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As duas semanas de recuperação do Simon foram difíceis, Carlos Eduardo teve que se desdobrar para poder entreter o menino que tinha que guardar repouso. E ter Nicolas enfiado no escritório não estava ajudando muito, Carlos Eduardo detestava não saber o que estava acontecendo, mas sabe muito bem como se marido é com o trabalho, ele não fala de investigações em andamento e não gostava de levar trabalho pra casa, por isso Carlos Eduardo estava ainda mais intrigado, algo de muito grave estava acontecendo pra fazer seu marido trabalhar em casa e sacrificar o tempo dele em família com o filho.

Simon sempre recebia a visita de Arthur que agora estava até mais falante, os dois amavam brincar mesmo que nunca concordassem com a mesma brincadeira. Os pais criaram uma rotina, ideia de Nicolas. Eles sempre iam à mesma lanchonete toda sexta-feira na noite do hambúrguer, os três adultos e os dois meninos sempre amavam passar esse tempo juntos, e isso não passou despercebido por George.

Não foi difícil, então depois de 3 semanas George começou a trabalhar na lanchonete, ele era um entregador, era terceirizado e não tinha nenhum vínculo, então seria fácil mentir sobre o nome e endereço. Depois de 2 semanas já tinha conseguido ganhar a confiança de todos e circulava livremente por todo lugar.

Como mais de um mês já havia se passado, Nicolas já tinha voltado ao trabalho e estava cada vez mais nervoso e tenso, Carlos Eduardo percebeu isso, mas conhecia seu marido e sabia que ele não falaria nada. Nicolas estava cada vez mais apegado a Simon, era um grude que só.

Hugo e Arthur repetiram muito sua dinâmica na cama outras vezes, Arthur amava o leitinho do seu Daddy, e também amava quando seu daddy fazia o mesmo com ele, ainda não houve a penetração de fato. Hugo sabia que Artur não era mais virgem graças aos desgraçados que estavam com ele, mas ele queria que Arthur esquecesse aquilo tudo, e sempre agia como se aquela fosse a primeira vez. E essa era a lembrança que Hugo queria que ele tivesse sobre a sua primeira vez.

Naquela sexta-feira, como nas últimas 3 , Nicolas estava calado e observando tudo à sua volta. Carlos Eduardo já estava em tempo de explodir com a atitude do marido, e até o inocente do Simon sabia que seu papai não estava bem.

- Papai tá bavu cum o Simon e cum o dadá?

- Não amorzinho, o papai não está bravo com você e com o dadá, eu amo vocês dois, não se preocupe filhote. Nicolas

- Tutu, sabia que meu papai é da polícia ele pende os homem malvado, e tem uma arma e faz pow pow. Simon usava as mãos pra imitar uma arma.

- Simon, o que eu te disse sobre armas? Carlos Eduardo

- Saum peligosas dadá, Simon não podi blinca.

- Isso mesmo. Carlos Eduardo

O jantar seguiu com Simon e Arthur monopolizavam a conversa, e deixaram os adultos de boca aberta com a quantidade de assuntos aleatórios dos dois, mal acabavam um assunto e já emendam outro, eles não sabiam mais se os meninos estavam falando de unicórnios mágicos bailarinos, ou de palhaços cobras com visão de lazer.

Em um determinado momento Carlos Eduardo levou os meninos ao banheiro, ele estava na porta esperando os dois quando a moça passou e disse que Nicolas estava passando mal, Carlos Eduardo foi até o final do corredor querendo ficar perto dos meninos e olhar Nicolas ao mesmo tempo, quando viu os dois caminhando até ele se assustou.

- Amor o que houve você está bem? Carlos Eduardo

- Eu tô ótimo porquê? Nicolas

- Uma garçonete disse que você estava passando mal. Carlos Eduardo

- Onde estão os meninos? Hugo

- No banheiro, não sai daqui e eles não passaram então eles estão lá dentro. Carlos Eduardo

Nicolas passou por ele como um raio, olhou no banheiro masculino e nada deles, olhou no banheiro feminino também e nada. Carlos olhava confuso, e Hugo já estava em agonia.

