Capítulo 10- ataque De Mark Adams

Duas semanas após o almoço entre as meninas, Lívia está na cozinha preparando um jantarzinho romântico, enquanto Will está na sala do apartamento bebendo um vinho português, o qual havia sido entregue hoje mesmo pela manhã.

O telefone dela toca em cima da mesa e ela o atende. Era Vick a convidando, para no dia seguinte encontrá-la no shopping e almoçarem juntas no restaurante italiano, o preferido das duas.

— Amor, amanhã você pode me deixar no shopping? — perguntou ela, antes de confirmar com Victoria.

— É claro, assim aproveito e vou na minha casa, já que essa semana toda fiquei no seu apartamento.

— Está confirmado, amiga, nos vemos amanhã no "Buon Mangiare". Até amanhã, Vick!

— Vocês duas não conseguem ficar sem se ver por muito tempo, não é mesmo? — perguntou ele sorrindo.

— Amor, por favor! Com a Vick não, por favor! Brandon, eu até entendo seu ciúmes, mas minha amiga, não.

— Não, minha menina, não foi com essa intenção que falei. Eu acho linda a amizade entre vocês duas. E não sinto ciúmes da Vick. — respondeu ele, se direcionando até ela.

E realmente Will não tinha! Podemos dizer mais, que se fosse em outra época, Victoria seria uma peça a mais no tabuleiro de jogos de Baker e Adams. Porém, hoje, nem sequer em pensamento cogitou ter qualquer envolvimento com ela, a não ser amizade. Como também, nem fez questão de apresentar Victoria a seu amigo Mark, visto que sabe onde poderia chegar, uma vez, que conhece o amigo. É claro, que Victoria não se deixaria levar, mas ele não queria problemas com Lívia e não gostaria de ser, de certa forma, o responsável pelo sofrimento de Victoria.

***

— Até logo, meu amor. — disse Lívia ao fechar a porta da BMW.

Will abaixou levemente a cabeça para vê-la por baixo do boné e respondeu que, assim que ela quisesse, era só avisar, que ele viria buscá-la.

Lívia consentiu com um breve sorriso, em seguida virou as costas e entrou pela porta do shopping.

Já dentro do restaurante, ela aproveita o ambiente aconchegante do lugar, sentindo o aroma de manjericão e alho no ar. Ela observa as mesas cobertas por toalhas quadriculadas e os quadros de paisagens da Toscana nas paredes. O garçom se aproxima com um sorriso e deposita sobre a mesa, o suco de uva que ela havia pedido, enquanto esperava por Victoria. Lívia lê a mensagem que acaba de receber de Vick, avisando que irá se atrasar uns 20 minutos. Ela respondeu que tudo bem e que já está esperando por ela no Buon Mangiare. Distraída com seu celular, ela não percebe que alguém sorrateiro se aproxima dela com uma voz envolvente e diz: — Bom dia, maravilhosa! — era Mark Adams, amigo de Will. 

— Bom dia, senhor Adams! — respondeu ela, séria.

Sentando-se à mesa ao lado de Lívia, sem ser convidado, ele rebate: — Como Will, deixa uma mulher como você sozinha esperando por ele!

Ela apenas o fitou e franziu a testa; seu silêncio já dizia tudo. Lívia estava incomodada e desconfortável com a presença dele, mas para Mark, pouco importava o que ela sentia. Ele queria estar próximo dela, sentir o aroma que exalava de seus cabelos e de seu corpo. Desde o primeiro dia em que a conheceu na produtora com Will, Mark estava profundamente atraído por Lívia. Ele precisava tê-la em seus braços, queria tocá-la profundamente, desejava que ela fosse sua, ao menos uma vez.

Mark pegou a mão de Lívia sob a mesa, aproximou-a de sua boca e, num leve movimento, acariciou-a com os lábios, comentando sobre a maciez de sua pele e o aroma suave que exalava. Lívia puxou a mão rapidamente, pedindo que ele não a tocasse. Com um sorriso malicioso, Mark sussurrou em seu ouvido: — Will é um homem de muita sorte por ter uma mulher como você! Eu adoraria tê-la em meus braços ao menos por uma noite. — O coração de Lívia disparou, e ela sentiu seu corpo tremer. Medo e ansiedade se misturaram em sua mente. Mark tentou acalmá-la: — Fique tranquila. Se o seu medo for por conta de Will, pode relaxar. Ele não contou que costumávamos trocar de parceiras?

Lívia olhou para Mark, perplexa. Como um homem casado e pai de duas meninas, estava sendo tão canalha!

— Sim, Will me contou tudo — respondeu ela, demonstrando sua irritação por ele estar ali a importunando.

Mark lentamente se aproxima um pouco mais de Lívia e deposita a mão esquerda no meio de suas pernas, fazendo ela sentir o calor de seu toque através de sua calcinha, pois Lívia estava usando saia jeans. Enquanto sussurra em seu ouvido: — Então, o que você me diz de um dia desses, você me dá o privilégio de ser minha?

