Max

Dia Da Festa

— Você está ótimo Max. — Lucas diz enquanto olha a roupa que escolheu para me essa noite.

Sorrio para o elogio dele.

— Você diz isso pra todos os seus clientes, eu sei que diz. — o provoco brincando um pouco.

— Fofinho eu só elogio quem é provido de beleza. Não saio por aí elogiando qualquer burucutu.

Lucas coloca a mão sobre o peito, seu rosto dá a indicação de incredulidade e ofensa.

— Ah ah ah!

Não consigo evitar de rir dele.

— Certo "docinho" — uso uma voz um pouco sedutora e ao mesmo tempo sarcástica — Vou acreditar em você.

Lucas pode ser muita coisas, no entanto não existe a doçura no seu vocabulário. Ele é muito irritado, sem paciência, e bastante explosivo. Explosivo até demais para um Estillista pessoal.

— Aiii viado, para com isso. Quer me fazer molhar as calcinhas?

Eu sei que ele está me zoando, somos conhecidos, amigos, e ainda por cima sou seu cliente mais fiel.

— Kkkkk, Você ainda não ficou? — o encaro de forma atenta pelo espelho.

— Verdade, já fiquei. — Ele diz com uma cara séria e meio sem graça.

— Por um momento achei que meu encanto tinha acabado — sorrio provocativamente para ele.

— Ahhh safado! Sem vergonha! Sedutor de homens puros e inocentes como eu! — fala todo melodramático. — Você só pode ser um Incubus disfarçado de um homem bonitão!

— kkkkk, vou fingir que entendi o final — olho para meu reflexo no espelho. — Não acha que essa calça tá moldando coisas demais?

— Está perfeito — Ele olha descaradamente para minha bunda. — Nossa senhora! Está mais que perfeito, que bun...

— Lucas...

— Oh! Desculpe — Ele dar um sorrisinho que mostra que não está nem um pouco arrependido.

【Quinze Minutos Depois】

Eu passeio pelo salão comprimentando os convidados. Mesmo que eu esteja feliz por ver vários amigos e rostos conhecidos, eu estou mais ansioso para ver meu filho e a sua noiva.

Uma movimentação na porta da frente chama minha atenção, eu não tenho uma boa visão da onde eu estou, mais consigo ver uma moça em uma vestido vermelho chamativo. Quero olha-lá melhor, mais minha atenção é roubada por um amigo que veio me comprimentar.

— Pai...

Eu ouço a voz de Gabriel soar atrás de me.

Eu me viro para comprimentá-lo. E é então que eu a vejo alí, de pé parada ao lado de Gabriel.

O vestido que ela usa é bem mais chamativo do que eu notei de longe, um vermelho vibrante, essa cor faz contraste com a cor clara da sua pele, uma longa cascata de cabelos pretos se destaca também, e por Deus, seus olhos são tão lindos e redondos, sua íris possuem uma cor bem clara de verde, no entanto seus lindos lábios meios carnudos e pequenos capturam minha atenção.

Eu tento não parecer tão abobalhado, então foco minha atenção no meu filho.

Estou tentando desesperadamente não olhar para ela. Só que, quando ouço sua risada baixa e fofa, eu não consigo me conter.

— Parece que a jovenzinha está se divertindo — sorrio para ela.

Ela imediatamente para de rir e olha para me. E que Deus me ajude, mais pude sentir a terra tremer à baixo dos meus pés assim que nossos olhares se cruzaram.

Rapidamente eu sei que essa mulher é um perigo para me, parece que milhões de sinais piscam na minha cabeça para eu não chegar perto dela, Mas outro parte minha quer chegar nem perto.

— A gatinha não fala? — provoco um pouco ela.

Eu não cheguei até onde cheguei por acaso, nesse mundo de negócio você tem que saber com quem de relacionar e com quem não. Então posso dizer que avaliar as pessoas é um ponto forte meu.

