Aldric
Eu olho para o rosto de Catherine e percebo o brilho em seus olhos, refletindo a fascinação que ela sente diante do cenário magnífico à nossa frente. Um sorriso genuíno se forma em meus lábios, transbordando de admiração pelo momento compartilhado.
— É lindo, não é? — murmuro suavemente para ela, deixando que as palavras se misturem ao murmúrio da brisa noturna que acaricia nossas peles.
O brilho prateado da lua ilumina nossos rostos, enquanto nos perdemos na imensidão da clareira, onde o tempo parece suspenso e os segredos do universo se revelam em cada sombra e cada raio de luz. Catherine assente com um leve movimento de cabeça, seus olhos ainda fixos na beleza deslumbrante que nos cerca.
Sinto uma conexão especial se formando entre nós, como se estivéssemos compartilhando não apenas um momento, mas uma experiência única e transcendental que nos uni de maneira indelével. Eu então, um pouco sem jeito, passo a mão pelo cabelo, tentando disfarçar minha falta de jeito diante da situação.
Uma risada tímida escapa dos meus lábios, enquanto sinto o calor do rubor colorir minhas bochechas, revelando minha vergonha por não ter pensado em trazer algo mais confortável para nos assentarmos. Murmuro, envergonhado pela minha falta de previdência, buscando expressar minha sinceridade:
— Desculpe, Catherine. Eu deveria ter sido mais atencioso e trazido uma manta ou algo assim, para nos sentarmos mais confortavelmente. É que, às vezes, minha mente divaga para longe demais...
Catherine sorri gentilmente, como se quisesse me tranquilizar e dissipar qualquer vestígio de desconforto que possa ter surgido entre nós. Seus olhos refletem compreensão e empatia, transmitindo uma sensação reconfortante de aceitação e cumplicidade.
Ela responde com voz suave, demonstrando sua disposição em adaptar-se à situação com leveza:
— Não se preocupe, Aldric. Podemos simplesmente sentar na grama mesmo. Afinal, o importante é aproveitarmos este momento.
Sinto um calor reconfortante se espalhar em meu peito diante das palavras dela, e um sorriso de gratidão brota em meus lábios, enquanto agradeço silenciosamente por sua compreensão e bondade. Juntos, nos acomodamos na grama macia da clareira, sentindo a textura fresca e úmida sob nossos corpos, como se estivéssemos sendo acariciados pela própria terra. O céu estrelado estende-se sobre nós como um manto de infinitude, pontuado por estrelas cintilantes que parecem dançar em harmonia com nossos pensamentos.
O silêncio entre nós se torna palpável, carregado de uma tensão suave e expectativa, enquanto nos perdemos na imensidão do cosmos que se desenrola diante de nossos olhos. A troca de olhares revela que nenhum de nós sabe por onde começar ou como expressar os sentimentos que transbordam em nossos corações.
É como se existisse um oceano de palavras não ditas entre nós, cada uma esperando para ser liberada, mas ao mesmo tempo contida pela incerteza e pela vulnerabilidade do momento. O peso da verdade paira sobre nós, criando um vácuo de expectativa que parece congelar o tempo ao nosso redor.
Então, quebrando o silêncio com um brilho travesso nos olhos, Catherine propõe uma brincadeira para dissipar a tensão que nos envolve:
— Ei, que tal jogarmos um jogo? Cada um faz uma pergunta e o outro precisa responder honestamente. O que acha?
Seu sorriso gentil e o brilho de curiosidade em seus olhos me fazem perceber que essa simples proposta pode ser a chave para desvendar os segredos que nos mantêm cativos. Com um aceno de cabeça, concordo com entusiasmo, ansioso para mergulhar nas profundezas de sua alma e compartilhar os mistérios da minha própria.
Com um sorriso leve, concordo com sua proposta, sentindo uma onda de alívio por termos encontrado um meio de romper o silêncio tenso que nos envolvia. A brincadeira parece ser um convite para nos conhecermos melhor, para explorarmos os recantos mais íntimos de nossos pensamentos e sentimentos.
— Acho uma ótima ideia! — respondo, sentindo a tensão em meus ombros se dissipar gradualmente.
Sorrindo, pergunto:
— Quem vai começar?
Catherine pondera por um momento, os olhos brilhando com uma centelha de curiosidade e determinação. Sorrindo de forma encorajadora, ela diz:
— Eu começo. Qual é o seu maior sonho, Aldric? Aquele que você guarda no fundo do coração e deseja realizar mais do que tudo?
A pergunta dela ecoa em minha mente, fazendo-me refletir sobre meus próprios anseios e desejos mais profundos. É como se uma porta se abrisse, revelando uma parte de mim que raramente compartilho com os outros. Respiro fundo, deixando-me envolver pela serenidade da noite enquanto considero a pergunta de Catherine. Meus pensamentos vagueiam por caminhos desconhecidos, explorando os cantos mais profundos da minha alma em busca da resposta adequada.
— Meu maior sonho... — começo, as palavras emergindo de dentro de mim com uma calma que me surpreende. — Meu maior sonho é poder fazer uma diferença significativa no mundo, de alguma forma. Quero contribuir para tornar o mundo um lugar melhor, onde as pessoas possam viver em harmonia e encontrar felicidade e realização.
Enquanto falo, sinto uma mistura de determinação e esperança inundar meu ser. É como se, ao compartilhar meu sonho com Catherine, eu estivesse dando vida a ele, tornando-o mais tangível e real.
— E você, Catherine? Qual é o seu maior sonho? — pergunto, ansioso para conhecer mais sobre ela e os desejos que a impulsionam.
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Atualizado até capítulo 74
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