Lívia, num salto, pula da cadeira e atira o copo de suco na cara de Mark. Tentando segurar as lágrimas diz:  — Eu jamais me entregaria para um homem como você! Você é um lixo! E me dá nojo!

Virando as costas ela vai em direção a porta rapidamente e ao passar pelo caixa diz para cobrarem o suco daquele senhor.

Mark todo sujo de suco vai atrás dela, e joga uma nota de 50 dólares no balcão. Lívia, nervosa e assustada, continua caminhando rapidamente pelos corredores do shopping, e vai para o estacionamento procurar seu carro, por um instante lembra que está a pé e sente o desespero a invadir.

Mark se aproximou dela, segurou-a firmemente pelo braço e a virou de frente, prendendo seus braços atrás das costas. Furioso, ele disse:

— Você está maluca, garota? Como ousa fazer o que fez? Você sabe quanto custa só essa camisa da Calvin Klein? Sua atitude vai lhe custar caro! — disse ele, apertando-a contra seu corpo.

— Eu, maluca? — retrucou ela, com os olhos faiscando. — Você é quem não tem um pingo de decência! Um homem casado, pai de duas filhas, dando em cima da namorada do amigo!?

A tensão no ar era palpável. As palavras cortantes ecoaram como facas afiadas, mas o que mais doía em Mark era seu ego ferido, pois estava sendo rejeitado pela mulher que desejava.

— Você não conhece o William, garota! — retrucou Mark, com os olhos cheios de raiva.

— Não estou falando do Will. — Lívia encarou Mark com firmeza. — Estou falando de você!

O enorme estacionamento do shopping, com câmeras por todos os lados, tornou-se um mero detalhe diante do confronto entre os dois.

Ele a aperta mais contra seu corpo, o desejo de senti-la era forte demais e ele retruca em tom provocador, que adora cada negativa dela, pois lhe dá mais tesão, e uma enorme fome de dominá-la. E que para isso acontecer, vai levá-la à um lugar mais calmo para que os dois possam conversar.

— Me solta! — Lívia se desespera e grita: — Eu não vou a lugar nenhum com você! — ela se debate, tentando se soltar das garras dele, mas é em vão.

De repente, uma voz masculina gritou alto: — Solte ela, seu canalha! — Lívia olhou e sentiu alívio; era Brandon.

— Eu mandei soltar ela, seu depravado! — disse Brandon, avançando na direção de Mark.

— Estamos apenas conversando. — debochou. — Não sei por que todo esse drama! — continuou ele, soltando-a em seguida.

Lívia correu para os braços de Brandon, e ele a abraçou, dizendo para ela ficar calma, pois ele estava ali para protegê-la.

Mark, não querendo mais confusão, foi embora, insatisfeito com o desprezo de Lívia.

A tensão no estacionamento do shopping diminuiu, mas o enigma das relações humanas continuava a se desdobrar.

— Ainda bem que você apareceu Brand. Não sei o que ele seria capaz de fazer comigo! — disse ela, em prantos.

— Eu vim porque a Vick me ligou e pediu que eu viesse em seu lugar, pois você estaria aqui sozinha. O que aconteceu? — indagou ele, indignado.

— Eu quero sair daqui, Brand! — respondeu ela, chorando.

— Onde você quer ir? — perguntou ele, a envolvendo em um abraço reconfortante.

— Não sei. Eu só quero sair daqui.

— Está bem. Vou levá-la ao seu apartamento.

No caminho, ela contou-lhe tudo, desde o dia em que Mark deu em cima dela na frente de Will, até o ocorrido de hoje.

Furioso, Brandon dá um murro com a mão direita no volante do carro e diz que, se Mark aparecer na sua frente, ele acaba com ele! Então, ele perguntou o que Will fez no dia em que o canalha deu em cima dela.

— Nada. Ele deixou que eu mesma me defendesse. — respondeu ela, chorosa.

Brandon fica quieto, pois não aprova a conduta de Will. Se fosse ele, seria diferente. Ele a defenderia na hora, mostrando a Mark, que ela não é brinquedo que ele possa brincar.

— Pronto.  Está entregue. — respondeu ele, parando o carro em frente ao prédio de Lívia.

— Você não quer entrar? — perguntou ela, tentando segurar o pranto.

— Não, meu amor. — negou ele, pegando em sua mão. — Não acho uma boa ideia.

 — Por que Brandon? — indagou ela, triste.

— Você é muito importante para mim, Livia! Daqui alguns dias, eu estarei indo para a Espanha e espero que você fique bem, pois não estarei aqui para cuidar de você.

— É verdade, quantas vezes você cuidou de mim! Foi meu ombro amigo, e das vezes que fiquei doente, lembra-se quando quebrei o pé, depois de atropelar de bicicleta aquele carro estacionado? — perguntou ela.

— ele abaixa a cabeça e sorri — Você esteve do meu lado o tempo todo, já que eu não conseguia caminhar. — rebateu ela.

— Como eu iria esquecer? Foi neste dia que eu descobri o quanto você é maluca. É a maluquinha que mais amo nessa vida. Temos muitos momentos juntos, uma história que ninguém nunca vai conseguir apagar. — respondeu ele, com os olhos úmidos.

