CAPÍTULO 15

Jaqueline não queria mais fugir do seu destino e muito menos criar personagem para fugir do que sentia. O que ela sentia era muito mais forte do que ela imaginava, aquela conversa estava gostosa demais e sabia que não ia prestar. Lembrou que tinha responsabilidade, e que só podia contar com ela mesma e ajuda da sua tia, agora ela tinha uma filha, e nela que tinha que pensar, se fosse solteira sem filhos podia ir para onde quisesse, mas não era o caso dela, pediu licença para o cavaleiro misterioso e foi até o toalete. Na verdade, ela só ficou observando uma maneira de fugir, e assim que ele foi pedir uma bebida ela conseguiu despistar e fugiu. Deu sorte que havia um táxi perto e ela entrou e foi embora. Ela sabia que no futuro podia se arrepender de ter fugido do único homem que realmente fazia ela perder o controle. E por essas razões, por não conseguir ter o controle que ela fugiu Por gostar de adrenalina e ficar sem respiração e o seu coração sair pela boca! O único que fazia ela tremer o seu corpo, e sentir desejo de ser possuída e ser amada, é justamente esse homem que ela conheceu no passado em São Paulo numa festa de formatura como ela poderia imaginar que ele tivesse morando na cidade onde ela estava agora seriam coisas do destino? Para o único homem que ela se entregou e acreditou ser seu homem e foi desse homem que ela engravidou, algo que não estava em seus planos, nunca quis ser mãe, era fácil ter controle sobre outros homens menos com o misterioso cavaleiro.

Jaqueline era uma mulher forte e decidida independente. Tinha personalidade de enfrentar sem reclamar sem choro, sem mi, mi, como se diz na gíria popular, era uma mulher admirável e por essa personalidade forte e independente que ela não se abalava facilmente e deixava os homens apaixonados por ela. Como foi o líder do PCC segundo ela ficou sabendo esse homem tinha a maioria das mulheres bonitas e fazia delas escravas, e algumas delas se apaixonaram por ele e ele era frio calculista, mas quando a Jaqueline foi a adverso. E isso afunilou numa paixão fulminante que abalou muito a estrutura dele. Então para não colocar sua filha e a família em risco, teve que fugir. Fugindo realmente do passado, um passado que ela queria esquecer para sempre, mas ela estava completamente enganada porque ela nem imaginava que homem que ela fugia ia trabalhar direto como secretária dele, como seria essa convivência. Será que ela vai descobrir que o cavaleiro que ela sentia uma atração irresistível na verdade era seu patrão?

Ainda mais que ela sentia curiosidade em conhecer e só de imaginar que já ficava nervosa mesmo sem conhecer, deveria existir uma explicação. O dia passava e nada dele chamar ela para sala para conhecer. Ela queria saber como ele era, se era tudo isso que as pessoas comentavam nos corredores da empresa? Ou era um herói segundo a sua colega Joaquina desenhou. Para Jaqueline isso deixava ela mais angustiada.

Ela conseguiu fugir do cavaleiro e foi para sua casa tentar dormir, mas a noite foi longa para Jaqueline. Ela pensou que ia dormir sossegada, se enganou redondamente, passou a noite em claro, não conseguiu dormir. Aquele cavaleiro não saia da sua cabeça, carinhoso com as palavras. Ela não estava acostumada a ser tratada gentilmente por um homem. Isso mexeu muito com a cabeça de Jaqueline. Que não era mulher de se apegar a qualquer homem, mas ele estava sendo especial, não podia alimentar esperança de ter qualquer relacionamento, fosse sério ou passageira.

Preservar sua vida pessoal, cuidar do seu emprego que era dos sonhos, e esquecer o homem pelo menos por enquanto. Ela estava feliz, e uma paixão agora poderia atrapalhar seus planos.

Passou o fim de semana, Jaqueline ainda com ressaca bebeu muito na festa e dançou curtiu, mas o cavaleiro misterioso continuava perturbando sua cabeça tirando o seu sossego, seu sono, e sua paz. Como ela iria fazer para esquecer como seria quando ela descobrisse que sua filha era filha do seu patrão?

Chegou segunda-feira e Jaqueline estava de volta ao trabalho e se divertiu bastante, agora ela trabalhando, a última semana de trabalho de sua amiga e colega Joaquina que ia embora para Santa Catarina. Depois ela teria que ficar sozinha e ficar ao lado do poderoso chefão que nem sabia quem era.

— Então amiga, quando é que você vai para Santa Catarina?

— Fim de semana, de sexta para sábado, estou me mudando.

— Eu desejo boa sorte para ti amiga, por pouco tempo que eu te conheço você se tornou a minha melhor amiga.

— Você também, você vai fazer muita falta aqui.

— Eu também!

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