Dominic
À medida que saio da cabana, um turbilhão de emoções me atinge com força. Meu coração bate descompassado, meu peito parece uma prisão de sentimentos conflitantes. A brisa suave do lago Michigan não traz alívio, mas sim um eco sussurrante dos meus pensamentos tumultuados. Puxo o ar com força, tentando acalmar minha mente frenética.
Minhas mãos tremem enquanto passo os dedos pelos cabelos, em um gesto nervoso e repetitivo. Ando de um lado para o outro, incapaz de ficar parado, como se o movimento pudesse dissipar a confusão dentro de mim. O sol poente pinta o céu com tons dourados e alaranjados, criando uma paisagem de beleza indescritível. Mas para mim, neste momento, a natureza ao redor parece distante, irrelevante diante do turbilhão emocional que me consome. A pergunta que permeia minha mente agora é: O que ela está fazendo comigo? Por que hesitei? Por que hesitei em tomá-la à força?
O som repentino de um disparo de silenciador rompe o ar, cortando o silêncio como um relâmpago. Instintivamente, me viro para encarar a fonte do som, meus olhos arregalados em puro horror quando vejo a bala cortar o ar a centímetros de mim, zumbindo em um assobio agudo antes de atingir a cabana com um estampido ensurdecedor. Um arrepio de puro terror percorre minha espinha, minha respiração vacilando em desordem enquanto meu coração martela em meu peito. Sem hesitar, volto correndo para dentro da cabana, meu corpo agindo por instinto de sobrevivência.
Abro a porta em um baque, e meu coração quase para quando meus olhos encontram Adelaide deitada sobre a cama. Uma onda de alívio e pânico se mistura dentro de mim quando me aproximo dela, minhas mãos trêmulas tocando seu corpo enquanto digo repetidamente em um tom desesperado:
— Você está bem!? Está bem!? Foi atingida!?
Seus olhos arregalados refletem o choque e o medo, enquanto ela se senta na cama em um sobressalto, sua expressão uma mistura de confusão e temor. Engolindo em seco, sinto a urgência do momento pesar sobre mim quando explico rapidamente:
— Estamos sendo alvos de ataque. Precisamos sair daqui.
A expressão dela se transforma em choque absoluto quando minhas palavras afundam em sua mente. As lágrimas começam a correr por seu rosto enquanto ela coloca a mão na boca em choque. Mas antes que possamos digerir a gravidade da situação, o zumbido de outro tiro de silenciador enche o ar e uma bala passa zunindo pela cabana, raspando o topo de nossas cabeças. Sem pensar duas vezes, puxo Adelaide para mim, usando meu próprio corpo como um escudo enquanto caímos juntos no chão, buscando desesperadamente por qualquer refúgio contra a ameaça invisível que nos cerca.
Enquanto estou sobre ela, sinto seus olhos alarmados buscando os meus, seu peito subindo e descendo em um ritmo frenético, sua respiração rápida ecoando no ar tenso ao nosso redor. Um instinto feroz de proteção toma conta de mim, uma determinação inabalável de mantê-la segura a todo custo.
O som dos tiros ecoa pela cabana, transformando o espaço em um campo de batalha improvisado. Adelaide grita de puro pânico enquanto os disparos se intensificam, e eu sei que preciso agir rapidamente para garantir nossa sobrevivência.
Olho nos olhos dela com firmeza e determinação, minha voz ressoando em meio ao caos:
— Tem uma bolsa acima da sua cabeça, Adelaide. Estique seus braços com cuidado e puxe-a até nós.
Mesmo em meio ao terror, ela engole em seco e assente, seguindo minhas instruções. Com um movimento preciso, ela alcança a bolsa e a traz até nós, seus dedos trêmulos agarrando-a com firmeza. Aproveito o momento para rolar para fora de cima dela, ficando ao seu lado enquanto pego minha arma e preparo para a batalha iminente. Adelaide me observa com uma mistura de medo e incredulidade enquanto me movo com determinação.
Com o celular em mãos, envio uma mensagem rápida para minha equipe, alertando-os sobre a situação. Olho para Adelaide e digo com urgência:
— Minha equipe logo estará aqui. Preciso que você siga minhas instruções, está bem?
Ela concorda com a cabeça em um estado de choque, sua confiança apoiada no desespero da situação. Sem perder tempo, começo a agir, canalizando toda minha força e raiva na única saída que temos: quebrar a cama para criar uma barreira rudimentar contra os tiros.
Com uma série de chutes e golpes, a cama cede sob a força dos meus ataques. Madeira se estilhaça, criando uma barricada improvisada que, espero, nos proteja dos tiros que continuam a ecoar pela cabana. Adelaide observa com olhos arregalados, seu rosto pálido refletindo o terror da situação.
Enquanto termino de destruir a cama, ouço passos e troca de tiros do lado de fora. Minha equipe está chegando. Sinto um alívio momentâneo, mas sei que ainda não estamos fora de perigo. Com a barreira pronta, volto minha atenção para Adelaide, cujo olhar permanece fixo em mim, buscando segurança em meio ao caos. Olhando profundamente para ela seguro suas mãos, transmitindo um pouco de calma com meu toque.
— Vamos ficar bem. Minha equipe está aqui, e vamos sair dessa juntos. — digo com convicção, tentando transmitir confiança mesmo diante da incerteza.
Adelaide assente, um vislumbre de esperança surgindo em seus olhos. Juntos, aguardamos o momento em que a ajuda finalmente chegará, determinados a sobreviver à tempestade que nos cerca.
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Atualizado até capítulo 97
Comments
Elisiane Pacheco Santos
Adoro isso emoções e fogo no parquinho kkk
2024-04-15
12
Amélia Rabelo
pra quem tinha uma calma
2024-09-27
0
🌹
Ela já está apaixonado por ela.
2024-08-24
1