Lívia se calada neste momento, pois sabe que o amor que ele se refere, é o seu sentimento mais profundo, que aos poucos, ele estava declarando de forma sutil a ela. E Brandon ao perceber que falou demais, desconversa:

— Bem, vou deixá-la ir! Não vou entrar! Conte para Will o que aconteceu hoje, entre você e o amigo dele. É bom que ele tome uma atitude de homem, e dê um basta para que isso não se repita!

— Está bem. Obrigada, Brand, por ser meu herói hoje. — disse ela, abraçando ele forte.

— Não precisa agradecer! Por você, eu faria isso e muito mais. Você esqueceu que é minha irmãzinha! — respondeu ele, tentando contornar o que já foi dito.

Livia sorri um sorriso maroto e responde: — Eu sei, irmãozão!

Ela sai do carro e entra no condomínio sem notar o carro com um homem dentro que a vigiava. Fazia uma semana que esse homem percorria todos os lugares por onde ela andava. Ele fotografava, gravava vídeos e até fazia lives para informar Jenny, que havia contratado os seus serviços de detetive particular para saber todos os passos de Lívia.

Lívia caminhou rapidamente pelo jardim do condomínio, sentindo o sol em seu rosto inchado e ruborizado. Ela olhou para os lados, mas não viu nenhum vizinho, o que a fez agradecer, pois não teria que explicar com alguma história o que havia deixado ela daquele jeito. Ao chegar na entrada do prédio, digitou o código de segurança e entrou no hall iluminado. O porteiro a cumprimentou com um aceno de cabeça, e ela retribuiu com um sorriso forçado.

Ela pegou o elevador até o seu andar, observando as portas se fecharem lentamente. O silêncio do elevador a fez sentir um pouco mais segura. Quando as portas se abriram, Lívia saiu rapidamente e caminhou pelo corredor até a porta de seu apartamento.

Com as mãos trêmulas, ela inseriu a chave na fechadura, entrou, fechou a porta atrás de si e se pôs a chorar.

Tentando controlar o choro, ela liga para Will e o avisa que já está em casa e que eles precisam conversar, ele por sua vez, a convida para ela ir até sua casa, pois no momento ele não pode se ausentar, pois recebeu seu irmão e sua cunhada.

Lívia não vê problema deles conversarem mais tarde, e diz que o aguarda à noite.

— Até mais, minha menina. Eu amo você. — respondeu ele.

Após desligar o telefone, Livia fica sozinha e relembra o episódio, chorando novamente e sentindo-se suja. Ela tira suas roupas e as joga em um saco de lixo, em seguida corre para o chuveiro e reflete por um longo tempo. Com os olhos inchados e dor de cabeça, ela pega seu roupão atoalhado, enrola-se nele e vai até a cozinha, onde prepara um chá e se deita, tentando relaxar no sofá. 

Victoria preocupada, pois Brandon já havia lhe contado, foi até o apartamento da amiga para oferecer apoio. Ela toca a campainha e aguarda Lívia atender, ao olhar pelo olho mágico, Lívia vê a amiga e abrindo a porta cai no choro novamente. Victoria a abraça, e fecha a porta em seguida empurrando com o pé. Elas ficam em silêncio por alguns minutos, apenas envolvidas em um abraço.

Alguns minutos depois, já sentadas no sofá da sala, Victoria revoltada diz a amiga que o que aconteceu não pode ficar impune! E que Lívia, tem o direito de chegar nas últimas consequências, pois o ato de Mark foi imperdoável.

Victoria também pergunta se Lívia, já contou a Will, e o que ele fez a respeito?

Lívia, muito abalada, disse que só poderá falar à noite, quando ele vier até o seu apartamento. Nesse momento, ele está na sua casa. Victoria então respondeu ao levantar do sofá:

— Venha, vamos. Arrume-se que a levarei à casa dele, e você vai contar tudo em detalhes. Vick estava certa de que a amiga deveria fazer isso.

No entanto, Lívia retrucou: — Não, Vick! O irmão dele está lá com a esposa, não quero conhecê-los assim, nessas circunstâncias.

Victoria concordou: — Tudo bem, Liv. Entendo que seria uma situação nada agradável, mas acho que você deveria processar o Mark! Deveríamos ir agora mesmo fazer uma ocorrência policial.

— Vick, não posso fazer isso. Seria um escândalo e deixaria meus pais arrasados. Além disso, você sabe o que minha mãe pensa do Will; envolver a polícia está fora de cogitação.

Mais tarde...

Will entra no apartamento de Lívia e encontra Victoria sentada no sofá: — Boa noite, Will! — disse ela, levantando-se.

— Boa noite, Vick. Aconteceu alguma coisa com Liv? — perguntou ele, preocupado.

— Ela está bem. Está dormindo no quarto. Quando ela acordar, vocês terão muito o que falar. — disse Victoria, fitando-o com um olhar nada amigável.

