Capítulo #06

Chegamos na recepção todos já estavam esperando para irmos almoçar.

Nati: - Nossa, finalmente chegaram, já estava morrendo de fome.

Eu: — Desculpa gente, estávamos numa reunião. Então Rebeca, onde vamos almoçar?

Rebeca: — Tem um restaurante aqui na rua de trás que a comida é uma delícia, porém é um lugar humilde, se não se importarem.

Eu: — Claro que não, a comida sendo boa é o que importa.

Dilan: — Então vamos meninas, que estou faminto.

Fomos andando até o restaurante, quando chegamos fiquei encantada com o lugar, era um ambiente aconchegante, me senti de volta no Brasil, escolhemos uma mesa e fizemos os pedidos, enquanto aguardávamos fomos conversando sobre como foi a manhã de todos.

Eu: - Então Nati, gostou da sua sala?

Nati: — Amiga ela é linda, fica no andar abaixo do seu, ao lado da sala do Augusto, por enquanto só temos nós dois trabalhando e a assistente dele, mas estranhei, porque tem mais salas no andar.

Eu: — O senhor Walter informou que se esse primeiro projeto for um sucesso, vai dar carta-branca para montarmos nossa equipe de engenharia, então acredito que essas salas vazias seja pra isso.

Nati: — Calma aí, uma coisa por vez, fechou um negócio? E como assim montar nossa equipe? Amiga, não brinca com os meus sentimentos, sabe que eu sempre quis ter uma equipe.

Eu: Te juro, não é brincadeira, hoje eu e a Grazi fechamos um ótimo negócio para construção de um prédio no centro de Nova York, e você quem vai comandar o projeto, dando tudo certo vamos decolar.

Todos comemoram a noticia do contrato, começamos com o pé direito.

Eu: - Dilan, vou precisar que cuide dos contratos, tudo bem?

Dilan: - Já estou fazendo isso, o senhor Walter me mandou um e-mail com todas as informações para redigir o contrato.

Eu: — Uau, você já está recebendo e-mails, eu nem liguei o meu computador ainda.

Grazi: — Gente chega de falar de trabalho, fazemos isso no escritório, agora vamos ao que importa, Amélia que homem é aquele, o senhor Walter foi desenhado só pode.

A Rebeca na hora fica toda vermelha, o Dilan faz cara de poucos amigos com o comentário da Grazi.

Nati: - E eu nem tive a oportunidade de conhecer ainda, mas também, o Augusto não fica atrás, gente quando ficamos sozinhos na minha sala quase tive um treco, e que sorriso é aquele.

Rebeca: Os primos Walter realmente são muito bonitos.

Eu: — Eles são primos?

Rebeca: - Sim, e são muito próximos, na verdade, estão mais para irmãos.

Grazi: — E como eles são?

Rebeca: O Augusto é filho único, então é o xodó da mãe dele, nunca ninguém é bom o bastante para seu filho, mas ele em si é muito tranquilo, simpático e divertido, um homem apaixonante. Já o senhor Walter, vocês já devem ter percebido o gênio que ele tem, sempre foi muito focado, e nunca deu bola pra nenhuma mulher, existe o boato que ele teve uma noiva, mas ninguém sabe se é verdade.

As refeições chegaram e começamos a comer, e nossa, estava tão bom que até esquecemos que estávamos conversando, quando acabamos, propus de irmos em uma sorveteria que vi no caminho, todos toparam, então pagamos a conta e fomos.

Eu: — Rebeca, há quanto tempo trabalha na empresa do sr. Walter?

Rebeca: — Já tem uns cinco anos, apesar do jeito do senhor Walter, ele sabe recompensar muito bem seus funcionários, é um ótimo lugar para trabalhar.

Eu: — Espero também gostar. E você Dilan, não contou como foi sua manhã.

Dilan: — Foi tranquila, trabalho do 25º andar junto com os advogados da empresa, são todos bem mais velhos e experientes, então acredito que vou aprender bastante com eles, mas também sei que tenho bastante coisa para ensinar.

O papo estava ótimo, a Rebeca aos poucos está se soltando, logo mais ela fará parte da turma.

Como alegria de pobre dura pouco, olho no relógio e vejo que já passamos trinta minutos do horário de almoço.

Eu: - Gente estamos atrasados para voltar! (Todos olham em seus relógios)

Rebeca: — Minha chefe vai me matar.

Pagamos pelo sorvete e voltamos quase que correndo para empresa. Ao chegar na recepção havia uma mulher sentada no lugar da Rebeca, quando a mesma vê a mulher as suas mãos ficam tremulas, ela está visivelmente apavorada.

Nati: — Quem é aquela?

Rebeca: — É minha chefe imediata, Verônica, ela é horrível.

Quando a mulher finalmente nos vê, ela começa a dar um show tentando humilhar a Rebeca.

Verônica: — Isso são horas de chegar do almoço, você é paga pra que, pra ficar de conversinha com seus colegas? Tá se sentindo muito garota, achando que pode fazer o que bem entende.

