Bruna

Max me levou para um dos quartos de hóspedes.

— Tem toalha no armário e vários produtos de higiene no banheiro. Os sabonetes estão no armário na parte de baixo. Então fique a vontade. — Ele sorri de forma gentil.

— Você está praticamente me empurrando para o banheiro. Eu estou tão feia assim? — olho para ele desconfiada.

Max pela primeira vez desde que o conheci desvia os olhos dos meus e fica visivelmente indeciso.

— Você quer a resposta de um homem sincero ou de um homem cavalheiro? — Ele questiona levantando uma sombrancelha.

— A sincera. — digo decidida

Max movimenta a mão no cabelo o bagunçado.

— Ok, mais lembre-se que foi escolha sua. — me adiverte — Está... horrível. Sua maquiagem está toda borrada.

Fico boquiaberta com ele.

— Você realmente falou isso!? — pergunto incrédula.

— Você que escolheu! — Ele me lembra enquanto levanta as mãos para o alto.

— Ahhhh — suspiro derrotada. — Muito ruim?

Ele balança a cabeça em um sim silêncio enquanto comprime os lábios os tornado uma linha fina.

— Que ótimo! — falo enquanto jogo as mão para o alto. — Essa noite está ficando cadê vez melhor! — coloco a mão no rosto quando lágrimas ameaçam surgir.

— Eu vou deixar você relaxar — Max fala baixinho.

Talvez ele tenha percebido que eu preciso de um tempo só pra me agora.

Quando ele estava quase saindo do quarto eu o paro.

— Qual teria sido a resposta de um homem cavalheiro?

Por algum motivo fiquei curiosa sobre isso.

— Ele diria, "A sua máquina está borrada, mais mesmo assim você continua sendo a mulher mais linda que eu pude ter o prazer de conhecer".

Eu fico sem palavra com o que ele acabou de falar. No entanto, mais uma curiosidade toma conta de me.

— E o que o Max diria?

Eu não faço ideia do por que estou perguntando isso para ele. E ele não teria obrigação de responder a isso. Mas ele se vira, olha na minha direção.

— Você acabou de ter a resposta para essa pergunta. — Ele sorrir de leve e sai fechando a porta.

É, parece que ele não gostou de me mesmo. Mais dizer que estou horrível sem nem pensar nos meus sentimentos. Bem, ele falou o que ele pensa.

Depois de um tempo procurando as toalhas, eu as acho e vou para o banheiro. Decido lavar o cabelo para tentar tirar as preocupações da mente.

Quando estou pegando o frasco de shampoo eu vejo o anel de noivado no meu dedo. Rapidamente as lembranças invadem minha cabeça, eu não consigo mais segurar e deixo a água do chuveiro levar as minhas lágrimas.

Depois de passar horas no banho, eu finalmente saio e vejo uma muda de roupa em cima da cama.

Max deve te-lo deixado aqui enquanto eu estava no banho.

Seco meu cabelo e visto a roupa que estava sobre a cama.

Vejo Max na cozinha.

— O que está fazendo? — perguntou curiosa.

— Ah! você já saiu. Achou tudo o que precisava? — Ele pergunta enquanto mexe algo na panela.

— Sim, aliás obrigada por me deixar ficar aqui.

— Você não precisa agradecer — Max se vira e sorrir amigavelmente — Por sinal, respondendo sua pergunta, eu estou cozinhando. Pensei que você poderia está com fome.

Eu sorrio para a atenção e gentileza dele.

Depois de umas meia hora, Max serve dois pratos. Ele pega duas taças também e coloca vinho.

Eu pego o garfo. Quando estou prestes a dar um provada da comida observo Max me olhando atentamente.

— O que foi? — pergunto confusa.

— Eu estou esperando para ver sua reação.

Ela fala de um jeito tão animado que chega a ser fofo.

— Por que isso?

Não consigo deixar de ficar curiosa sobre o porque da sua atitude.

— Eu nunca tinha cozinhado para outra pessoa antes. Então estou curioso como você vai reagir ao sabor da minha culinária. — Ele rir quando diz a última parte.

Fico surpresa com essa informação. E saber que ele fez essa comida especialmente para me, mesmo que ele não cozinhe para outras pessoas, me faz querer agrada-lo.

Pego um pouco da comida e levo até a boca.

Mastigo lentamente e finjo pensar sobre o gosto.

Max continua a me observar atentamente. Dar quase para ver o quão nervoso ele está.

— Hum... deixe-me ver — fingo pensar um pouco mais. — Está horrível!

O sorriso que estava no rosto dele rapidamente cai, e ele faz uma expressão muito engraçada de desacreditado.

— Ah ah ah — começo a rir igual uma louca — Você tinha que ver a sua cara Max.

