Capítulo #16

Eles estavam com os olhos vidrados em nós, confesso que achei interessante provocar esse tipo de reação, quando finalmente chegamos, passei pelo Alex como se nada tivesse acontecido e sentei numa cadeira um pouco afastada de todos.

Alex vem na minha direção com o olhar escuro, e com isso sei que está tomado pelo desejo, o que me faz tremer, ele chega e fala sussurrando.

Alex: — Isso vai ter volta.

Eu: — Isso o quê? (Falo com a minha melhor cara de inocente.)

Alex: - Isso.

Ele fala pegando a minha mão e coloca sobre a sua bermuda, na hora fico completamente envergonhada, porém, parece que o meu corpo se acendeu com o toque, mas rapidamente recupero o controle e puxo a minha mão.

Eu: — Ta maluco.

Alex: — Por você, como eu disse, vai ter volta.

Ele da um sorriso e vai conversar com o resto do pessoal, eu fico ali, sentada, sentindo o meu rosto arder e uma corrente elétrica passando pelo meu corpo, está cada dia mais difícil resistir a ele, sinto que estou perdendo o controle do meu corpo, mas ainda não estou pronta para ir adiante. Saio dos meus pensamentos quando escuto a voz da Nati.

Nati: — Amiga, precisamos de reforços!

Levanto-me e vou até eles, quando chego escuto o Augusto dizendo:

Augusto: — Aposto que foi ideia sua dona Natália!

Eu: - Qual ideia? (Pergunto tentando me inteirar do assunto.)

Augusto: — De tentar nos enlouquecer, sabe o que fizeram conosco?

Quando Augusto pergunta isso, lembro do que o Alex fez a minutos atrás e o meu corpo volta a ferver, só o que me faltava.

Nati: — Sinceramente não sei do que você está falando, não temos culpa se perdem o controle só de verem a gente andando, agora vou fazer uma batida sem álcool, alguém quer? (Ela pergunta indo em direção ao bar.)

Eu: - Eu quero.

Dilan: — Faz uma para mim também.

Augusto: — Sério, essa mulher ainda vai me matar.

Victor: — É meu primo, está mesmo de quatro pela brasileira.

Augusto: — Deixa você encontrar a mulher certa para ver como vai ser.

Victor: - Prefiro a curtição, mas quem sabe ela não esteja por perto.

Ele fala isso olhando para Rebeca que percebe e fica com o rosto todo vermelho. Continuamos conversando e a Nati traz as bebidas, a minha como sempre de maracujá.

Nati: — O que eu perdi?

Grazi: - Os rapazes juraram vingança, mas ainda não sei o porquê.

Dilan: — Ainda se faz de desentendida.

Não achei que a nossa brincadeira fosse afetar tanto eles, talvez o Alex que está a um bom tempo sem fazer nada, mas até o Dilan que é todo sereno perdeu o controle, vai entender a cabeça de um homem.

Eu: — Gente, o papo está ótimo, mas vou pular na piscina, alguém topa.

Rebeca: — Eu vou.

Saímos em direção a piscina, quando chegamos eu entro pela escada, afinal quem não tem tamanho não pode ficar se arriscando, a Rebeca é mais corajosa e dá logo um pulo.

Eu: — Menina ta doida, e se você se afogar?

Rebeca: — Relaxa, fiz aulas de natação, se quiser te ensino.

Eu: — Valeu, mas sou covarde demais para isso, agora mudando de assunto, está se divertindo?

Rebeca: — Estou, no começo estava apreensiva, porque todos têm cargos na empresa mais elevado que o meu, mas quando vi que até o nosso CEO está me tratando como igual, consegui relaxar.

Eu: - Isso mesmo, o segredo é saber separar as coisas, eu e o Alex namora, mas quando estamos na empresa e o assunto é trabalho agimos com o maior profissionalismo, porque senão vira bagunça.

Rebeca: — Mas vai me dizer que nunca aprontou nada no escritório?

Eu: - Só alguns beijos, mas e você?

Rebeca: - O que têm?

Eu: - Você está solteira, o Victor também, será que rola?

Rebeca: — Apesar de ele ser muito gato e gente boa, achei um pouco galinha, e depois do Sérgio, melhor eu ter certeza antes de me relacionar de novo, não quero sofrer.

Eu: — Você está certa, vai no seu tempo.

Continuamos a conversar até que a Grazi e a Nati se juntam a nós na piscina.

Eu: — Cadê os rapazes?

Grazi: — Foram se trocar para entrarem na água também.