Will, preocupado, perguntou novamente se algo havia acontecido com Lívia. Victoria respondeu: — Quando ela acordar, pergunte a ela! Agora, preciso ir! Espere até que ela acorde, pois foi difícil tranquilizar ela.

— Tudo bem, farei o que você disse. —respondeu ele, abrindo a porta.

— Até mais, Will. — despediu-se Victoria.

Will se aproximou do quarto e viu Lívia adormecida. Ele parou nos pés da cama e a observou, notando que ela estava com o rosto de quem havia chorado, e muito! Ele inclinou-se e deu um beijo suave em sua testa, aconchegando-se ao seu lado.

Lívia se debate e grita para que a solte, começando um choro compulsivo em seguida. Will a abraça com firmeza, segurando-a suavemente nos seus braços tentando fazer ela acalmar.

— Estou aqui, Lívia, — ele sussurra, enquanto o choro dela diminui. — Foi apenas um pesadelo. Você está segura agora.

— Meu amor, que bom que você está aqui.— murmurou ela, o abraçando firme.

— Por que você está tremendo, minha menina? — ele pergunta suavemente. — O que aconteceu para você estar chorando? — Sua voz é preocupada e gentil, buscando entender o que aflige a sua amada.

—  Não sei como iniciar esse assunto com você. — respondeu ela, tentando segurar o pranto.

— Fale do início. — respondeu ele, compreensivo.

— É sobre o Mark. — disse ela, tentando não chorar. — Ele me encontrou no restaurante, a Vick não havia chego e ele sentou do meu lado, falando sobre eu não conhecer você. E não satisfeito, passou a mão entre minhas pernas por debaixo da mesa.

— E o que você fez? — perguntou ele, se mostrando curioso.

— Eu joguei o copo de suco em cima dele! — respondeu ela, voltando a chorar.

Will começa a rir, e diz: — Essa é minha menina!  Eu sabia que você não me decepcionaria.

— Lívia, confusa, pergunta: — Como assim? Você acha graça do que aconteceu? Seu amigo tocou em meu corpo, Will! Eu vejo isso, como uma ofensa. Um abuso!

— Desculpe, meu amor. Prometo falar com ele. Já lhe contei que Mark tem o hábito de dar em cima das mulheres. Eu avisei que você é diferente. No entanto, parece que ele não quis me ouvir e acabou se dando mal.

Ainda confusa, Lívia se perguntava se o que estava sentindo não seria uma tempestade em copo d'água. Ao mesmo tempo, desejava sentir-se protegida por Will. Queria que ele fosse confrontar Mark imediatamente. Afinal, como ele ousava dar em cima de sua mulher? Essas atitudes demonstram zelo, cuidado e a postura de um homem que não tolera que ninguém brinque com sua parceira. No entanto, Will não reagiu dessa forma. Levou tudo na brincadeira, na esportiva. Provavelmente, quando falar com Mark, não será para esbravejar, mas para expressar sua insatisfação. Afinal, eles são amigos há muitos anos e, após tantas trocas de parceiras, têm em mente que isso é "natural". Mesmo assim, Will se incomodou com o fato de Mark ter tocado Lívia. Ele tentou amenizar a tensão entre eles e perguntou:

— Como foi o almoço com Victoria?

Lívia enxugou as lágrimas e tentou se recompor. A pergunta de Will parecia tão fora de contexto que a deixou ainda mais irritada. Ela queria gritar, queria que ele entendesse a gravidade do que havia acontecido. Mas, ao invés disso, respondeu com um tom seco:

— Não foi, ela acabou não indo, eu disse que, quem apareceu foi seu amigo. Graças a Deus, Brandon surgiu e me defendeu daquele crápula! Brandon foi meu herói hoje!

— Sim — respondeu Will, com um olhar intrigado. — Às vezes, parece que ele tem um sexto sentido. — Ele coçou a cabeça, pensativo. — Mas, sinceramente, não sei como ele faz isso.

— Não, ele não pressentiu nada. Foi Vick que pediu a ele para me encontrar no restaurante, pois ela não poderia ir; seu chefe a empenhou no jornal.

Will percebeu a frieza na voz dela e se aproximou, tentando abraçá-la. Lívia se afastou, ainda sentindo a dor e a confusão dentro de si. Ela sabia que precisava conversar com Will sobre seus sentimentos, mas não sabia por onde começar. A ideia de que ele não levava a sério o que havia acontecido a deixava ainda mais angustiada.

— Lívia, eu sei que você está chateada. Podemos conversar sobre isso? — perguntou Will, com um olhar preocupado.

Ela respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas. Sabia que precisava ser honesta, mas temia a reação dele e decidiu guardar aquilo para si.

Will a acariciou no rosto de Lívia, seus olhos buscaram os dela e ele disse com a voz gentil e suave: — Às vezes, o destino nos coloca em situações inesperadas. Mas o que importa é o que sentimos um pelo outro. Eu estou aqui, Lívia. Eu te amo.

Lívia suspirou e disse: — Eu também amo você, Will.