E a minha intuição diz que essa gatinha tem garras, só que só usa quando provocada. E por algum motivo estranho eu me pego querendo vê-la em ação.

— E... E... E...

Ela tenta formar uma frase. Posso ver que ela está bem nervosa. E isso me deixa ainda mais atraído por ela.

— Não precisa ficar nervosa, eu não mordo

Assim que as palavras saem da minha boca, eu me arrependo.

Merda Max! Mantenha a cabeça no lugar! - Repreendo a me mesmo.

Ela tenta parar de falar, e simplesmente passa a me encarar. Ela faz uma expressão séria e de desagrado com a minha brincadeira.

Ela fazer isso, sem mostrar um pingo de medo, mostrar que eu estava certo, ela tem garras.

— Pai, para com isso, eu vim aqui para você conhecer minha noiva - Gabriel fala meio inquieto.

Quando ele diz isso eu viro minha atenção a ele. Fico grato por ele ter chamado minha atenção, sinto que se ele não tivesse feito isso eu não conseguiria tirar meus olhos dela tão cedo.

— Sim. Me desculpe filho, sua amiga é bem divertida. Então... vamos ao que interessa. — sorrio para ele.

Eu nem tinha prestado atenção, mais vejo a moça que estava com ele há alguns dias atrás.

— Você deve ser a grande mulher não? -sorrio na direção da outra moça.

Nesse momento tanto Gabriel como as duas mulheres ficam em silêncio total.

— Pai, não é ela.

Issa afirmação de Gabriel me deixa confuso.

— Hora então quem...

Quando estou prestes a expressar minha dúvida, uma voz doce preenche o ambiente.

— Sou eu.

A amiga de Gabriel fala toda orgulhosa.

Sinto como se tivessem jogado um balde de água na minha cara.

— Isso certamente é uma surpresa — consigo dizer.

Olho para Gabriel sem entender. Ele fica visivelmente nervoso.

Logo uma luzinha acende na minha cabeça, e tudo começa a se encaixar. Eu já sei que Gabriel está traindo essa moça. E essa informação não cai nada bem.

— Se me derem licença — falo meio áspero e irritado.

Estou irritado com Gabriel por estar mentindo assim na cara de pau para essa menina. No entanto, fico indeciso se devo contar ou não, afinal de contas, nós acabamos de nós conhecer.

Depois de um tempo de conversa com outros convidados para esfriar minha cabeça e organizar meus pensamentos, eu vejo Gabriel sair de mãos dadas com a sua noiva.

Eu esperava poder arrumar uma desculpa e conversar com ela em particular. Como ela já saiu, decido esperar eles voltarem.

Depois de um tempo esperando, eu vejo a noiva do meu filho passar correndo pelo quintal.

O que ela pensa que está fazendo? Será que ela não ver que pode cair correndo desse jeito com esses saltos altos?

Decido ir atrás dela. Quando chego perto, a vejo abaixada na frente na minha cabeça, chorando.

— Está tudo bem?

Por mais que eu tenho falado de uma forma gentil, ela se assusta e quase pula em cima de me.

— Oh! Me desculpa

Ela faz um cara bem arrependida.

— Tudo bem, não se preocupe — Me abaixo ao lado dela — O que aconteceu? Por que está chorando? Foi o Gabriel?

Inexplicavelmente eu fico muito preocupado com ela.

— E... Ele...

Ela não consegue formar uma frase completa, começa a chorar de novo.

Acho que ela descobriu, O que devo fazer?

Minha cabeça começa a trabalhar em como eu posso ajudar ela.

Quando vejo seus olhos redondos todo marejado, eu tomo a decisão de fazer tudo o que estiver ao meu alcance.

— Você gostaria de ir para casa? Eu posso levá-la. — pergunto a ela.

— E...Eu... N...Não Que...ro

Droga, Ela ainda está chorando muito.

Fico um tempo pensando no que devo fazer.

— Então venha pra casa comigo. — estendo a mão para ela.

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