Capítulo 18

Não se sabia quase nada sobre ele, Mas o que se sabia, era muito apreciado.

_____________ II ___________________

O clima entre Igor e Yuta, não foi mais o mesmo durante o restante do evento. Quando a noite acabou, e tosos já iam embora. Igor seguiu em direção a sua caminhonete, porém percebeu que Yuta ficou parado no mesmo lugar.

Igor: Você não vem?

Yuta: Acredito que seja melhor eu ir caminhando mesmo. A minha cabana, não é muito longe.

Igor: Você vai mesmo deixar as palavras daquela mulher abalarem você?

Yuta: Não tem ideia de quanto eu lamento por ser assim. Me envergonho de mim mesmo, mas... A verdade é que eu queria ser seguro, e forte, como você é.

Igor: Fique comigo até você aprender. Eu ajudo você com o que precisar. Não fuja de mim.

Yuta: Como faremos isso?

Igor segurou as mão de Yuta.

Igor: Não dando atenção a nada do que os outros falarem. Pode ser?

Yuta: Está bem.

Igor beijou Yuta romanticamente. E sem seguida segurou a sua mão, o levando para a caminhonete. Àquele beijo porém, foi visto por Emily.

Emily: {É engraçado o que sinto vendo àqueles dois. Uma mistura de animação e melancolia. De qualquer forma, é bonito.}

Ronaldo: Posso fechar?

Emily: Pode sim. Hoje foi um dia bem cansativo não é?

Ronaldo: Foi mesmo, mas espero que os próximos sejam tão promissores como este. Muitas pessoas vieram provar a cerveja nova. E quer saber, adorei o nome. Vai ser Red!

Emily: Não falamos para ele ainda, mas tenho certeza que vai gostar muito da homenagem.

Ronaldo: Que ótimo. Viu o Luciano?

Emily: Ah, aquele seu amigo né? Ele já foi embora, fez um tempo.

Ronaldo: Ele se desagradou com alguma coisa. Vi que de repente ficou com a cara fechada. Vou encontrar ele amanhã, para ver o que houve.

Emily: Tá bom, então boa noite!

[...]

Igor estacionou sua caminhonete na frente da cabana de Yuta, e desceu do veículo junto com ele. Suas mãos, buscaram as dele novamente.

Igor: Eu te desejo uma noite muito boa. Quero ver você amanhã, se não tiver nenhum outro compromisso.

Yuta: Mesmo se eu tivesse, não seria tão interessante como estar em sua companhia.

Igor: Gostei dessas palavras.

Os dois se despediram com um beijo mais longo.

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No dia seguinte, muitos comentavam sobre a cena que Cléia fez no Madeirão, e esse boato, chegou no pequeno hospital da cidade.

Doutor Harold: Enfermeira!? Está me dizendo que aquele fazendeiro novo... O Igor Walker enganou a Cléia?

Enfermeira: Não sei dizer ao certo. Escutei ela mesmo falando isso lá na feira. Quando perguntaram alguma coisa para ela.

Doutor Harold: Ela deve estar bem desanimada agora... Quantos pacientes eu tenho para hoje?

Enfermeira: Cinco. E a senhora Melinha no último horário.

Doutor Harold: Por gentileza, cancela os atendimentos da manhã, e marque para tarde.

Enfermeira: Sim, senhor.

O médico saiu de seu consultório e caminhou sentido a fazenda, ao olhar para a frente, avistou Cléia.

Doutor Harold: Cléia!

A mulher, olhou para o médico continuou no mesmo lugar, sem dar muita atenção.

Doutor Harold: Cléia!? Você está bem? Eu soube do ocorrido. As enfermeiras estão comentando...

Cléia: Que bom que elas estão. Espero que todos comentem bastante. Quem sabe, certas pessoas não ficam com vergonha de andar por aí.

Doutor Harold: Por favor, me explique como foi que isso aconteceu? Você não percebeu a intenção dele? Logo você? Será que se apaixonou novamente, e acabou baixando a guarda?

Cléia se afastou das mulheres com quem conversa, segurou o braço do médico, e o levou para mais distante daquele local.

Cléia: Você não deveria ficar falando isso por aí!

Doutor Harold: Me perdoe, eu apenas estou sem entender. Porque quando me falou sobre o Danilo, disse que conhecia muito bem esse tipo de homem. Que só queria iludir... Mas, eu me lembrei da nossa conversa, mesmo estando tão bêbado aquele dia. Você disse que esse seu noivo, estava enganado você, e que não cairia na conversa fiada dele, por isso terminaram, não foi isso?

Cléia: É. Foi sim. O que está querendo dizer? Que eu não posso me enganar de novo? Que eu sou burra?

Doutor Harold: Me desculpa se foi o que pareceu. É.. Na verdade aquele dia eu estava bem alterado... Nem sei como cheguei em casa. O importante é que eu te deixei em casa.

Cléia: É... Isso mesmo.

Doutor Harold: Então você tem que esquecer esse rápido evento desagradável, e ficar firme. Pode ser?

Cléia: Não venha me dizer o que eu tenho que fazer!

Doutor Harold: Desculpa.

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Igor saiu para o lado de fora de sua casa, e escutou um barulho de batida de tábuas.

Igor: Fujão!?

O Fazendeiro se apressou para ver seu cercado.

Igor: Está firme! Que bom, por aqui não tem nada para se preocupar.

Mais a frente, ele viu Yuta, em frente ao estábulo.

Igor: Porque você não me chamou?

Yuta: Não queria acordar você.... Aliás, eu não acordei, acordei?

Igor: Não. Eu só escutei barulho agora.

Igor se aproximou.

Igor: O que vai fazer com essas tábuas?

Yuta: Pensei em empilhar daquele lado, porque aqui nesse pedaço, onde estavam antes, seria melhor reservar para aumentar o galinheiro.

Igor: Que ideia interessante. E de boa o perspectiva. Eu penso mesmo em aumentar o galinheiro, quando der.

Yuta: Quero ser útil.

Igor: Mas quem disse que você não é?

Yuta riu

Igor: Vem aqui pra dentro tomar uma café comigo? Tenho queijo fresco também. Depois nós vamos para fora juntos, e analisamos todas as melhorias que podem fazer do lado de fora.

Yuta: Parece uma ótima ideia.

Igor: Mas, antes de mais nada. Eu queria um beijo. Nos vimos de imediato, porém até agora, ninguém ofereceu um "bom dia" não é?

Yuta: Você tem toda a razão. Perdoe-me por isso. Bom dia!

Igor: Eu não escutei.

Yuta se aproximou.

Yuta: Bom dia!

Igor segurou Yuta, e o beijou.

Igor: Agora sim, será um bom dia. Você já está aqui há muito tempo?

Yuta: Antes de você acordar, acho que uns trinta minutos.

Igor: Sabe mesmo fazer silêncio.

Yuta: Acho que só quando eu não planejo.

Igor: E o que planejou até agora?