***

Lívia e Will passaram os dias seguintes imersos em uma bolha de carinho e cumplicidade. As festas de final de ano se aproximavam, e Lívia sentia o coração acelerar toda vez que pensava em conhecer os irmãos de Will e suas famílias. Era um passo importante, e ela queria causar uma boa impressão.

Em uma tarde ensolarada, enquanto estavam abraçados na cama, Lívia decidiu compartilhar seus receios com Will. — Estou nervosa, Will. E se eles não gostarem de mim? E se eu não me encaixar?

Will acariciou o cabelo dela e sorriu. — Não fique assim, minha menina! Tenho certeza de que todos irão gostar de você. Você é incrível, e eles vão perceber isso. Além disso, você vai adorar conhecer minha sobrinha e afilhada Sophia. Meus irmãos são ótimos, e minhas cunhadas muito divertidas.

Lívia suspirou, sentindo-se um pouco mais tranquila e o agradeceu: — Obrigada por ser tão compreensivo, Will.

Ele beijou sua testa. — Com você, sempre, meu amor. Agora, vamos pensar nas coisas boas que estão por vir. Tenho certeza de que esse Natal será inesquecível.

O celular de Lívia toca, é Brandon. Ele está indo viajar para o Texas, na cidade de Dallas, para ficar com sua mãe e passar o natal em família. E ele não poderia partir sem antes saber de Lívia, se ela ficaria bem.

— Oi, Brand! Saudades! — disse ela, ao atender o celular.

— Como você está? — perguntou ele, arrumando as camisetas na mala.

— Estou bem. Eu queria te agradecer novamente por me proteger naquele dia no shopping.

— Falou com Will, sobre o assunto?

Ela se afasta do quarto, indo em direção à sala, para ir até a sacada e, de lá, poder falar com Brandon sobre o que Will achou:  — Ele achou graça do ocorrido por conta do copo de suco que eu joguei em Mark. Mas disse que falaria com ele assim que se encontrarem.

— Eu não estou ouvindo isso, Liv! Se você fosse minha namorada, eu teria ido no mesmo dia, atrás do Mark e o arrebentaria por inteiro.

— Eu não tenho dúvidas disso! —respondeu ela, sorrindo satisfeita.

Sorrateiramente Will se aproxima da sacada, a observa com uma expressão como quem diz: desliga logo esse celular! — e então ironiza: — A piada parece que foi boa, gostaria de rir também!

Lívia o fita com seriedade e responde: — Sim, foi ótima! Foi o que realmente eu gostaria e precisava ter ouvido há uns dias atrás. Em seguida, volta sua atenção para Brandon, que diz a ela que seu avião sai no dia seguinte bem cedo para Dallas, mas que ele voltará à Los Angeles a tempo de passar o ano novo com Vick e ela na casa de Will.

— Ótimo! Mande um beijo para dona Marriane e diga que sinto saudades imensas dela e de seu pai.

— Pode deixar que levarei o seu recado. E tenha certeza que eles também estão com saudades de você. Até logo, minha maluquinha.

— Até a volta, Brand.

Will neste momento, já havia ido para o sofá, estava fazendo de conta que conversava algo importante no seu celular. Lívia então, passa por ele e vai para o quarto, arrumar sua mala com algumas roupas para levar pra casa dele. Eles não falam uma palavra sequer um com o outro, ela não deixa de pensar em Brandon, no que ele disse: — Que a defenderia de forma diferente de Will.

Will achando estranho seu comportamento, vai até ela, e pergunta o que houve?

— Nada. — respondeu ela, concentrada para não esquecer nada importante.

Will então, se aproxima dela e a abraça por trás, e diz que a ama muito! E pela primeira vez, Lívia leva algum tempo para responder como se pensasse em algo melhor do que um simples: Eu também, amo você.

Eles vão para casa de Will, no caminho eles conversam bastante. Entretanto, ele nota que ela está estranha, e pergunta se está tudo bem com o amigo, pois desde o telefone dele, ela parece-lhe preocupada.

— Está sim, graças a Deus. Ele ligou para avisar que está indo à Dallas, mas retornará a tempo para o ano novo em sua casa.

— Perfeito! — disse Will, radiante por dentro. — ele estava tramando algo inesquecível para Lívia, na verdade para qualquer mulher seria inesquecível. Mas, ele queria mesmo, era atingir Brandon.

***

Mais tarde na residência Baker.

Lívia está deitada no quarto de Will quando ele chega para lhe fazer um carinho e lhe dar um beijo. — Will, por favor, hoje não estou bem. Estou com uma dor de cabeça insuportável! Prometo, amanhã estarei melhor, respondeu ela, virando de costas para ele.

— Posso ficar aqui cuidando de você? — indagou ele, pensativo.

— Claro, que pode. — devolveu ela, uma resposta direta, mas sem ser fria.