Rebeca: — Desculpa senhora, isso não vai se repetir.

Verônica: — Claro que não, porque se acontecer você está no olho da rua, e esse tempo de atraso vai ser descontado do seu salário, pois não vamos te pagar para você ficar vagabundando por aí.

Olho para Rebeca e ela já está com os olhos cheios de lágrimas, não aguento ficar quieta vendo essa situação.

Eu: — A senhora pode por gentileza calar essa sua boca?

Verônica: — Como disse?

Eu: — Isso mesmo que ouviu, cala essa boca! Acha que pode humilhar os seus funcionários dessa forma? Rebeca teve um pequeno atraso, pode acontecer com qualquer um, mas a senhora não estava exatamente trabalhando, pois quando chegamos estava tão focada nas suas unhas que não nos viu de imediato, então me poupe, antes de cobrar um funcionário seja exemplo.

Verônica: — Como ousa falar comigo assim, você não passa de uma empregadinha barata, descartável, quem você pensa que é.

Quando vou abrir a boca para responder, escuto uma voz já conhecida vindo ao meu encontro.

Alex: — Ela é a CEO da nossa nova empresa.

A mulher quando escuta a voz do Alex, fica branca que nem papel, procuro de onde ela veio, e vejo ele vindo do seu elevador particular acompanhado do Augusto.

Os dois vão se aproximando, exalando poder, todos ao redor param e olham discretamente o que está acontecendo, eles chegam até onde estávamos já questionando:

Alex: — Posso saber o que está acontecendo aqui?

Verônica: — Não é nada senhor, apenas tivemos um desencontro de informações.

Não me contenho e começo a dar risada.

Eu: - Como pode ser tão sinica, o que está acontecendo é que essa aí estava humilhando a Rebeca na frente de todos por ela ter se atrasado um pouco do almoço.

Alex: E você não conseguiu ficar quieta, acertei? (Juro que notei um certo humor no seu tom de voz)

Eu: — Óbvio que não, ninguém vai humilhar uma amiga minha.

Alex: — Nossa, menos de um dia já são amigas?

Eu: — Sim, quando somos simpáticos e educados atraímos amizades, mas como saberia disso?

Quando falo isso o olhar do Alex escurece, acho que passei dos limites agora, estou ferrada.

Alex: — Augusto quer ter a honra de resolver essa questão?

Augusto: — Pensei que não iria perguntar.

Ele se vira para Verônica, seu olhar tão sombrio quanto o do Alex.

Augusto: - A senhora ousou ofender uma superior?

Verônica: — Eu não sabia sr. Augusto quem ela era, e agi dessa forma porque ela me ofendeu primeiro.

Ela fala soltando algumas lágrimas, mas era visível que era só pra terem pena dela.

Augusto: — Não interessa, nessa empresa respeitamos à todos, independentemente da função exercida, (Ele precisa lembrar isso para o seu primo), quem você pensa que é pra humilhar uma funcionária, pior ainda na frente de todos, tenho dó de pessoas iguais a você.

Nesse momento o Augusto está visivelmente alterado, não sabia que ele poderia ficar tão parecido com o primo, ele é tão gentil e educado, diferente do Alex, que só sabe tratar mal todos ao seu redor.

Verônica: — Me perdoa sr. Augusto, isso não irá se repetir.

Augusto: — Não mesmo, está demitida.

Verônica: — O senhor não pode me demitir, trabalho aqui à anos, não vou sair por causa de uma qualquer que acabou de chegar e quis brincar de amiga com a inútil da recepcionista.

Minha vontade é de meter a mão na cara dela, mas decido me controlar.

Augusto: — Tanto posso, como fiz, e já que você está tão afim de me afrontar, vai sair sem nada e vou fazer questão de garantir que não irá mais trabalhar em cargo de liderança em lugar algúm.

Ele faz sinal para os seguranças, que retiram a Verônica da empresa. Os dois voltam em direção ao elevador quando o Alex se vira e pede pra eu os acompanhar, agora me ferrei, eu e essa minha língua que não cabe dentro da boca, vou andando em direção a eles, quando me aproximo o Augusto virá pra Rebeca e diz:

Augusto: — Rebeca, a partir de hoje você é a nova chefe do setor, entra em contato com o RH para ajustar o seu contrato.

Rebeca: — Sim senhor, e muito obrigado pela oportunidade.

Augusto: — Disponha.

Alex: - Não faça com que voltemos atrás com essa decisão, senão você vai para o mesmo lugar que o Verônica.

Rebeca: - Não vou descepsiona-los.

Os dois se viram e voltam para o elevador, vou junto e agora é me desejar sorte.

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Comments

Roberta Santos

Roberta Santos

Hum gostei de insignificante tem mesmo que sair adorei esse capítulo

2024-04-30

1

LMCF

LMCF

Ao menos é justo.

2024-04-12

1

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