Dominic
Enquanto termino a conversa com Álvaro, descubro quem foi o traidor. Ele me envia o nome de um dos meus funcionários, que trabalha na mansão. Me despeço dele, e a raiva toma conta de mim. Aperto tão fortemente o celular em minha mão que o vidro da tela se rompe, cortando minha pele e fazendo o sangue escorrer, pingando no piso da varanda. Mas nem isso me impede de querer retornar o mais rápido possível para casa e dar o que esse traidor merece. Estou cercado por traidores, mas matarei um por um se for preciso.
Ao voltar para o quarto, encontro Adelaide já vestida, com um vestido colado que delineia seu corpo, destacando suas curvas. Mas então minha mão começa a latejar, e o silêncio entre nós é interrompido apenas pelo gotejar do sangue do corte no chão.
Seus olhos se arregalam ao ver minha mão, e ela rapidamente vem até mim, preocupada.
— Meu Deus! Deixa eu cuidar disso.
Permaneço firme onde estou, meu coração martelando no peito. O que ela pretende com isso? É somente isso que ronda minha mente no momento. Então, com a outra mão, seguro firmemente seu rosto, apertando um pouco enquanto minha voz soa grave:
— O que você está tramando!? Acha que eu te amo só porque abriu suas pernas para mim? Seja qual for seu plano, não funcionará comigo. Eu não amo ninguém.
Seus olhos se enchem de surpresa e mágoa diante da minha reação brusca. Por um momento, vejo uma expressão de dor atravessar seu rosto, antes que ela recupere a compostura.
— Eu... eu só queria ajudar... — sua voz é suave, mas carrega um tom magoado.
Mesmo diante da sua aparente sinceridade, minha mente está turva de desconfiança e desespero. Não posso me dar ao luxo de baixar minha guarda, não quando estou cercado por traição por todos os lados.
— Não preciso da sua piedade ou compaixão. — minha voz é dura e cortante, refletindo a dor e a raiva que me consomem por dentro.
Ela recua um pouco, seu olhar baixando para o chão em uma mistura de tristeza e resignação. Mesmo com a dor que vejo em seus olhos, não posso me permitir ceder. Não quando minha própria sobrevivência está em jogo. Com um último olhar carregado de emoção, ela se afasta silenciosamente, deixando-me sozinho com meus pensamentos tumultuados e minha mão sangrando, uma lembrança física da traição e do sofrimento que me rodeiam.
Com um suspiro pesado, viro-me em direção ao banheiro, decidido a cuidar do corte na minha mão. Cada passo ecoa no silêncio do quarto, relembrando-me da tensão que se instalou entre mim e Adelaide. Adentro o banheiro e ligo a torneira, deixando a água fria correr sobre a minha mão ferida. O líquido vermelho do sangue se mistura com a água, formando um pequeno redemoinho antes de desaparecer pelo ralo.
Sinto a dor latejante enquanto limpo cuidadosamente o corte, removendo os pequenos pedaços de vidro que se alojaram na minha pele. Apesar do desconforto físico, é a turbulência emocional que mais pesa sobre mim. Enquanto observo a água levar embora o último vestígio do sangue, uma sensação de exaustão se apodera de mim. Fecho os olhos por um momento, respirando fundo, tentando encontrar algum tipo de calma no meio do caos que me cerca.
Quando finalmente termino de cuidar do corte, enfaixo a mão com cuidado e olho para o reflexo no espelho. O rosto que me encara parece cansado e abatido, marcado pelas lutas e desafios que enfrento. Com um último suspiro, viro-me e saio do banheiro, pronto para enfrentar o que quer que o destino reserve para mim. A noite pode estar escura e cheia de perigos, mas estou determinado a enfrentá-la com coragem e resiliência.
Já pronto, coloco meu casaco preto, o toque final em minha vestimenta. Caminho até as sacolas de roupas dela e as viro na cama. Ela, sentada ali, me observa com o cenho franzido, claramente sem entender minha atitude.
Encontro um longo sobretudo entre as peças e o pego, jogando-o em sua direção.
— Toma, veste isso. Esse vestido te faz parecer uma... — minhas palavras escapam num impulso de raiva e desprezo — ...te faz parecer vulgar.
Ela se levanta e veste o casaco, mas com a voz ríspida ela retruca:
— Qual é o seu problema!? Foram as pessoas que trabalham para você que compraram isso para mim.
Encaro-a com um olhar penetrante e um sorriso sarcástico se forma em meus lábios, quando digo:
— Eu irei escolher o que você veste, para que isso não se repita.
Ela sorri de forma debochada, desacreditando da minha autoridade, dizendo:
— Ótimo, já que para um homem problemático que me obrigou a casar com ele, controlar o que eu visto parece nada realmente perto disso.
Sem hesitar, me aproximo dela bruscamente, fazendo-a engolir em seco diante da minha imponência. E digo:
— Quando estávamos fudendo sobre essa cama, você não parecia se importar em estar casada comigo à força.
Diante do meu tom rude e direto, um silêncio tenso paira entre nós, carregado com a energia elétrica de um confronto iminente. Ela mantém seu olhar desafiador, seus olhos faiscando com uma mistura de indignação e coragem.
Sem recuar, ela retruca com determinação:
— Mas isso não significa que vou aceitar ser controlada por você em tudo.
Seus insultos não me afetam, apenas servem para alimentar ainda mais minha raiva. Com um sorriso irônico, aproximo-me ainda mais dela, reduzindo a distância entre nós a nada mais do que centímetros.
— Seja como for, vou garantir que você saiba seu lugar, quer goste ou não. E quanto ao que aconteceu entre nós, foi apenas uma questão de conveniência. Não pense que foi algo mais do que isso.
Minhas palavras são carregadas de desdém e arrogância, mas por dentro, uma pequena parte de mim se pergunta se estou apenas tentando me convencer. Continuando, um sorriso torto se forma em meus lábios enquanto seguro seu queixo com firmeza:
— Mesmo que você relute, seu corpo já provou do prazer que posso proporcionar. Então, ele sempre cederá ao meu toque e comando. Eu sei como fazer você tremer nas bases, querida.
Ela lança um olhar de desafio misturado com um brilho de determinação, mas não recua diante da minha provocação. Sua expressão endurecida revela uma resolução inabalável, ao dizer:
— Pode ter certeza de que o que aconteceu entre nós, foi uma escolha minha, não uma concessão sua.
Sua resposta, embora firme, não diminui em nada minha confiança. Pelo contrário, só aumenta minha vontade de provar a ela quem está no controle. E então digo:
— Você pode pensar o que quiser. Mas, no final das contas, vai ser minha vontade que vai prevalecer. E quanto a nos divertirmos, bem, isso é algo que ainda está em jogo. Afinal, você não pode negar o que sentiu.
Minha voz é carregada de confiança e autoridade, enquanto me afasto dela, deixando-a para trás com suas próprias reflexões. Por mais que ela tente resistir, sei que no fundo, ela não pode negar a atração que existe entre nós. E isso é algo que vou explorar até o limite.
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Atualizado até capítulo 97
Comments
Josefa Fonseca
escroto tem morrer sozinho que raiva
2025-02-17
0
Tania Maria
O medo faz miséria
2025-04-03
0
Ester
que babaca Affff
2025-01-22
0