Capítulo 19

JEFERSON NARRANDO

Socar a cara desse Traficante de merd@ foi mais que uma terapia, desde o primeiro dia que ele foi me desacatar no posto, na frente dos meus pacientes, me fazendo virar assunto na boca de todos, que eu esperei ansioso por esse momento.

Eu queria que os meus pacientes me conhecessem primeiro pelo meu trabalho, pela minha dedicação à vida, não porque fiquei com a dona do morro e um dos seus peguetes veio tirar satisfação, se achando o corno inconformado.

Essa porr@ de me chamar de mauricinho já estava me dando nos nervos, sou Playboy pelo meu estilo de vida mas não pelo meu caráter ou personalidade.

Não aceito que me chame de mauricinho, se não conhece a minha história, não é porque nasci em berço de ouro que sou igual a todos os outros.

Depois de toda a confusão com o funcionário da Rafaela, ela se jogou na minha frente para tomar um tiro por mim, em nenhum momento eu tive medo, Até porque não sou filho de pai assustado para ter medo de outro homem.

Mas essa atitude da minha bandidona, me fez ver que a Rafaela sente por mim o mesmo que sinto por ela.

Depois que o pai dela saiu com o descontrolado, tomei a Rafaela e um beijo e a pedi em namoro.

— Rafaela, você aceita Namorar comigo? — Fiz o pedido.

Ela ficou me olhando, parecia perdida, abriu a boca e fechou várias vezes, não conseguiu formular uma palavra.

— Você está bem? — perguntei.

Foi quando ela saiu do transe, respondendo que estava bem, pediu para gente conversar em um lugar mais tranquilo.

— Tipo na casinha onde ficamos? — Ela me olhou sorrindo e concordou.

Sei que a Rafaela vai querer me enrolar com sexo, vou adorar , mas vou insistir em uma resposta, quero saber se vale investir o meu tempo, se ela me disser não , pretendo procurar o meu rumo.

Será dessa vez que vou para Portugal morar com Jefeter, ele sempre me chamou para morar lá, se eu levar um fora da Rafaela essa será a minha oportunidade.

Quando íamos saindo o seu pai me chamou e falou para a gente ter cuidado com o Dom que ele está revoltado e vai sair da Comunidade.

Rafaela ficou nervosa e começou a falar vários palavrões, esse tempo todo não agarrando ela e não vi que ela estava com o viper no bolso do short.

Ela começou a sugar e soltar fumaça para o alto enquanto xingava, fiquei tentando acalmá-la.

— Jeferson, não é confiável, você está saindo do Morro, agora que o Dom vai embora ele pode te seguir e armar alguma emboscada — Ela falou, parecendo preocupada.

Nisso a Rafaela tem razão, o mais seguro para você é ficar aqui no Morro. Olhei para os dois pai e filha, Eles são diferentes na fisionomia, mas são iguais no modo de falar, agir e pensar.

Eu não tenho medo desse cara mas também não vou tentar a sorte, Essa é a oportunidade que tenho de lançar a minha Lilith de uma vez por todas.

Quero essa mulher todinha para mim, estando perto dormindo com ela todas as noites será mais fácil conquistá-la.

— Se eu vou ficar aqui no Morro, a dona precisa me arrumar uma casa para alugar e também aceitar o meu pedido — Falei olhando pra ela, e admirando sua beleza.

— Que pedido? — Sr. Rafael perguntou.

— Não é nada pai, vamos Jeferson vou te mostrar algumas casas que temos já mobiliada, vou te levar para ver as mais próximas daqui, a parte alta do morro é mais segura.

Ela montou em uma moto, montei na sua garupa olhei para o pai dela que estava me encarando de braços cruzados.

Assim que chegarmos no portão Rafaela fez um sinal com a mão, e foi como enxame de vários homens montando em suas motos e nos seguindo todos eles armados com fuzil nas costas.

— Está com medo? — Perguntei.

— Medo é uma palavra que não existe no meu vocabulário Doutor, eles são meus vapor de segurança e o Tourinho é o seu — Ela respondeu.

Rafaela quando assume a postura de bandida má, me deixa ainda mais gamado por ela.

Paramos na frente de uma casa até charmosa, descemos da moto e a Rafaela deu ordem para os vapor ficarem na frente do portão.

Entramos apenas nos dois, a casa é muito aconchegante, gostei de cara, assim que entrei, estava toda molhada simples mas bem cuidada.

— Gostei dessa, vou ficar por aqui não preciso ver mais nenhuma.

— Tem certeza?

— Toda certeza do mundo, ela é perfeita para nós dois.

Rafaela sentou no sofá sorrindo, ainda teve a ousadia de falar que vai vir todas as noites para sentar e depois vai para sua casa que fica duas ruas acima.

— Você ainda não respondeu à minha pergunta, do que você tem medo, do que você está fugindo? — Insisti.

Ela ficou de pé, fez um coque no cabelo virou de frente para mim e cuspiu na minha cara que tem medo de assumir uma relação por conta da fidelidade.

— Você traiu seus ex? — perguntei.

— Não tenho ex — Ela respondeu com seriedade.

Fiquei incrédulo em saber que ela nunca namorou sério, ela leva essa coisa de fidelidade ao pé da letra.

— Se você nunca teve uma relação, como sabe que não vai ser fiel? — perguntei, insistindo.

— Eu nunca quis ter uma relação porque eu sempre gostei de curtir a vida, sou pipa voada Doutor, não nasci para me prender a homem nenhum.

Rafaela estava falando escorada em uma mesa de pés de ferro com tampo de mármore, me aproximei dela Peguei na sua cintura fazendo ela sentar na mesa, enfiei a minha mão entre os seus cabelos da nuca puxando de leve, nos olhamos nos olhos.

Ataquei sua boca deliciosa e um beijo quente explorando cada cantinho com a minha língua, Quando sentir a Rafaela totalmente entregue parei o beijo mordendo seus lábios do jeito que ela gosta.

— Porque você parou? — Ela perguntou.

— Se me quer na cama, vai ter que me querer na sua vida também, aceito meu pedido de namoro e você vai ter meu paü sempre que quiser — Respondi e agora vai ser assim, se ela me quer na cama, vai ter que me aceitar na vida dela.

AUTORA!

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