Capítulo 14

Hoje finalmente a polícia chegou até os três que estavam ameaçando minha família.

Bárbara não foi presa, pois não se pôde provar que ela tinha envolvimento, ela foi esperta e não deixou rastros. Eduardo, que na verdade se chama Marcelo, foi preso por tentativa de sequestro e Samantha, que na verdade se chama Heloísa, foi presa por calúnia e difamação.

A cretina confessou que dopou meu pai e depois tirou as fotos para tentar separar meus pais, mas ainda bem que não conseguiu, ainda bem que o amor dos meus pais prevaleceu e foi mais forte do que isso tudo.

— Finalmente tudo acabou, agora podemos sair, você pode vir para o meu apartamento ficar comigo. — Ruan diz.

— Não gosta de ficar aqui comigo?

— Claro que gosto, minha gostosa, qualquer lugar com você é maravilhoso, mas eu gosto da nossa privacidade, de poder andar sem roupa pela casa e poder tr*nsar onde quisermos e a hora que quisermos.

— Sim gostoso, isso é muito bom, inclusive quero passar um final de semana em algum lugar longe daqui, só nós dois.

— Vou te levar daqui então, arrume uma mala, que hoje à tarde mesmo nós vamos.

— E vamos pra onde?

— Surpresa.

— Que tipo de roupa eu coloco na mala?

— Deixe que eu cuido disso, melhor que não estraga a surpresa. No final do expediente nós vamos.

— Que mistério.

— Você vai ver.

— Ok.

— Quer que eu te leve à faculdade gostosa?

— Vai me buscar na hora do almoço?

— Vou sim.

— Então vamos tomar café e depois saímos.

— Acho que o tio Caio já não aguenta mais três marmanjos na casa dele, dormindo com as filhas dele todas as noites.

— Até parece que não conhece seu tio! Ele está adorando nos ter aqui, mesmo que para isso vocês tenham que ficar também, ele sempre reclama quando nos saímos para passar o final de semana com vocês. Ele na verdade está adorando, quer até construir uma casa para cada filho aqui.

— Bem a cara dele mesmo fazer isso. E você quer isso amor?

— Não sei, tem a casa que você comprou, achei ela muito bonita.

— O que você quiser meu amor, o que decidir para mim está bom, o importante é ficarmos juntos. — sorrio, esse homem é perfeito demais.

— Temos tempo para isso ainda, não vamos casar agora. — digo.

— Não?! Por mim eu já teria ido pra Las Vegas e casado por lá mesmo. — ele diz.

— Nossos pais nos matariam.

— Isso é verdade, mas que dá vontade dá.

— Que pressa é essa pra casar, doutor Ruan?

— Pressa de te ter para mim todos os dias, de poder dormir e acordar ao seu lado, de construir nossa vida juntos, de ter filhos, quero tudo com você Luíza, eu amo tanto você, mas tanto, que as vezes acho que você não tem nem noção do quanto.

— Eita! Assim você me quebra, uma declaração dessas antes das 7:00 horas da manhã! Eu também amo você meu amor e eu quero tudo isso com você. — ele sorri.

— Casa comigo então?

— Eu já disse sim, eu já disse que caso.

— Logo! Casa comigo logo.

— Por que essa pressa meu amor?

— Não quero mais ficar longe de você, minha Lulu, foram quatro anos longe de você, nem sabe quantas vezes eu me culpei por não ter ficado, por não ter insistindo, por não ter lutado por você. Todas essas pessoas que eu fiquei depois de você não significaram nada, pois eu sempre amei você, nunca consegui te tirar da minha mente e nem do meu coração.

— Eu também não meu amor, faço minhas as suas palavras, ninguém nunca pôde ocupar seu lugar, porque você é o único que amei por toda minha vida e vou amar para sempre.

— Então meu amor, casa logo comigo, vamos logo dar o próximo passo, nós não temos que nos conhecer melhor, nos conhecemos a vida inteira, já namoramos por dois anos antes, moramos praticamente juntos agora, então não temos que passar por essa fase de nos conhecermos melhor. Casa comigo vai Lulu?