Ele deita ao seu lado e diz a ela para que se aconchegue em seu peito, pois irá aliviar sua dor de cabeça com carinhos. Ela sorri e se aconchega, como se estivesse em um ninho quente e confortável. Em seguida, adormece. Will sente-se ameaçado por Brandon e não para de pensar que Lívia mudou suas atitudes depois de falar com ele hoje à tarde. Lentamente, ele se levanta e sai do quarto, levando o celular dela. Como não tinham escondiam as senhas dos celulares, ele consegue desbloquear o aparelho de Lívia tranquilamente e começa a investigar todos os álbuns de fotos. A grande maioria eram fotos de Lívia com Brandon e Victoria. Em particular, chama sua atenção um álbum que continha muitas fotos dos dois juntos, em momentos e lugares diferentes, com muitos comentários dos seguidores apelando para que fiquem juntos.

Insatisfeito com o que vê e com os comentários dos seguidores dizendo que Brandon e Lívia deveriam ficar juntos, ele serve um copo de uísque e bebe num só gole. Em seguida, volta para a cama e coloca o celular de Lívia no lugar. Por hora decidi não mencionar esse assunto com ela.

Na manhã seguinte Lívia está no banho e Will vai, até ela, perguntando se poderia acompanhá-la no banho.

— Sim, claro. — respondeu ela, enluvando seu cabelo com creme.

— Você está melhor hoje? — indagou ele, entrando no box. Fiquei preocupado com você ontem.

Lívia então disse a ele : — Já que sua preocupação é genuína, por acaso, você já falou com Mark sobre o que ele me fez?

— Não, ainda não tive oportunidade, estamos de recesso na produtora, você sabe. Ele está em casa com a família, não posso ir, até lá, e expor ele à mulher, por algo tão bobo. 

— Como assim, algo bobo? Ele tocou em meu corpo, Will! Entre minhas pernas, eu estava de mini saia, dentro do restaurante lotado.

— Lamento, Lívia, mas não posso ir até a casa dele e brigar com ele. Você quer que eu tenha uma atitude de garoto, que faça a esposa dele descobrir o que ele fez. Eu posso acabar com o casamento dele de anos, por isso! — exclamou ele,sério.

Ela decepcionada, e com os olhos já em lágrimas, tenta sair do interior do box, mas Will para na porta, impedindo-a, e diz sorrindo:

— Daqui você não sai! Vamos tomar banho juntinhos.

— Já terminei meu banho! Me solte!

— Deixe de ser infantil! — disse ele, segurando-a firmemente no braço.

— Vejo que essa atitude é típica do clube do Mark.— retrucou ela, com os olhos serrados de raiva.

Ele a solta e ergue as mãos, palmas para cima, em uma demonstração de que não a tocará mais. Em seguida, tenta persuadi-la, dizendo que entende que o que Mark fez foi errado, mas não algo grave o suficiente para merecer prisão ou a destruição de seu casamento.

Lívia, atônita com o que acaba de ouvir, desesperou-se e, entre lágrimas compulsivas, exclamou: — Você é tão canalha quanto o Mark! Você tem ideia do que é para uma mulher ser tocada da maneira como fui? Eu ainda posso sentir o calor dos dedos dele sobre minha calcinha!E no estacionamento do shopping, ele ainda me ameaçou, querendo que eu entrasse no carro dele. Se não fosse Brandon, não sei o que teria acontecido comigo.

Ela então, fala tudo que estava afligindo seu coração há dias.

Will fica perplexo com sua declaração e a abraça dizendo: — Você não contou-me desse jeito, Lívia. Não me disse que ele havia ameaçado e tocado você intimamente! Achei que fosse um toque bobo na perna sem a intenção de lhe fazer um mau. Me perdoe, meu amor, por favor! Perdoe a minha falha! Eu jamais aceitaria Mark tocar em você, mesmo que você consentisse isso! Eu amo você demais para deixar isso acontecer.

Will aperta Lívia ainda mais em seus braços. Sua mente está em turbilhão, mas ele sabe o que precisa fazer.

— Eu não vou deixar isso passar, Lívia. Mark vai se ver comigo.

Lívia assentiu, sentindo-se protegida nos braços de Will. Ela sabe que ele fará o que for preciso para mantê-la segura.

E assim, com lágrimas nos olhos e corações unidos, eles sentem-se determinados a enfrentar mais este obstáculo juntos.

Mais tarde, após deixar Lívia dormindo, Will dirige-se à casa de Mark, determinado a ter uma conversa a sós. Os dois se dirigem ao escritório de Mark, e Will começa a falar:

— Onde você estava com a cabeça ao ameaçar a Lívia? Você é um doente!

— Vejo que finalmente ela lhe contou. Não acha um pouco tarde? Se ela fosse diferente das outras, não acha que teria dito no dia em que eu a toquei? — retrucou Mark, em tom de deboche.

— Eu que estou tomando uma atitude tardia em sua defesa. Deveria ter vindo no mesmo dia para defendê-la, mas achei que fosse o velho Mark de sempre, o galanteador. Porém, você perdeu a mão. Tocou-a sem o consentimento dela! Aliás, nem que ela consentisse, eu aceitaria. Eu amo Lívia! Então Mark, vou te dar um aviso: — Não ouse chegar perto dela de novo ou da próxima vez, ou terei que tomar outra atitude!