Assim que entende a situação ele fecha a cara.

— Isso não teve graça Bruna — Ele diz sério.

— Ahh vamos, teve um pouco sim — falo ainda rindo — Mais a sua comida está deliciosa.

Ao ouvir meu elogio ele abre um grande e genuíno sorriso.

— Agora eu estou feliz — Ele diz sorrindo pra me.

Novamente aquela sensação estranha se faz presente no meu peito. Para não acabar falando besteira, eu começo a encher a boca de comida.

Depois de um tempo de silêncio Max é o primeiro a tomar a iniciativa de puxar assunto.

— Então Bruna você gostaria de conversar sobre o que aconteceu entre você e o Gabriel?

Nesse momento eu estava desfrutando de uma bela garfada da comida deliciosa dele, e quando eu o ouço perguntar justamente sobre isso eu quase engasgo.

— Cof Cof... — começo a tossir.

— Você está bem!?

Max fica muito preocupado e pega um copo de água para me. Eu tomo toda a água rapidamente.

Max me olha preocupado.

— Desculpa, não é uma boa hora para essa conversa. Vamos esquecer isso.

Eu fico indecisa se devo contar isso Max ou não, afinal de contas Gabriel é filho dele. No entanto eu nunca sentir uma ligação tão forte e instantânea assim com alguém antes como eu sinto com ele.

— Se vamos falar sobre isso eu preciso beber mais. Ainda estou muito sóbria! — Digo indo até o compartimento de bebidas dele e pego mais uma garrafa de vinho.

【**Seis Minutos Depois**】

— GABRIEL É UM CUZÃO TRAIDOR! — grito enquanto subo em cima da mesa.

— É mesmo? — Max me olha de um jeito estranho.

Vejo ele comprimir os lábios como se estivesse tentando segurar algo.

Eu me abaixo na mesa e olho para ele.

— Vo...c..é tla rindlo? — faço uma cara séria.

— Eu nunca iria rir — Max assegura. — Melhor descer daí não acha Bruna?

Ele estende as mãos para me ajudar a descer da mesa.

— Nãooooo... Saí. Eu estou no meu show, eu sou uma diva. — começo a cantar e dançar.

"Eu odeio canalhas Gabriel.

Espero que quebre a perna e caia em um fosso.

Eu odeio canalhas Gabriel.

Eu espero que você seja corno.

Eu realmente te odeio Canalha Gabriel"

— Que tipo de música é essa Bruna? — Max me olha engraçado, ele está me dando um olhar de preocupação e também como se me achasse louca.

— Maxxxx... — chamo ele com uma voz de choro — Por que ele me traiu? E com a minha melhor amiga? Por que??? Eu não fui o suficiente??

Eu começo a chorar que nem um bebê.

— Bruna! — Max segura meus braços com força fazendo eu encarar ele. — Escute com atenção! Não se atreva a duvidar da sua capacidade. Ele ter te traído não é culpa sua, não foi algo que faltou em você e sim que faltava nele, que é o caráter. Você é uma mulher incrível pelo tanto que puder conhecer de você hoje. E se o Gabriel ou qualquer outro homem não achar isso, mande todos para o inferno. Mais nunca, me ouviu bem? Nunca pense que foi culpa sua!

Eu quero chorar, e as palavras de Max me fazem sentir reconfortada.

— Maxxxx! — volto a chorar e puxo ele pela gola da camisa para um abraço.

— Ok, ok. Está tudo bem. — Ele acaricia minhas costas.

— O seu filho é um bundão — falo em meio ao choro.

— Eu não posso defender ele. — Ele responde calmamente enquanto continua me consolando. — Agora vamos descer? Você pode cair e se machucar.

Eu balanço a cabeça em concordância.

Max passa uma mão pelas minhas pernas e a outra ele apoia nas minhas costas me pegando no colo.

— Você teve uma noite muito agitada. É melhor ir dormir. — Ele fala enquanto caminha para o corredor.

— Você é sempre tão atencioso assim? — pergunto curiosa.

— Eu já disse, sou um cavalheiro. — Max sorrir olhando para me.

Nesse momento eu não sei se é o efeito do álcool ou talvez por que minha mente esteja confusa por causa dos acontecimentos do dia. Mais subitamente eu sinto o desejo de beijar o meu sogro. Acho que ele sente a mesma coisa por que ele para de sorrir e o seu rosto fica neutro, quase sombrio enquanto seu olhar desce para os meus lábios.

Como se uma força me puxasse para mais perto dele. Nosso rosto começam a se aproximar lentamente um do outro.

Mesmo não conseguindo raciocinar direito no momento, uma parte racional minha tenta me fazer parar.

O que você está fazendo Bruna? Você realmente vai beijar o seu sogro?

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