CAPÍTULO 8

Mais um dia cansativo na vida de Jaqueline que chega em casa feliz e realizada com o novo emprego, e para alegria de sua tia que não parava de fazer perguntas.

— Como foi seu dia no trabalho Jaqueline?

— Foi bom, tia, estou aprendendo muitas coisas novas.

— Já viu esse tal CEO?

— Ainda não, só de pensar nessa possibilidade eu fico nervosa sem saber como ele vai me receber, por enquanto ele ainda não se pronunciou para conversar comigo, parece que ele está sentindo muito por Joaquina ir embora.

— Então ele não é tão mal quanto falam seus colegas?

— Pior que não, e Joaquina me alertou para eu ter cuidado com as fofocas se eu quiser me manter no emprego.

— Ela não deixa de ter razão, minha querida sobrinha!

— Porque a tia está dizendo isso?

— Porque eu já passei por diversos empregos e sempre ouvi a maioria das pessoas falarem mal dos seus superiores.

— É verdade, eu também já ouvi muitos falar mal de suas chefias. E por que isso acontece?

— Ninguém aceita ser subordinado, é a falta de humildade das pessoas aceitarem que são inferiores profissionalmente. Elas não aceitam que não fizeram nada para chegar onde o superior chegou. Isso se chama inveja de pessoas pequenas, e essa Joaquina está sendo uma amiga muito importante para você!

— Eu sei disso, tia, vou sentir muito a falta dela quando ela sair.

— Eu entendo, então preste bem atenção no que ela estiver te ensinando, porque depois que ela for embora será com você a bronca, e a responsabilidade de ser uma boa substituta dela. É claro, que te conhecendo bem você não vai só querer ser uma simples secretária, ambiciosa e decidida como você é, com certeza vai querer muito mais além de ser uma secretária, estou certa?

— Está sim, tia. Eu ainda quero estudar e me formar numa executiva de uma grande empresa, amei essa cidade e pretendo ficar aqui, estou pensando em ser dona de uma pousada onde o turismo é forte nessa cidade, e se parece mais um paraíso, um lugar de primeiro mundo que lembra muito a Europa.

E quando eu vi gente falar eu não acreditava, mas agora estou sentindo o quanto é maravilhosa essa cidade, um lugar diferente, cidade limpa e cheirosa, o mundo que deu certo. É aqui, que eu preciso ficar. Então farei o maior esforço para que eu consiga me manter neste emprego e farei tudo para que o CEO se agrade de mim.

— É assim que se fala minha sobrinha desde que você chegou nessa cidade, e aqui na minha casa eu senti que você vai longe, você tem fibra, tem personalidade independente. E se depender de mim vai ter todo o meu apoio, cuidarei da sua filha com maior prazer. Agora você é minha única família, minha sobrinha, e com certeza seus pais terão muito orgulho de você.

As duas conversavam animadamente, e isso motivava ainda mais. Jaqueline estava mais disposta a lutar pelos seus sonhos, e um desses sonhos era permanecer no emprego por um bom tempo, construir uma carreira e com ajuda da sua tia ela ia longe, a primeira coisa que ela precisava era passar o período de contrato e se manter no emprego por mais tempo para adquirir experiência para novos projetos na sua vida pessoal e profissional, embora sendo uma mulher independente e segura de si mesma pelo que ela queria, ainda se sentia insegura porque só falava do tal CEO que ela ainda não teve a oportunidade de conversar com ele, e não sabia qual seria a reação dele quando a conhecesse pessoalmente?

A imagem dele para Jaqueline era que ele fosse um homem arrogante e prepotente que olhava de cima a baixo e julgava a maneira da pessoa usar as roupas e até mesmo a maquiagem, isso segundo as fofocas que ela ouviu pelos corredores da empresa?

Mas ela focou no que dissera sua tia e na sua amiga e colega Joaquina sobre não dar ouvidos às fofocas a respeito do que falavam do CEO não tirar conclusões precipitadas, porque entendeu que em toda empresa existem fofocas intrigas um querendo derrubar o outro. E falar mal do chefe é por inveja e despeito por querer estar no lugar dele.

E nem ela queria pensar nessa forma, estava sabendo com quem estava lidando. Sobre isso ela estava sendo bem avisada, agora era focar em seus objetivos ser simpática sim, mas jamais dar ouvidos às fofocas corriqueiras. Porque sabia que podia contar somente com a sua tia e mais ninguém.

E sendo assim não faria mais parte do grupo de fofoqueiros. Mesmo assim ainda se sentia insegura e não via a hora de ter esse encontro com o seu novo chefe que apenas ouviu falar. E se perguntava a si mesma. "Porque estou me sentindo intimidada com ele se nem cheguei a conhecer ele pessoalmente?".

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