- Não estão aqui, levaram eles. Nicolas

- O que? quem ? Carlos Eduardo

- Vamos procurar Nicolas, eles não podem estar longe..

- Hugo a quadrilha, não pegamos o chefe, só pode ser eles. Nicolas

- Aí meu Deus, Meu Deus, meu Bebê, ele tá correndo perigo, meu Deus, é minha culpa, eu não cuidei dele, não cuidei do meu bebê. Hugo me perdoa, eu sinto muito eu...

Carlos Eduardo

- Amor, por favor não é sua culpa, eu sabia que em algum momento eles iam atacar. Nicolas

- O que? como você pode? Você não me falou Nicolas, o nosso filho estava em perigo e você não me diz nada! Sabe como eu estou me sentindo culpado? sabe como eu estou destruído por dentro? Carlos Eduardo.

- Porra Nicolas, é o meu baby, o amor da minha vida cara, como você pode usar ele de isca pra pegar bandido? Hugo

Nicolas estava sofrendo pelas palavras e pelo sofrimento do homem que amava, mas ouvir Hugo dizer que fez os meninos de isca foi demais pra ele.

- Hugo não vou levar a sério o que você disse porque a mesma dor que você está sentindo eu sinto também. Eu jamais colocaria a vida dos meninos em risco, e Deus sabe que eu movi terra e céu pra interceptar a quadrilha antes de chegarem perto deles. Nicolas

- Desculpa cara, eu tô desesperado. Hugo

- Vamos pra delegacia. Nicolas

- Como assim ? Não vai interrogar as pessoas? ver as câmeras de segurança nada?

Carlos Eduardo

- Eu sei exatamente onde eles estão. Nicolas

- Como assim onde? Hugo

- Amor, sabe aquele colar do anjo que eu te dei natal passado? Nicolas

- Sim , eu dei ele pro Simon no dia da cirurgia. Carlos Eduardo

- O colar tem um rastreador, naquele mês eu comecei a investigar essa quadrilha, e sabia que eles faziam a família e amigos de refém quando encurralados, então me previni, então agora só precisamos ir até a delegacia pra ligar o rastreador e ver onde eles estão.

Todos resolveram ir no mesmo carro, eles estavam muito nervosos, Nicolas recebeu uma ligação do delegado, ele queria saber se estava tudo bem. Nicolas ficou desconfiado, mas teve que ser mais esperto que todos,então contou parte da verdade ao delegado.

- Silva, meu filho foi levado pela quadrilha de tráfico de pessoas, estou indo para a delegacia pra rastrear o tablet do amiguinho que estava com ele, chego em 5 minutos. Nicolas

- Mas vamos rastrear o colar do Simon. Hugo

- Silva é um corrupto filho da puta que trabalha pra quadrilha, ele nunca me ligou pra saber se estava bem, está claro que mandaram ele saber o que eu ia fazer, por isso não falei. Vamos ganhar tempo até eles descobrir que Arthur não tá com o tablet. Nicolas

Em outra ligação, Nicolas falava.

- Rogério, Preciso de um favor, e você não vai me perguntar nada, assim como não vai falar pra ninguém sobre isso.

- Claro cara, em quem eu tenho que atirar? Sergio

- Lembra do rastreador que você colocou no colar do Carlos Eduardo?

- Sim chefe, algum problema, ele foi pego? Sergio

- Não meu filho, ele está com o colar, a delegacia tá comprometida, encontre a localização dele e envie pra mim o mais rápido que conseguir. Nicolas

- Sim chefe.

- Assim que terminar, ligue pro Dado e do Dudu, vou precisar deles também e...

- Eles estão na zona sul da cidade, o local é todo fechado, é um antigo galpão de uma transportadora. Sergio

- Isso foi rápido, valeu amigo.

- Estou indo ai, vou levar os gêmeos sanguinários, mas é por sua conta em risco. Sergio

- Hoje essa história acaba. Nicolas

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