Capítulo 05.

...Isis....

Sinto meu coração disparar no peito como louco.

Rafael e eu nos olhamos em completo silêncio. Por alguns segundos, eu poderia jurar que dava para ouvir meu tolo coração.

Não entendo o porque estou assim. Se passou quase um mês, nunca estivemos tão próximos quanto naquela noite em que nos conhecemos.

Seu peito subia e descia rapidamente, ele parecia querer dizer algo, mas nada saia. Então, sou a primeira a falar:

— Obrigada... Acho que teria me molhado toda.

— Pegar ônibus a essa hora é perigoso.— repetiu.— Por que não preferiu um Uber? Táxi?

— Também são perigoso. Até eu estar com você aqui é perigoso.

Os olhos azuis de Rafael passam por todo meu rosto. Um pequeno sorriso se estica no canto de sua boca.

— Estar comigo é perigoso?— murmurou.— Por que?

Mordo meus lábios de leve, sem saber o que dizer.

A verdade é que o perigo sou eu mesma. Eu não aguentar ficar perto de si sem querer lhe tocar.

As palavras de Manuela passam a rondar minha mente. Talvez minha amiga estivesse certa, falta adrenalina em minha vida, tudo o que tenho feito são pelo outros e nunca por mim. Porém, seria arriscado demais...

— Porque sinto vontade de te beijar.— deixo escapar.— Olha, podemos ir?

Ele parecia um tanto desconcertado após minha resposta. No fundo, eu queria rir de sua expressão. Era fofa.

Rafaela apenas assente e passo meu endereço a ele, que segue caminho.

[...]

Fomos o caminho todo em silêncio. Meus pensamentos estavam longe e posso dizer que o de Rafael também.

Em alguns minutos, ele estacionou o carro em frente minha casa. Olho rapidamente para o belo homem.

— Obrigada pela carona, Rafael.

Estava prestes a abrir a porta e meu guarda-chuva, quando ele, com delicadeza, segurou em meu braço.

— Isis, espere.— pediu, me olhando.— Ainda quer me beijar?

Nada respondo. Não podia lhe dar esperanças.

Por mais que Manu esteja certa, não posso me arriscar. Não tenho muitos privilégios na vida, perder a vaga na faculdade seria burrice.

— Eu também quero te beijar.— continuou, me deixando surpresa.— Te ver sempre e não poder te tocar, tem sido uma tortura.

— Eu não entendo.— murmuro.— Só ficamos uma vez, por que queremos tanto nos beijar?

— Também não sei. Mas sei que quero te conhecer, Isis. É uma loucura tudo isso, mas... não sei explicar.— Riu baixo.— Só quero.

Novamente meu coração disparou.

— Eu também quero, Rafael. Mas como eu disse, sou bolsista... Olhe minha casa — Aponto —, é bem simples, não tenho tanta condição de vida.

— Isis, fora da faculdade ninguém tem nada a vê com nossa vida. E, para não te prejudicar, podemos sair às escondidas.— Ele retira o cinto de segurança e segura em minhas mãos, olhando no fundo de meus olhos.— Sei que pediu para que eu ficasse longe, tratasse apenas como aluna, mas isso está sendo insuportável para mim. Também não entendo esses sentimentos malucos, mas desde aquela sexta eu venho pensando em você, nossa conversa foi tão boa, tranquila... Quero repetir aquela noite, Isis. Quero te beijar de novo.— Leva minhas mãos para perto de sua boca.— Quero te foder de novo. Te conhecer.

Eu não sabia o que responder, isso tudo é estranho, mas eu queria, sabia que sim.

Estava na hora de eu pensar um pouco em mim, agir para algo que tenho vontade.

Me inclino no banco e, sem dizer nada, agarro a nuca de Rafael e colo meus lábios nos seus, iniciando um beijo selvagem, cheio de desejo e saudades.

Nossas línguas se encontraram e começaram uma grande batalha. Com a ajuda de Rafael, subo para seu colo, já sentindo seu membro duro batendo em minha bunda.

— Rafael.— gemo, voltando meu olhar para ele.— Foda-se que você é meu professor. Eu te quero, quero te conhecer e repetir tudo aquilo, várias e várias vezes.

— Porra, Isis.— Murmurou, sorrindo.— Sai comigo amanhã depois da aula? Esperamos todos saírem para irmos?

— Em mais uma sexta.— Solto um riso curto.— Claro, mas é perigoso alguém nos ver.

— Pode ir para minha casa. Preparo um jantar bem gostoso.

Sinto um arrepio se passar por minha espinha.

— Você cozinha?— Ele assente.— Eu amo homens que cozinham.

— Então, encontrou o cara certo.

Sorrio de lado e assinto, voltando a beijar seus lábios.

Talvez fosse arriscado demais, mas era um risco na qual eu iria correr.

Rafael abaixa todo seu banco nos fazendo deitar. Ele pede para que eu pegue uma camisinha no porta luvas e assim faço, deixando no banco ao lado.

Nosso beijo era desesperado, Rafael passa a lamber meu pescoço me fazendo arrepiar. Ele retira minha blusa e faço o mesmo, suas mãos apertam meus seios me fazendo gemer. Aos poucos fomos nos livrando das roupas, ele abaixou sua calça e eu, com dificuldade, retirei a minha.

Vou para o banco do lado e me ajoelho, abocanhando o membro duro dele, o fazendo gemer.

— Oh! Que boca mais gostosa, Isis... Caralho, vai.

Faço movimentos de vai e vem, intercalando entre garganta profunda e bater uma punheta. Deixo todo seu pau babado e coloco a camisinha. Eu já estava toda molhada e louca de excitação.

Volto para cima de Rafael e me encaixo em seu membro. Desço devagar ouvindo seu gemido rouco, me movo lentamente, aumentando a velocidade aos poucos.

— Ah, Rafa... Que pau gostoso!

Ele me segura e passa a bombar com rapidez dentro de minha intimidade. Nossos gemidos se misturam e eu já estava quase gritando de tanto prazer. Resolvemos mudar a posição e vamos para o banco de trás, fico de quatro e ele mete de uma vez, me fazendo gritar.

— Calma gata.— Ri de maneira rouca, tampando minha boca.— Se gritar assim, seus pais vão ouvir.

Sorrio maliciosa e mexo minha bunda em seu pau. Rafael deixa um tapa forte no local e passa a bombar novamente, agarrando meus cabelos.

Já estávamos suados, o calor de nossos corpos e o tesão era grande demais.

— Ah, porra, vou gozar.— grunhiu.

— Goza, Rafa. Goza pra mim vai.— peço manhosa.

Rafael passa a me penetrar ainda mais rápido, não demorou muito para que ele se desmanchar soltando todo seu gozo dentro da camisinha. Ele se joga para o lado e ofegantes nos beijamos.

Nesse momento, percebo que fiz a escolha certa.

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