Bruna

Término meu banho e vou procurar o que vestir. Escolho um vestido branco meio comprido de renda. Penso em fazer um penteado, mas, desisto e deixo o cabelo solto.

Droga. Uma maquiagem cairia bem. Mas meus estojo de maquiagens está no meu apartamento.

Mordo meu lábio inferior com nervosismo. Sempre gosto de passar uma maquiagem, só que, dessa vez vai ficar para a próxima.

Vou até o espelho e fico contente com o que vejo. Depois de pegar um par de saltos brancos, eu puxo um pouco de ar e tomo coragem para sair do quarto.

Vamos lá Bruna. Você consegue!

Assim que vejo Max na cozinha minha respiração trava. Ele também tomou um banho e trocou de roupas. Agora ele usa uma camisa casual simples de cor cinza, uma calça moletom de branca. É incrível que mesmo assim, tão casual, ele fique muito bonito.

Você não é safada Bruna.

Tento repetir essa frase como um mantra na minha cabeça, mas, não está funcionando

nem um pouco. Meus olhos continuam grudados no belo e grande traseiro de Max. Sim, ele tem uma bela bunda, e por incrível que pareça, ela parece ainda melhor nessa calça moletom.

Engulo em seco e tento desviar o olhar.

Como um homem pode ter uma bunda dessas? Isso deveria ser um pecado.

Penso distraidamente e desolada.

Max se vira enquanto mastiga algo.

— Ei! Estava te esperando.

Ele sorrir distraidamente enquanto continua mastigando. E eu faço uma nota mental para pedir que ele pare de sorrir tanto na minha direção. Todos esses sorrisos perfeitos dele não estão me fazendo bem.

— Desculpa a demora. — dou um pequeno sorriso de desculpas.

— Tudo bem.

Ele faz aquela maldita coisa de novo de sorrir.

— Uau! Você está muito linda Bruna.

Fico corada com o elogio dele, e se não estou enganada, ele me avalia com um olhar lento de cima a baixo. Sinto um embrulhar no estômago com ele me olhando assim. Minhas mãos ficam nervosas e suadas, minha respiração acelerar e não consigo mover um músculo do meu corpo. Max não está me olhando como se para comprovar que estou bem arrumada. Não, ele está descendo seus olhos intensamente por todo meu corpo, como se estivesse me despindo mentalmente. Pelo menos, é assim que estou me sentindo. Como um animal intimidada por um predador superior.

Espera. Eu que deveria ser o predador aqui.

Quando enfim, os olhos dele voltam a encarar os meus, sinto uma intensidade tão grande vindo daqueles olhos castanhos, como se uma conexão fosse criada. Não sei se Max sente o mesmo, mais, ele engole em seco e puxa assunto desviando os olhos de mim.

— Hã... A comida já chegou. Vamos para a mesa?

Solto o ar devagar tentando controlar minhas emoções.

— Claro. — dou um sorriso fraco.

Max e eu andamos até a mesa de jantar. Que para minha supresa. Estava bem arrumada. Com taças muito lindas, uma garrafa de vinho, e até mesmo um pequeno vaso com um delicado arranjo de flores no centro.

— Nossa. — fico boquiaberta.

— Desculpa fazer tudo isso sem te perguntar. Mais queria fazer um jantar legal para nós dois. Geralmente eu não tenho visitas assim. Então, queria ter um ambiente legal enquanto comemos.

Max dar um sorriso nervoso enquanto leva a mão para coçar a cabeça. Esse gesto faz ele parecer muito maia jovial e descontraído.

— Eu agradeço.

Falo gentilmente com um sorriso olhando para ele.

—Bem, vamos comer então.

Max anda até uma cadeira e a puxa para eu sentar. Fico muito encantada com essa ação dele. Por que, qual homem ainda faz isso hoje em dia?. Depois que estou acomodada na minha cadeira, Max puxa uma de frente para mim e se acomoda também.

Max serve a comida e o vinho para nós dois.

Quando ele vai colocar o vinho na minha taça. Ele para ligeiramente.

— Ops. Acho que devemos diminuir a sua quantidade de vinho por essa noite.

Olho para ele sem entender.

— Por que?

Max me lança um sorrisinho pretensioso e cheio de maldade.

— Não queremos que alguém suba na mesa e comece a cantar igual louca, não é mesmo?

Fico espantanda com a audácia dele. Porém vejo nos olhos dele um toque de diversão. Resolvo entrar já brincadeira.

— Bem... Você deveria se sentir privilegiado.

Digo com toda confiança e soberba.

— Ah! É mesmo?

— Sim. você foi o primeiro a ter uma amostra particular do meu talento musical.

— Ohhh. sim. Eu lembro do seu grande talento musical. Nunca poderei esquecer. Como posso esquecer a sensação de quase ter meus tímpanos danificados?

Eu tento parecer horrorizada e zangada, sem sucesso. Eu começo a rir.

— Você é terrível Max!

Falo ainda rindo muito.

— Nem tanto. Mas, eu posso ser.

A forma como a voz dele sai baixa e um pouco arrastada, me tem em alerta. Eu paro de rir automaticamente, e lá está aquela intensidade novamente, preenchendo o espaço entre nós e me deixando confusa.

— Hã... Creio que pelo menos uma pequena taça de vinho não caia mal.

Max pisca como se estivesse saindo de um transe. Ele finalmente serve meu vinho. Bem, ele nem encheu minha taça até a metade. Não posso culpa-lo, sou uma péssima cantora.

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