Capítulo bônus

Alex Walter narrando

O meu nome é Alex Walter, tenho 31 anos, sobre a minha aparência, só preciso dizer que sou o sonho de qualquer mulher, muitas se jogam aos meus pés, mas para ser franco essas mulheres oferecidas me irritam, não entendo qual o problema delas, não se dão valor, não podem ver um homem bonito que se jogam, quando sabem que sou rico então, ficam dispostas a fazerem qualquer coisa, patético.

Estou no aeroporto de Nova York, voltando de uma viagem de negócios na Espanha, quando uma mulher avoada esbarra em mim, só o que faltava.

Amélia: — Sinto muito.

Eu: — Olha por onde anda sua destrambelhada. (Falo antes mesmo de reparar no seu rosto.)

Amélia: — Já pedi desculpas, mas se você não quer aceitar o problema é seu, e outra, não te ensinaram o que é educação não?

Quando a olho fico admirado com a sua beleza, uma morena de tirar o fôlego, mas fico incrédulo ao ouvir as suas palavras, quem ela pensa que é, preciso coloca-la no seu devido lugar.

Eu: — Com quem você acha que está falando?

Amélia: - Com certeza com um babaca, arrogante. Agora da licença que eu tenho mais o que fazer.

Fico queimando de raiva com a ousadia dessa mulher, mas também intrigado, nunca alguém ousou falar comigo dessa forma, resolvo ir atrás dela, porque linda ou não, ninguém me desrespeita, mas, o meu celular começa a tocar e ao ver quem era perco ela de vista.

Ligação on

Eu: — O que quer Augusto?

Augusto: - Priminho, logo cedo já de mau humor.

Eu: — Não enche o saco e fala logo!

Augusto: — Hoje as 13 h você tem uma reunião com a CEO da empresa brasileira que investimos. E já vou te avisar que ela é esperta.

Eu: — Duvido muito, deve ser mais uma mimada que herdou a empresa do pai, ou mais uma interesseira que deu o golpe em algum otário.

Augusto: — Você vai ver por conta própria, até mais.

Eu: - Até.

Ligação off

Saio do aeroporto e vou direto para empresa, o encontro com aquela desaforada me atrasou para uma reunião. Chegando passo na portaria para avisar a recepcionista sobre a reunião.

Rebeca: — Bom dia sr. Walter.

Eu: — Rebeca, hoje vai chegar uma moça brasileira as 13 h para uma reunião, confirma o nome dela com o Augusto, pode mandá-la para minha sala.

Rebeca: - Está bem, tenha um bom dia senhor.

Pego o elevador a esquerda, que é exclusivo meu, detesto pessoas encostando em mim, quando chego no meu andar a minha assistente Débora, está mexendo no celular, que ótimo, quando ela nota a minha presença solta o aparelho e inclina o corpo para frente se insinuando.

Débora: — Bom dia sr. Walter.

Ela fala com uma voz extremamente irritante. Não respondo e vou direto para minha sala, deixo a minha pasta, pego alguns papéis e vou para minha reunião.

Horas depois a reunião acaba, pela primeira vez não consegui me concentrar pensando naquela desaforada do aeroporto, nunca uma mulher chamou tanto a minha atenção.

Estou na minha sala verificando alguns documentos quando escuto uma batida da porta.

Débora: — Com licença senhor, a Amélia da reunião as 13 h está aguardando.

Olho no relógio e já são 12:50, tanto trabalho que nem percebi o tempo passar.

Eu: — Não lembro de ter liberado o tratamento informal nessa empresa.

Débora: — Desculpa senhor, a senhorita Amélia está aguardando.

Eu: — Pode mandar entrar.

Ela vira-se para sair e derruba propositalmente a caneta no chão, se inclina para pegar se empinando na minha direção, ainda um pouco curvada ela da um sorriso, que na cabeça dela deve ser atraente, se desculpa e sai rebolando.

Sinceramente não sei porque ainda não demiti essa mulher, ela se esforça mais em tentar ir para minha cama do que no trabalho dela.

