os seus lábios nos de Igor. Surpreso, Igor arregalou os olhos, porém logo em seguida, compartilhou o beijo, tomando o comando.

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