Mark escuta tudo em silêncio e, em seguida, pede desculpas a Will dizendo: — Eu me empolguei quando a vi sozinha no restaurante, solitária e indefesa… e aquele cheiro delicioso, Will! Lívia, além de encantadora, gostosa e linda, tem um cheiro de pele… — Will o interrompe, pegando-o pelo colarinho: — Você está falando da minha mulher! Fique longe dela, Mark! Na próxima vez, não terei educação nem consideração por você.

— Tudo bem, Will, calma! Me solte! Pode confiar. Jamais se repetirá, dou-lhe minha palavra!

Will então o solta e reforça: — Fique longe dela! Ou serei capaz de acabar com você! — respondeu Will, indo em direção à porta.

Mark assiste, impotente, enquanto Will sai do escritório. Seus olhos se estreitam, e ele promete a si mesmo que não deixará a história terminar assim. 

***

O natal dos Baker.

Na véspera de Natal, o dia estava agitado. Lívia ajudou Margot no que pôde, e aproveitaram para conversar sobre os convidados que viriam. Margot conseguiu tranquilizá-la, compartilhando detalhes sobre cada um deles.

Na noite, Lívia estava radiante. Ela usava um vestido vermelho tomara que caia, cujo comprimento era longo e tinha uma racha que subia até o meio da perna na lateral esquerda. Seus cabelos longos estavam soltos em cachos, e ela calçava saltos altos agulha pretos. Com brincos dourados, sua maquiagem era caprichada, com sombreado e esfumaçado nos olhos e batom nude com leve tom avermelhado, e o aroma que exalava dela era envolvente, uma mistura de baunilha com flores. Enquanto isso, Will já estava pronto, vestindo um elegante terno preto de linho fino com camisa branca por baixo, gravata e sapatos pretos. Ele a esperava na sala com os filhos, e, de repente, Lívia apareceu no alto da escada, deslumbrante.

Will levanta-se e vai até a escada, aguardando-a chegar a ele. Quando Lívia desce, ele estende a mão direita com um sorriso gentil, e Lívia, fitando-o nos olhos, estica sua mão esquerda. Ele a pega delicadamente e, inclinando-se, deposita um beijo suave sobre sua pele macia. O mundo parece desacelerar enquanto seus dedos se tocam, ele diz o quão linda ela está nesta noite.

— Minha menina, você está perfeita! — disse ele com os olhos brilhando.

— Amor, você também está lindíssimo. — respondeu ela, inclinando-se a beijá-lo.

Os filhos de Will observam a cena ao lado direito da sala ampla, e demonstram felicidade em família. De repente, os primeiros convidados chegam: Robert, Samantha e a filha Sophia de quase 3 anos. Lívia é apresentada a eles, Samantha a trata como se fossem velhas amigas e o seu futuro cunhado Robert, é muito cavalheiro e cordial com ela. Mas quem a surpreendeu foi Sophia, que pulou do colo da mãe e foi para o colo da titia Lívia como Sophia a chamou.

— Coisa mais linda! Você é a princesa Sophia? O seu dindo falou muito em você, mas não disse que era tão adorável assim.

 Sophia a abraça e dá um beijo apertado na bochecha de Lívia que se derrete toda.

Meia hora mais tarde enquanto todos conversam e degustam os aperitivos feito por Margot, chegam os demais convidados, Anthony, o irmão do meio e a quem Will tinha uma grande afeição, não que por Robert não tivesse, mas Antonny era o irmão que mais brincava com ele, pois a diferença entre eles, é apenas de 02 anos, já Robert e Will, a diferença é de 05 anos. Antonny chega fazendo graça, rindo alto, chamando atenção dos sobrinhos, filhos do Will. Os meninos que também o adoram respondem alto, riem mais alto ainda, é aquela folia.

— Rapazes, por favor! Deixem eu apresentar Lívia para o restante da família! — exclamou Will, rindo. — Não leve a mal, amor, não podemos nos juntar que parece que estamos brigando. — Lívia sorri e responde, — Eu entendo, Will. Não esqueça que venho de família italiana, tanto por parte de pai, quanto por parte de mãe.

— Elisabeth, a esposa de Antonny, então se apresenta: — Tudo bem, Lívia? Sou Elizabeth, esposa de Antonny,  mãe desses dois adolescentes,  Andrew de 15 e Joanne de 13 anos. E não, menos importante, irmã de Samantha.

— Sério que vocês são irmãs? — perguntou Lívia surpresa. — Isso é incrível! — exclamou ela.

Conversas e alguns drinques depois, Lívia fita o relógio da sala e lembra de ligar para os pais antes das 12 badaladas do horário de Brasília, uma vez que Los Angeles está à 04 horas atrás de Brasília no fuso horário. Ela levantou do sofá e pediu licença a todos, pois precisava fazer uma chamada para sua família. Ela se direcionou até a janela que dava para o jardim, pegou seu celular dentro de uma travessa de cristal. Ao pegar o seu telefone, ela pensa: Will é mesmo incrível! Exigir que todos deixem os celulares aqui, para que possam se conectar com as pessoas presentes sem ter interrupções com as bobagens das redes sociais! Ele pensa em tudo!