— É claro que eu caso! — digo, ele sorri lindamente para mim e me beija.

— Vamos nos casar no dia do seu aniversário! — ele diz.

— Falta um mês para isso.

— Em um mês está ótimo.

— Como vou organizar um casamento em um mês?

— Não meça esforços e nem gastos, faça o que tem que fazer, eu pago o que for.

— Sabe que meu pai vai querer pagar por esse casamento, não é? É tradição que o pai da noiva pague pelo casamento.

— Os tempos são outros.

— Meu pai, nessas questões é bem tradicional, é igual aos nossos avós.

— Eu sei, tenho que pedir sua mão pro seu pai.

— É verdade, ele estava me cobrando por isso.

— Pois vamos resolver isso agora!

— Agora? No meio do café da manhã?

— Sim! O que tem?

— Você é doido Ruan!

— Por você meu amor. — ele me beija novamente e nós saímos do quarto.

Chegamos na sala de jantar e estão todos conversando e sorrindo, na maior paz, é bom vê-los assim.

— Bom dia. — digo e todos respondem.

— Tio? — Ruan chama meu pai.

— Diga.

— Eu gostaria de pedir a mão da Luíza em casamento.

— E precisam da minha permissão?! Já colocou um anel no dedo dela, estão morando juntos.

— Mas eu tenho que pedir para o senhor, é o certo.

— O certo seria não terem feito besteira anos atrás.

— Moreno!

— O que foi loirinha?

— Não precisa falar sobre isso.

— Mas foi o que eles fizeram.

— Papai, eu já pedi desculpas.

— E eu desculpei minha princesa, mas isso não apaga o passado, só estou querendo dizer que não precisam da minha permissão, se querem casar, podem casar.

— Obrigada papai. Vamos nos casar no dia do meu aniversário! — meu pai olha sério para mim e quase engasga com o café.

— Como é menina?! — minha mãe sorri.

— Sim, no meu aniversário.

— Você tem vinte e um anos Luíza.

— Eu sei papai.

— Tem certeza que é isso que você quer?!

— Tenho papai.

— Você é jovem ainda filha.

— Eu tinha vinte e três quando casei com você. — minha mãe diz e meu pai olha para ela sério e minha mãe o encara mais séria ainda.

Meu pai fica calado, pois ele é o terror dos tribunais, mas contra minha mãe ele não tem argumentos.

— Cheia de argumentos, não é doutora? — ele pergunta.

— Sim, doutor. — os dois trocam um olhar, um daqueles de cumplicidade, que não precisam de muitas palavras.

Acho linda a ligação e cumplicidade que meus pais têm, os dois exalam amor por onde passam.

— O senhor vai entrar comigo no meu casamento não vai papai? — pergunto e ele olha para mim e seu semblante vai suavizando.

— Claro que vou meu amor, não tenha dúvidas disso, apesar de achar muito cedo para que se case, mas se é isso que você quer, então tudo bem.

— Obrigada papai, te amo muito.

— Também amo você, minha princesa.

— Vou falar com sua tia, ela ama organizar as festas da família, e agora será especial, pois é o casamento do filho dela. — minha mãe diz se referindo a tia Beatriz, que gosta de organizar as festas da família.

— É verdade.

— Obrigado tio. — Ruan diz para o meu pai.

— Não me agradeça, minha vontade de te dar uns tapas nunca passou. — meu pai hoje está no modo sincero dele.

— Caio! — minha mãe exclama.

— É a verdade, só não dei porque eu sei que sua filha é perigosa, essa menina nasceu pra me deixar de cabelos brancos. — ele diz e eu sorrio e ele me olha sério.

— Desculpa papai.— digo.

— Eu não sei o que eu fiz para merecer isso?! Bem que poderiam ser todos meninos, mas Deus me deu cinco filhas! — ele diz e nós todos sorrimos e ele faz cara feia.

Meus pais são incríveis, meu pai mesmo como seu humor ácido, ainda consegue nos arrancar sorrisos e nos fazer encarar a vida com leveza apesar de tudo.

Eu amo fazer parte dessa família, eu amo ser uma Medeiros Alencar.

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