Bruna

Desligo o meu telefone e espero por Max. Depois de alguns minutos o carro dele para na minha frente. O vento gelado do clima chuvoso bate no meu rosto fazendo-me perceber o quão frio está.

Olho para a pequena cobertura que me protege dos pingos gelidos da chuva, e percebo que terei que deixar o seu abrigo para poder entrar no carro.

Droga! Eu não queria me molhar. Mais, tudo bem. São só algumas gotas de chuva.

Tento me convencer enquanto estou criando coragem para dar o primeiro passo para fora da cobertura. Só que Max é mais rápido. Ele abre a porta do motorista e desce com um guarda chuva. Ele o abre e caminha na minha direção. Noto um lindo sorriso nos lábios dele, e esse sorriso fica maior quando ele chega mais perto de mim.

— Parece que o céu está desabando.

Ele observa, sorrindo ainda mais largo enquanto fala isso e fixar os olhos nos meus. Por um tempo eu fico hipnotizada e apenas o encaro. Não sei se fico assim por causa do sorriso perfeito dele de dentes brancos ou se é a incrível e linda cor de caramelo dos olhos deles.

— Bruna!? Podemos ir?

Meu transe é quebrado quando Max me chama. E pelo sorrisinho convencido no rosto dele, eu fiquei tempo demais o admirando e fui pega no ato.

Sinto minhas bochechas esquentarem levemente. Nesse momento eu gostaria muito de vira uma pequena mosca e sair voando ou então me enfiar em algum buraco.

— V...V...Vamos, estou doida para chegar em casa.

Por um breve momento eu vejo algo brilhar nos lindos e intensos olhos castanhos de Max. Mas é tão rápido, que, assim que vem, se vai. E eu me pergunto se realmente esteve lá ou se foi apenas uma alucinação.

Max espera que eu entre em baixo do guarda chuva para mim levar até a porta do passageiro. Ele a abre e espera até que eu entre no carro para não me molhar. Porém, assim que sento e Max fecha a porta, eu percebo que isso foi uma má ideia. O cheiro dele está impregnado em todo o carro. E para o meu azar, é um cheiro delicioso, que me faz querer sentir da própria pele dele.

Eu deveria ter pegado um táxi, um Uber ou ido andando mesmo. Será que ainda tenho tempo para fugir?

Eu nem preciso ter o trabalho de mim auto responder. Por que, nesse momento Max entra e da partida no carro.

O trajeto do meu local de trabalho até o apartamento e feita em silêncio. Eu particularmente passo todo o caminho tentando não me sentir atraída pelo cheiro de Max. E ao mesmo tempo, não senti-lo parece uma tortura sem fim.

Para o meu alívio algumas horas depois nós estamos estacionando na garagem do prédio. E assim que posso, eu abro a porta do carro e saio rapidamente.

Eu nunca pensei que poderia dizer isso, mais...

Puta merda. Eu consigo ficar excitada por causa de um cheiro.

Max exala um cheiro meio adocicado e picante ao mesmo tempo. Ironicamente, me lembra a mistura de chocolate com pimenta. Eu só não sabia que um simples cheiro poderia mexer tanto comigo. E pela minha curiosidade eu fico tentada a saber se esse cheiro é provido de algum produto cosmético que ele usa ou se é um cheiro natural dele.

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