Nati: — Aposto que eles vão querer dar o troco, e o negócio é o seguinte, por mais gostoso que eles sejam, não vamos ficar babando, vamos continuar a conversar e fingir indiferença.

Eu: — Mas por quê?

Grazi: — Quanto mais nós atiçarmos, melhor será a nossa noite.

Nati: — Falou tudo, no começo foi só brincadeira, mas já que eles ficaram daquele jeito, vamos tirar proveito.

Eu: — Vocês não existem.

E foi como a Nati disse, um tempo depois eles chegam só de sunga, óculos escuros e uma toalha no ombro, uma visão que preencheria qualquer sonho erótico, quando o meu olhar foca no Alex, volto a sentir uma corrente elétrica pelo meu corpo, mas não posso deixar transparecer, então viro—me para as meninas.

Nati: — Agora entendi a reação do Augusto.

Grazi: — Para de fogo, você que teve a ideia, agora aguenta.

Ficamos conversando, fingindo indiferença, quando sinto o Alex abraçando-me por trás.

Eu: — Oi, nem vi você chegando. (Falo me segurando para não rir.)

Alex: — Não?

Eu: - Não, estava distraída conversando com as meninas.

Dá até dó da carinha que ele faz, percebo que as outras meninas também se fizeram de desentedidas, elas estão mesmo afim de torturar os seus companheiros.

Ficamos um tempo na piscina e depois fomos almoçar, quando vi a mesa fiquei com água na boca, eles fizeram churrasco como no Brasil, carne, linguiça, asinha, pão de alho, farofa, arroz, vinagrete, maionese, até queijo coalho tinha.

Alex: — Gostou?

Eu: — Se eu gostei, eu amei, obrigada.

Alex: — Sabemos como sentem falta do Brasil, então fizemos essa surpresa.

Eu: — Você é incrível!

Vou em direção a mesa fazer o meu prato, que por sinal ficou gigante, todos fazem o mesmo, estava todo maravilhoso, me senti em São Paulo novamente, não se ouvia conversa, estavam todos ocupados de mais saboreando, eu estava me acabando no pão de alho.

Victor: — Vocês brasileiros sabem como comer, isso está uma delícia.

Rebeca: — Está mesmo, nunca tinha comido churrasco assim.

Grazi: — O Brasil tem uma das melhores culinárias do mundo, da próxima fazemos feijoada.

Alex: - Então vamos ter que marcar o mais rápido possível.

Augusto: — Concordo.

Nati: — Cuidado que desse jeito vai perder os gominhos.

Augusto: — Isso nunca.

Após almoçarmos ficamos conversando um tempo antes de voltarmos para piscina, noto que o Victor não tira os olhos da Rebeca e as vezes da até algumas investidas, mas ela não retribui e ele fica visivelmente frustrado. Depois de uma hora voltamos para piscina e ficamos o restante do dia lá, conversando e bebendo vários drinks.

Já era final da tarde, estava sentada na beira da piscina observando o pôr do sol quando o Alex se senta ao meu lado.

Alex: — Não vai mesmo tentar nadar?

Eu: — Melhor não, tenho muito medo.

Alex: — Não precisa ter medo, entra comigo?

Eu: — Entro, mas não vou sair da beirada.

Alex: — Tudo bem.

Entramos na piscina e o Alex me abraça por trás.

Alex: — Está gostando do nosso dia?

Eu: — Estou amando, está tudo perfeito.

Alex: — Não pense que eu me esqueci.

Eu: — Do quê?

Alex: — De como você me deixou mais cedo, falei que teria volta.

Eu: — Não pensei que fosse ficar daquela forma, foi uma brincadeira que fizemos.

Alex: — E como não ficar, você é uma delícia, vindo na minha direção daquela forma, a minha vontade era te levar para o quarto na mesma hora.

Eu: — E, porque não levou? (Falo provocando.)

Alex: — Melhor não me provocar hoje, porque se eu te pegar, só vou parar quando você gritar o meu nome.

Fico sem saber o que responder, o meu rosto fica quente.

Alex: — Sabia que fica linda quando está com vergonha?

Eu: — Não estou com vergonha.

Alex: — Então está vermelha de excitação?

Eu: — Não se pergunta uma coisa dessas para uma dama. (Falo tentando disfarçar.)

Para minha sorte somos interrompidos pela Nati.

Nati: — Amiga, o Augusto convidou todo mundo para dormir aqui e amanhã cedo irmos para a praia, vocês topam?

Alex: - Eu já iria ficar, tenho o meu quanto aqui, e você Amélia, aceitar dormir aqui comigo?

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***