Dominic
Com a respiração ainda pesada, meus olhos se fixam nela, admirando sua beleza deslumbrante mesmo após nosso ápice do prazer. Ela repousa ao meu lado, os contornos suaves e delicados iluminados pela luz do sol que invade o quarto. Um sorriso satisfeito surge em meus lábios ao vê-la assim, tão deslumbrante e radiante. Ela parece uma obra de arte, uma visão celestial que me deixa sem fôlego.
Com um movimento suave, afasto os cabelos que grudam em seu rosto, revelando sua expressão serena e tranquila. Então, ela me olha profundamente e, de repente, me abraça, repousando sua cabeça em meu peito. Surpreendido pelo gesto inesperado de Adelaide, meu coração, normalmente frio e calculista, dá uma pontada de emoção. Envolvendo-a em meus braços, sinto sua fragilidade e sua força ao mesmo tempo, uma dualidade que me intriga profundamente.
Seu abraço é reconfortante e caloroso, e por um momento, permito-me sentir uma conexão genuína com ela. Seus braços ao redor de mim, seu corpo pressionado contra o meu, criam uma intimidade que transcende nossas diferenças e as circunstâncias que nos uniram. Permanecemos assim por um instante, perdidos em nosso próprio mundo, onde as preocupações e as intrigas do mundo exterior parecem desaparecer. Neste momento, somos apenas dois indivíduos, unidos pelo desejo mútuo de encontrar conforto e compreensão um no outro.
Então, sem dizer uma palavra, permito-me relaxar, entregando-me à sensação reconfortante de estar nos braços dela. Por um breve momento, as paredes que construí ao redor de mim começam a desmoronar, revelando um lado de mim que há muito tempo permaneceu oculto.
Ao passar minhas mãos em seu braço, questiono:
— Você não vai me contar por que estava chorando no banheiro?
Ela solta um suspiro profundo antes de responder:
— Senti saudades dos meus pais. Foi isso que me fez chorar.
Seu tom suave carrega uma tristeza palpável que ressoa dentro de mim. Reconheço que a responsabilidade por isso é minha, pois forçá-la a se casar comigo teve sérias consequências para sua vida. Com firmeza, pergunto a ela:
— Você deseja vê-los?
Adelaide ergue os olhos para me encarar, uma mistura de surpresa e hesitação atravessa seu rosto. Seus lábios se entreabrem, como se ela estivesse prestes a dizer algo, mas suas palavras parecem presas na garganta. Ela parece ponderar minhas palavras por um momento antes de responder, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
— Mas você... irá permitir?... — Sua voz é suave, carregada de uma mistura de esperança e incerteza.
Diante de sua pergunta direta, meu semblante sério não vacila. Eu a encaro com uma determinação firme, deixando claro que estou falando sério.
— Claro, desde que eu vá junto.
Minhas palavras são curtas, mas carregadas de um significado profundo. Seu olhar reflete uma mistura de incredulidade e confusão diante da minha resposta. Ela parece surpresa com a minha disposição em acompanhá-la, mas ao mesmo tempo, há uma tensão perceptível em sua expressão, como se estivesse avaliando minhas palavras com cautela.
— Mas... eu pensei que... você... — Ela parece sem saber o que dizer, suas palavras se embaraçam enquanto tenta formular uma resposta.
Interrompo-a com um sorriso sutil, minha voz soando firme e controlada:
— Eu sei o que você pensou. Mas você esqueceu que está sob a minha proteção. E como minha esposa, não tomará nenhuma decisão importante sem o meu consentimento, ou sem a minha presença.
Minhas palavras são claras, delineando os limites do seu espaço de ação enquanto estiver ao meu lado. Por mais que ela possa desejar liberdade, a realidade é que, sob minha influência, ela está sujeita às minhas vontades e decisões. Seu semblante parece refletir uma mistura de resignação e frustração diante da minha revelação. Ela sabe que suas opções são limitadas e que, está sob meu controle.
Adelaide abaixa levemente o olhar, parecendo absorver minhas palavras. Por um momento, o silêncio paira entre nós, carregado com a tensão da nossa dinâmica de poder. Finalmente, ela ergue os olhos para me encarar mais uma vez, sua expressão agora mais determinada do que antes.
— Está bem. Se é assim que quer, então vamos juntos — ela responde, sua voz firme apesar do leve tremor.
Assinto em resposta, satisfeito por ela ter aceitado a condição. Porém, parecendo um pouco nervosa continuando ela diz:
— Eu simplesmente não sei o que dizer a eles. Como posso aparecer depois de dias desaparecida e chegar até eles casada?
Respirando profundamente, eu digo com determinação:
— Eu vou encontrar uma solução para isso.
Ela ergue sua cabeça, seus olhos encontram os meus com uma mistura de ansiedade e determinação.
— E quando vamos? — ela pergunta.
Eu mantenho minha postura, transmitindo confiança e autoridade, enquanto digo:
— Quando você quiser. Mas lembre-se, Adelaide, não tente nenhuma gracinha. Caso contrário, vai se arrepender.
Ela abaixa o olhar por um momento, absorvendo minhas palavras com seriedade. Então, ela volta a me encarar, sua expressão agora mais decidida.
— Entendido. Eu não farei nada imprudente. — responde, firmemente.
Eu assinto brevemente, satisfeito com sua resposta, dizendo:
— Ótimo. Vou garantir que tudo saia como planejado.
Ela assente em concordância e se encaminha para o banheiro, deixando-me sozinho no quarto. Suspiro profundamente, sentindo o peso das decisões que estão por vir. Viajar até o Brasil não fazia parte dos meus planos, mas estou disposto a fazê-lo por ela. No entanto, mantenho em mente que o controle ainda está em minhas mãos, e espero que ela compreenda isso claramente.
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Atualizado até capítulo 97
Comments
Lionete Marques
foto dos personagens
2024-05-16
4
Lucia Santos
hum já estou vendo mais um soldado 🪖 abatido 😁 mas ainda se julga no comando kkkkk
2024-04-12
5