Lívia faz uma chamada de vídeo e  rapidamente já é atendida pela irmã Laura.

— Líli, estava pensando se eu te ligava ou esperava você me ligar? — disse Laura contente.

— Ah, meu amor! Claro que não esqueceria de ligar para vocês numa noite como esta. — respondeu Lívia, antes de perguntar sobre os pais. — E nossos pais? A casa está muito cheia? — Laura revirou os olhos e respondeu: — O mesmo de sempre. Os vizinhos próximos e os parentes de sempre. — Lívia concluiu com um sorriso: — Ou seja, casa lotada.

— Lala, será que você consegue chamar os nossos pais discretamente para um canto, para eu poder falar com eles em paz? Já sabe, se os nossos parentes verem que sou eu, não vou conseguir parar de falar! — pediu Lívia. Laura foi até o pai e informou que Líli estava no celular numa chamada de vídeo. O pai logo chamou a atenção da esposa e sugeriu que fossem com Laura até a cozinha para falar com a filha. Laura entrega o celular para o pai, que ao ver a imagem de Lívia no telefone, se emociona e fica com os olhos marejados.

Senhor Otávio, um homem lúcido, muito culto, correto e um grande trabalhador. Ele sempre se esforçou para fazer o melhor pelas filhas e pela família. Sua afinidade e ligação com as duas filhas eram profundas, mas Lívia, como primogênita, talvez tivesse uma pontinha de preferência.

Lívia também sente-se emocionada e diz com voz embargada:

— Pai, mãe! Que saudades! Em fevereiro, se tudo der certo, estou indo passar uns longos dias com vocês. — Lívia expressou sua saudade.

— Minha filha, o pai quer saber se você está bem e feliz? — perguntou ele.

— Sim, pai, estou muito feliz e bem. Só com saudades de casa!

Então, sua mãe Beatrice, demonstrando impaciência, perguntou sobre Victoria e, claro, não deixou de mencionar a frase que ela adorava repetir: — E o meu futuro genro, como está o Brandon?

— Fique quieta, mulher! Que coisa mais feia! Deixe nossa menina em paz! — Sr. Otávio a repreendeu.

— Eles estão bem, mãe. Todos nós estamos. Agora preciso desligar. Só liguei para desejar um feliz Natal a vocês e dizer que os amo muito.

— Também amamos você, filha, — disse Beatrice.

— Mande lembranças para seu namorado William, filha. — respondeu senhor Otávio, com serenidade.

— Beatrice nesse momento revira os olhos.

Lívia sorri com as atitudes de sua mãe, e ao desligar o telefone, pensa alto: "Ah, mãe! Gostaria tanto que a senhora aceitasse o Will! Ele é um bom homem."

O celular de Lívia toca enquanto ela dirigia-se para largá-lo. Era Brandon. É claro, que ele não deixaria de falar com ela nesta noite, afinal é noite de natal. Lívia o atende sorrindo e com seus olhos cheios de alegria: — Brand que surpresa! Achei que você não me ligaria!

— Como eu ficaria sem desejar tudo de melhor e mais lindo deste mundo para a minha maluquinha favorita!

Lívia respondeu sorrindo: — Só você mesmo para me colocar um apelido desses e conseguir que ele soe tão fofo: 'maluquinha'.

Lívia estava tão distraída que não percebeu quando Will se aproximou lentamente dela e se esgueirou até parar próximo à janela à direita da sala, enquanto ela permanecia ao lado esquerdo. Will ouviu atentamente a conversa dela com Brandon.

— Liguei para você, meu amor, minha princesa, minha maluquinha favorita, só para te desejar tudo de melhor e dizer que retornarei a tempo de passar a festa de Ano Novo com você e Vick na casa do chefão.

— Lívia sorri novamente e rebate, — Você não está bem Brand, deve ter bebido aquele conhaque forte de seu pai.

— Estou bem sim, confesso que levemente alto, mas sei exatamente o que digo e o que estou fazendo.

Lívia carinhosamente deseja feliz natal a ela e sua família. E diz que precisa desligar, pois já se afastou por tempo demais dos convidados. Brandon entende e despede-se.

Will então aproxima-se e a abraça: — Você poderia nos dar a honra de sua presença, minha rainha?

— Claro, meu amor. — respondeu ela, sorrindo com um sorriso maroto.

— Eu gostaria de ter falado com a sua família — disse Will.

— Eles também gostariam de ter falado com você, principalmente papai, mas falei por você, afinal, estamos ocupados com os nossos convidados. E o mesmo eu falei para Brandon, pois ele me ligou para nos desejar feliz Natal. Will a ignora nesse momento, porque não quer nem ouvir o nome Brandon. Embora ela insista: — Brandon confirmou que vem para a festa de Ano Novo aqui na sua casa. Will, de repente, a abraça forte e a beija com avidez, fitando os seus olhos, responde: — Isso é ótimo! O Ano Novo será inesquecível, minha menina! Muito mais que o Natal, pode ter a certeza disso. — disse ele, com um olhar misterioso.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!