Escuto a porta abrir e não posso acreditar, é a desaforada do aeroporto, ela está olhando para as mãos, como fica linda distraída, resolvo chamar a sua atenção.

Eu: — Boa noite.

Ela levanta o olhar e faz uma cara de espanto, que chega a ser engraçada.

Amélia: — Você!

Após alguns segundos me encarando, ela finalmente diz:

Amélia: — Boa tarde sr. Walter, é um prazer finalmente te conhecer!

Fico incrédulo com a sua resposta, ela não vai fazer esse jogo, não comigo.

Eu: — É mesmo? Não sou mais um babaca arrogante.

Uso as suas próprias palavras, quero ver ela envergonhada implorando por perdão, mas para minha surpresa sua reação é completamente oposta.

Amélia: - Provavelmente é sim, mas sou uma excelente profissional que sabe separar opiniões pessoais de profissionais.

Essa mulher só pode ser louca, já acabei com muitos por muito menos, aí vem ela, que nem tamanho tem, e pensa que pode me desafiar, vou ir levando para ver até onde vai a sua ousadia.

Eu: — Certo, pode se sentar.

Explico para ela sobre os nossos objetivos e no final dou uma alfinetada questionando sobre a sua capacidade, confesso que ela fica ainda mais linda nervosinha. Após me dar uma resposta certeira, coisa que já esperava, ela pega os seus balancetes e plano de negócios e começa a me explicar, na hora deixo os jogos de lado, pois quando o assunto é negócios eu sou implacável, passamos cerca de uma hora trocando ideias, e tenho que admitir, ela não é nada do que pensei, extremamente inteligente e esforçada, com o meu apoio a sua empresa vai chegar onde ela almeja.

Para finalizar explico que ela e a sua equipe trabalhará aqui na minha empresa, e ficarão sobre a minha supervisão, e claro, ela retrucou, mas estou começando a admirar essa sua ousadia, ela não deixa que a pisem, não importa quem seja e isso lembra muito eu mesmo, mas como ela fica linda nervosa, vou continuar provocando.

Levo ela até a sua sala, que fica ao lado da minha, no caminho tenho que colocar a Débora no seu devido lugar, quando entramos ela fica inerte admirando a sala, chego bem perto, de modo que dá para sentir o seu perfume, e dou um pigarreo para chamar a sua atenção, quando vira ela se desequilibra e sem pensar a seguro pela cintura, fico observando seu lindo rosto, até que o meu olhar chega na sua boca, como queria beijá-la aqui mesmo, volto o olhar para o seu e quando vejo que vou perder o controle resolvo me distanciar.

Eu: - Deveria ser mais cuidadosa senhora Rodrigues.

Isso foi suficiente para raiva dela voltar, como sei disso, ela fica toda vermelha, após algumas respostas bem elaboradas falo que ela e a sua equipe começarão na segunda e nos despedimos.

Volto para minha sala, ela está de costas esperando o elevador social, não consigo me aquietar, o que essa mulher tem que mexe tanto comigo, como eu desejo estar com ela, sem pensar tiro o paletó e a gravata, abro a camisa, pois parece que estou em chamas, sento na minha cadeira tentando acalmar o meu corpo, mas só vem a imagem dela na minha mente, sinto que estou sendo observado e quando abro os olhos a razão para o meu descontrole está bem na minha frente.

Eu: — O que faz aqui?

Amélia: — Me desculpe ter entrado, como bati e ninguém respondeu pensei que não estava, esqueci a minha bolsa.

Precisava que ela saísse daqui, senão perderia o controle.

Eu: — Pois bem, pegue, ou vai continuar me admirando?

Ela pega sua bolsa e sai, mas pela primeira vez vi algo em seu olhar que não era raiva, era uma mistura de vergonha e arrisco dizer de desejo.

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Comments

Roberta Santos

Roberta Santos

Hum só está começando

2024-04-30

2

LMCF

LMCF

Adoro reciprocidade...

2024-04-12

1

Ver todos

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